terça-feira, 20 de julho de 2010

Soneto do amigo - Vinicius de Moraes

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...


O Espetaculosas deseja a todos os nossos leitores-amigos, um feliz dia do amigo.
Publicado em Julho de 2010

1 comentários:

Carlinha disse...

Felizes daqueles que tem amigos e colegas. Gosto muito!

21 de julho de 2010 às 18:00
 

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