sábado, 12 de junho de 2010

Vitalidade, calma e bem estar


Estudos apontam o Timo como fonte de energia


Sensações de alegria, tristeza e desanimo sempre estiveram relacionadas ao nosso bem estar. Que por sua vez, acaba interligado ao equilíbrio entre cabeça e coração. Se alguém está triste ou com medo, sente o coração apertado. Já em caso de euforia ou paixão, ele dispara. Mas, o que a maioria das pessoas não sabe é que no corpo humano existe uma glândula que tem sido apontada como a verdadeira responsável por sentimentos tão presentes na vida do homem.

O timo é um órgão que faz parte do sistema imunológico. Sua função é detectar e repelir a invasão de diferentes tipos de microorganismos como vírus, bactérias, fungos, protozoários e vermes. Está localizado dentro do tórax, entre o esterno e o coração, e produz linfócitos -T, chamados assim por serem derivados do timo (T de timo-derivados). Esses linfócitos constituem os elementos centrais no funcionamento do sistema imunológico. Por isso sua ausência, ou a ausência do timo, frequentemente resulta na morte do indivíduo.

Em artigos publicados pelo professor José Alvarez Mosig – O Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) – USP, a glândula está presente desde o nascimento, onde desempenha um papel fundamental do fim da gestação até a infância. É dela a responsabilidade de regular o vitalismo da criança, já que sem o timo o sistema imunológico entra em colapso, causando a morte do recém nascido. A partir da adolescência, o timo começa a regredir. Quando o homem chega à terceira idade, sobra apenas um pequeno resto atrofiado da glândula.



O declínio do timo na vida adulta não apresenta nenhum problema para o organismo, já que os linfócitos-T foram exportados e distribuídos por todo o corpo, podendo assim exercer sua função durante toda a nossa vida.

A cor do timo é variável, sendo vermelha no feto e branco-acinzentada nos primeiros anos de vida. Após esse período, ele assume uma cor amarelada. Quando nascemos, pesa de 10 a 35g e continua crescendo de tamanho até a puberdade. Aos 15 anos alcança seu peso máximo, que fica entre 20 e 50g. Na fase adulta começa a atrofiar, chegando ao peso de 5 a 15g quando idoso.


O caminho para o bem estar


Seu nome em grego é thýmos, e significa energia vital. Apesar de continuar sendo um desconhecido, estudos recentes apontam essa glândula como a verdadeira responsável pelos nossos sentimentos. De acordo com pesquisas publicadas pela jornalista Sônia Hirsch, especializada em saúde, ele cresce quando estamos contentes e encolhe, pela metade, quando estressamos ou adoecemos. Essa característica mostra que a medicina desconhecia essa função da glândula, já que a mesma só era notada em autópsias e, na maioria das vezes, quando já se encontrava atrofiada.





Antigamente supunha-se que o timo atrofiava e parava de trabalhar já na adolescência. Por isso, durante décadas os médicos norte-americanos destruíam timos adultos, e saudáveis, através de Raios X, por acharem que o seu tamanho, considerado anormal, poderiam causar problemas ao paciente.

Mais tarde a ciência descobriu que, mesmo encolhendo após a infância, ele continua ativo. É um dos pilares do sistema imunológico, junto com as glândulas adrenais e a espinha dorsal, e está diretamente ligado aos sentidos, consciência e linguagem.

Quando somos invadidos por micróbios ou toxinas, ele reage produzindo células de defesa. É sensível a imagens, cores, luzes, cheiros, sabores, gestos, toques, sons, palavras e pensamentos. E mais, amor e ódio o afetam profundamente. Como essas influências externas não apresentam uma forma concreta, ele tenta reagir e acaba enfraquecendo. Desse jeito, abre brechas para sintomas de baixa imunidade, como por exemplo, a herpes. Em contrapartida, idéias positivas conseguem dele uma ativação geral.

A Dra Bianca Guimarães Trindade, funcionária do Hospital Antônio Pedro, afirma desconhecer o timo como regulador da felicidade. “Desconheço outras funções desse órgão que não a de atuar no sistema de defesa do nosso organismo. Se o homem está triste, há grande tendência da queda do sistema imunológico”.

Atualmente um teste simples pode demonstrar essa conexão. Feche os dedos polegar e indicador na posição de Ok, aperte com força e peça para alguém tentar abri-los enquanto você pensa "estou feliz". Depois repita pensando "estou infeliz". A maioria das pessoas conserva a força nos dedos com a idéia feliz e enfraquece quando pensa infeliz.

Esse mesmo teste serve para lidar com situações mais complexas. Quando o médico precisa de um diagnóstico diferencial, usa lâminas com amostras ou representações gráficas. Assim, testa a força muscular do paciente quando em contato com elas e chega ao resultado através de reações consideradas respostas do timo.

O método tem sido demonstrado em congressos científicos, ao redor do mundo, e já está sendo ensinado na Universidade de São Paulo (USP) a médicos acupunturistas.

“Não sabia desse procedimento, já que trabalho com a área de acupuntura estética. Agora, realmente faz total sentido. Nesse local existe um ponto de acupuntura que lida com as emoções”. Afirma a Dra. Grazieli Lucena.

Por Tatiana Bruzzi
 
Publicado em Junho de 2010

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