terça-feira, 1 de novembro de 2011

O Câncer na berlinda

A informação de que o câncer na laringe, diagnosticado no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tem como principais causas o hábito de fumar e o de ingerir bebidas alcoólicas, traz à luz outro tipo de tumor com sintomas parecidos: o câncer de boca.

O câncer de boca atinge a cavidade oral (mucosa bucal, gengivas, palato duro, língua oral e assoalho da boca). Por conta da doença outras regiões do rosto são atingidas-incluindo olhos, bochechas e orelhas. Nesse caso, é preciso a retirada das áreas comprometidas e o implante de próteses e tecidos.

A incidência de tumor labial é maior em pessoas brancas, com mais de 40 anos, sendo que o lábio inferior é mais afetado em relação ao superior. Assim como o câncer de laringe, os principais fatores de risco são o fumo e a ingestão de bebidas alcoólicas.

Há também o risco de contaminação pelo vírus HPV, contraído em relações sexuais. A doença atinge a quase 15 mil brasileiros por ano, segundo dados divulgados pela Campanha Nacional Contra o Câncer de Boca.

O aparecimento de feridas na boca, que não cicatrizam em uma semana, pode ser sinal da doença. É importante fazer um autoexame para detectar manchas esbranquiçadas ou avermelhadas nos lábios ou na mucosa bucal.
 
 
 
 
Dificuldade para falar, mastigar e engolir, sangramento na boca, além de rouquidão, emagrecimento acentuado, dor e presença de linfadenomegalia cervical (caroço no pescoço) são sinais de câncer de boca em em estágio avançado.

A prevenção e o diagnóstico precoce são imprescindíveis para a eficácia do tratamento. Recomenda-se um controle odontológico, além de uma dieta saudável, rica em vegetais e frutas. Deve-se também proteger os lábios da exposição ao sol usando filtro solar e chapéu de aba larga. Combater o tabagismo é igualmente importante na prevenção deste tipo de câncer.

Segundo especialistas, o tratamento para lesões iniciais depende da localização do tumor e do estágio da doença. Se for detectado precocemente é curável por meio de cirurgias. Em caso mais avançados, usa-se quimioterapia, associado ou seguido de radioterapia. A taxa de mortalidade do câncer de boca gira em torno de 13%, considerada alta para os padrões da doença. No entanto, o prognóstico de cura é de 80% dos casos.

Para os oncologistas, a melhor forma de prevenir a doença é conscientizar a sociedade quanto aos riscos do consumo do fumo e excesso de bebidas alcoólicas. E reforçam, esclarecendo que tanto o câncer de laringe, no caso do ex-presidente Lula, quanto o de boca são curáveis, desde que tratados precocemente.
 
Por Maria Oliveira
 
Publicado em novembro de 2011

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