sexta-feira, 26 de março de 2010

Tuberculose

A doença da época

Em 68, uma das doenças que mais se ouvia falar era Tuberculose. Muitos foram os presos políticos morreram, vítimas da doença, durante seus exílios. Ou ainda aqueles que, ao retornarem às suas casas, sofriam de desse mal.

A tuberculose é uma doença infecciosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch, em homenagem ao seu descobridor - bacteriologista alemão Robert Koch, em 1882. Normalmente o termo tuberculose é associado com doença pulmonar. Na realidade, apesar de a tuberculose pulmonar ser a mais comum, ela pode afetar outros órgãos, como rins, intestino delgado, ossos, e até os genitais. Porém, cerca de 90% dos casos inicia-se pelos pulmões.

Nos adultos, é mais comum a tuberculose pulmonar. Contraída pelo sistema respiratório, diretamente das gotículas de escarro, ou pela poeira contaminada.

Em crianças as transmissões podem ocorrer pela ingestão do leite de vaca contaminado, podendo assim aparecer tuberculosa pulmonar, renal, óssea ou na pele.

O período de incubação varia de seis semanas até muitas décadas, dependendo das condições de saúde de cada um. No caso da tuberculose pulmonar, geralmente a primeira infecção por bacilos se estabelece sem apresentar sintomas. Podem aparecer também sintomas discretos, como perda do apetite, fadiga e irritação. Muitas vezes os sintomas são semelhantes aos da gripe ou do resfriado comum. Nesses casos, surgem febre, tosse seca, sudorese noturna e emagrecimento.

As lesões da primeira infecção tuberculosa regridem espontaneamente através da absorção do processo inflamatório e da fibrose e calcificações das lesões. É muito comum encontrar nódulos calcificados em adultos, que nunca estiveram doentes. Nesses casos, são resíduos de uma primeira infecção.

Por outro lado, há casos em que a evolução origina conseqüências graves. Aí, ocorre a reativação dos focos primários, caseificação progressiva (necrose do tecido) e cavernização, caracterizando a tuberculose crônica. A tendência à progressão dos nódulos da primeira infecção é verificado, em particular, em pessoas que têm convivência com tuberculoses contagiantes.



Tratamento



Na prevenção, principalmente em crianças recém-nascidas, usa-se a vacina BCG (bacilo de Calmet-Guérin). Além disso, evita-se o convívio com tuberculoso contagiante. É apropriado consumir somente leite pasteurizado ou fervido.

Importante também é procurar descobrir casos ocultos, através de radiografias (abreugrafia) e teste cutâneo (prova de tuberculina). O tratamento no início é feito em hospital especializado (sanatório), onde se utilizam antibióticos e, às vezes, métodos cirúrgicos. Contra as formas mais graves da doença, se houver a contaminação, ele consiste basicamente na combinação dos medicamentos rifampicina, isoniazida e pirazinamida. Dura em torno de seis meses e se, o tuberculoso tomar as medicações corretamente, as chances de cura chegam a 95%.

É fundamental não interromper, mesmo que os sintomas desapareçam. Mas nada é mais recomendado do que a prevenção. Até hoje, mesmo que em casos isolados, há índices de Tuberculose no Brasil. Por isso, o País está sempre alertando a população, através de campanhas, quanto a melhoras em seu padrão de vida, assim como condições de habitação, trabalho e alimentação.

Por Tatiana Bruzzi
 
Publicado em Junho de 2008

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