quarta-feira, 31 de março de 2010

Linfoma

Palavra que assaltou (e assustou) o noticiário

 
Neste ano quem não leu sobre linfoma ou procurou no pai dos googles, ops, no pai dos burros, sobre Linfoma, é mentiroso ou mentirosa. Duas mulheres poderosas e em evidência na mídia lutaram contra esse problema este ano: a autora Glória Perez (que chegou a se afastar por um tempo de roteirizar a novela Caminho das Índias) e a ministra imPACtante Dilma Roussef (que de certa forma teve sua pré-candidatura à presidência da República para 2010 enfraquecida pela doença). Pois cá estamos, imbuídos de genuína curiosidade para esclarecer (para quem não leu sobre ela) sobre esta doença tão silenciosa quanto perigosa.

Linfoma é um câncer que tem origem no sistema linfático, uma rede complexa de tubos (vasos linfáticos), nódulos (ou linfonodos) e outros órgãos como o baço. A doença se desenvolve nos linfonodos, encontrados em várias partes do corpo, principalmente na axila, pescoço e virilha.

O sistema linfático faz parte da defesa natural do organismo contra a infecção, o chamado sistema imunológico, e funciona como esgotos, eliminando resíduos e líquidos em excesso no corpo. Os vasos linfáticos e glândulas transportam um fluido claro chamado linfa, que contém células brancas do sangue (ou linfócitos), que o organismo usa para combater infecções.

Na maioria dos casos, a origem do linfoma não é conhecida. Uma das causas pode ser quando os linfonodos crescem como resultado de mudanças nos genes de células ou DNA. Esta alteração nos genes poderia interferir na divisão ou morte celular. O crescimento de linfomas também pode ocorrer devido a alguns tipos de infecções virais (minoria dos casos), afetando o sistema imunológico. Como os demais tipos de câncer, o linfoma não é contagioso.

Existem vários subtipos de linfomas específicos, mas muitos oncologistas agrupam as variações de acordo com a velocidade de crescimento e progressão da doença, como de baixo ou alto grau, levando em consideração o padrão da biópsia do linfonodo feita ao microscópio e o tipo celular predominante dos linfócitos (T ou B). Os mais comuns são o Linfoma de Hodgkin e não-Hodgkin. Ambas tiveram a forma do linfoma de Não-Hodgkin.

O linfoma de Hodgkin é uma forma de cancro que se origina nos gânglios do sistema linfático, um conjunto composto por órgãos, tecidos que produzem células responsáveis pela imunidade e vasos que conduzem estas células através do corpo. Já os linfomas não–Hodgkin incluem todas as doenças malignas do sistema linfático em que as células cancerígenas típicas de linfoma de Hodgkin não são evidentes.

A maioria dos linfomas é do tipo Linfoma Não-Hodgkin. Em adultos, o Linfoma Não-Hodgkin afeta mais os homens que as mulheres, aparecendo frequentemente entre as idades de 60 e 70 anos. Pessoas da raça branca são mais afetadas que as de outras raças. A desordem atinge 16 em cada 100.000 pessoas. A taxa de incidência deste câncer está crescendo por razões desconhecidas.

Em um linfoma não-Hodgkin as células têm aparência e comportamento diferente das células da doença de Hodgkin. É importante saber exatamente que forma de linfoma não-Hodgkin um paciente tem, qual a rapidez de seu desenvolvimento, onde ele se localiza no corpo e até onde se espalhou.

Para definir esses parâmetros a doença é subdividida por:


• Classificação ou graduação – que informa aos médicos se o linfoma não-Hodgkin é indolente (de baixo grau e crescimento lento) ou agressivo (de alto grau e desenvolvimento rápido).

• Tipo – dentro das categorias de indolente ou agressivo, a doença ainda é subdividida em mais de 30 tipos, dependendo da aparência das células colhidas em amostras, geralmente por biópsia, ao microscópio. Essa definição é também conhecida como ‘grau’.

• Estádio ou Estágio – conforme o local do linfoma no corpo e até onde ele se espalhou, a doença é classificada em estágios I, II, III e IV. Junto com a história clínica do paciente e de seu exame físico, o estadiamento envolve testes como Raios X, TC, PET, biópsias de medula óssea e exames de sangue.

O tratamento indicado prevê a destruição das células malignas, induzindo à remissão completa, ou seja, o desaparecimento de todas as evidências da doença. A remissão é atingida na grande maioria dos pacientes, por essa razão é uma doença com altas chances de cura. A quimioterapia é o principal tratamento utilizado para a cura dos pacientes portadores de linfoma não-hodgkin.

Nos linfomas denominados indolentes, isto é, de crescimento muito lento, o tratamento de escolha é para manter a doença controlada por muitos anos, e o paciente pode permanecer com uma boa qualidade de vida.

O período de tratamento pode ser longo, mas a maior parte da terapia é administrada em regimes ambulatoriais. O paciente visita periodicamente o médico e recebe as medicações no ambulatório e retorna para casa e suas atividades rotineiras.

Diferente do linfoma de Hodgkin, a radioterapia é utilizada com menos frequência como única ou principal terapia para os linfomas não-Hodgkin. Ela pode, no entanto, ser uma forma de tratamento auxiliar muito importante em alguns casos.

Além dos tratamentos citados, a imunoterapia e o transplante de células-tronco hematopoéticas podem também ser opções de tratamento do linfoma não-Hodgkin.

A recidiva (reincidência) do linfoma, meses ou anos após o tratamento, pode ocorrer em alguns pacientes. Nesses casos, um tratamento adicional é bem sucedido no restabelecimento da remissão. Existem tantas drogas e abordagens diferentes para o tratamento do linfoma que o médico possui muitas possibilidades terapêuticas para oferecer ao paciente que, mesmo após recidiva, pode ser curado. Se a recidiva ocorrer muito tempo após o tratamento, os mesmos quimioterápicos ou agentes similares podem ser efetivos. Em outros casos novas abordagens podem ser utilizadas.

Saiba mais:

http://www.juntoscontraolinfoma.com.br/sc/oncologia/linfoma/juntoscontraolinfoma/nao-sou-medico/o-que-e-linfoma/o-que-e-linfoma.aspx?gclid=CM7Y0NyTuJ0CFdZM5QodsHlYjA

Por Fernanda Barbosa
 
Publicado em Setembro/Outubro de 2009

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