quarta-feira, 31 de março de 2010

Solte o corpo, a imaginação...

e deixe a dança fluir


Havia uma época em que se a criança não havia iniciado no Ballet bem pequena, para compensar o jeito era ir fazer Jazz. Se você se inclui nessa lista e acredita essa ser uma das lembranças mais prazerosas da sua infância, eu te convido a tirar aquela velha polaina do armário e dançar.

O Jazz era uma atividade muito presente entre a geração anos 80. Estava em evidência nas academias, escolas e principalmente no cinema. Muito foram os que sonharam em entrar para o musical Fama (por favor, não vão confundir o filme com o programa da Globo), roeram as unhas no teste da mocinha de Flashdance, torceram pela heroína Beth Balanço ou ainda deliraram com o corpo todo musculoso de John Travolta em Os Embalos de Sábado Continuam.

Filmes como esses só aumentaram o interesse das meninas e o número de alunas nas academias. Eu mesma dancei por um bom tempo e confesso, apesar de ter sido uma tentativa frustada de suprir minha não entrada no Ballet, a atividade fez bem ao meu corpo, convívio social e mais ainda, à minha mente. Além de aumentar ainda mais minha paixão pela dança, cinema e musicais.

Essa atividade tem raízes populares e é originada dos Estados Unidos, junto com o próprio ritmo jazz. Considerada uma importante forma de expressão artística, o Jazz recebeu influências de diversos estilos e princípios técnicos do Ballet e dança contemporânea.

Algumas de suas variações são chamadas de Modern Jazz Dance, Soul Jazz, Rock Jazz, Jazz de Rua e Free Style, entre outras. Vale lembrar que, o Jazz sempre foi muito divulgado em cinema, televisão e em espetáculos da Broadway. Hoje são encontradas diversas companhias de dança do gênero.

No cinema:

- All that Jazz- o show deve continuar

- Billy Eliot

- Carmem

- Dança Comigo

- Dirty Dancing

- Greese

- Fama

- FlashDance

- Hair

- Isadora

- Sob a Luz da Fama

A história do Jazz

A origem do Jazz veio através da cultura africana, já em solo norte-americano, a partir da segunda metade do séc. XVII, quando chegaram os primeiros navios negreiros no Sul dos Estados Unidos. Os primeiros passos foram os negros que deram. Num movimento de libertação, pintaram os rostos de branco e aos poucos foram se expressando em palcos espalhados pelos Estados Unidos.

A dança mesmo só foi descoberta aproximadamente no ano de 1902. Assim como a música jazz e o blues receberam influência dos ritmos africanos, dos cantos religiosos e da música em voga na Europa, na época. O Jazz sofreu inúmeras influências originando muitos estilos que enriqueceram o acervo dessa dança enquanto manifestação corporal do homem.

Curiosidades da dança Jazz

• No Jazz, principalmente na fase de aquecimento e parte principal, a técnica clássica é trabalhada com a finalidade de se melhorarem, definirem e ampliarem os movimentos;

• O Jazz - Dance tem em comum com a dança moderna, a predominância do trabalho na posição de pernas e pés paralelos;

• Tem em comum com a dança africana, especialmente o uso de todo o tronco com movimentos que refletem uma enorme mobilidade das costas;

• Tem em comum com a dança indiana o trabalho de isolamento dos diferentes segmentos corporais.

Dicas

Ficou interessado e deseja saber mais sobre essa dança? Para que você possa mergulhar cada vez mais nesse universo tão mágico e fascinante, veja abaixo uma lista de livros interessantes sobre o tema. Aproveite!

Na estante:

- A Dança. Klaus Viana, Siciliano, 1990.

- A Educação pela Dança. Paulina Ossona, Summus, 1988.

- História da Dança. Maribel Portinari, Ed. Nova Fronteira, 1989.

- História da Dança, evolução cultural. Eliana Caminada, Sprint 1999.

- História da dança no Ocidente. Paul Bourcier. Ed. Livraria Martins Fontes, 1987.

- Os Ritmos da Alma, o movimento como prática espiritual. Gabrielle Roth. Cultrix, 1997.

- Pequena História da Dança. José Faro, Jorge Zahar Ed, 1986.

Por Tatiana Bruzzi
 
Publicado em Abril de 2009

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