Nadismo

Nada melhor do que não fazer nada...


Trabalho, faculdade, academia, família, filhos... Com a correria do dia-a-dia, fica cada vez mais difícil dedicar algumas horinhas para a gente. Seja para relaxar, seja para simplesmente não fazer nada. Certo? Para algumas pessoas até que não.

Fazer nada nos tempos de hoje não é sinônimo de vagabundagem e muito menos, significa ficar de bum bum para o ar. E sim, dedicar um tempinho para estarmos em contato com nós mesmos. E antes que você aponte esse papo como uma grande bobagem, saiba que o retorno, em virtude desse hábito, pode ser considerado benéfico.

E foi pensando nesse benefício que surgiu a prática do Nadismo, que nada mais é do que parar, se desligar, desconectar do mundo louco em que vivemos. Pausa essa que pode ter o poder de mudar o seu dia, a sua vida.

O precursor do Nadismo foi o designer Marcelo Bohrer. Durante uma viagem à Londres, o brasileiro percebeu que a correrira dos londrinos era na mesma proporção que a dos brasileiros. De volta ao seu país, decidiu levantar a bandeira do Nadismo. O que deu certo não só aqui, como lá fora também.




O movimento está ganhando cada vez mais força e destaque na mídia. Virou notícia em jornais, revistas, internet e até na TV. No último domingo o Fantástico, programa da Rede Globo, mostrou uma reportagem a respeito.

Graças ao aumento de adeptos, criou-se um clube de praticantes do Nadismo. Os integrantes se encontram, para não fazer nada, pelo menos uma vez por mês. O Clube de Nadismo foi inaugurado em 2006. Em 2009 chegou a marca de 5 mil membros espalhados pelo Brasil e em alguns países do exterior.



O criador do Nadismo também foi responsável pela escolha do símbolo que identifica o clube. Um cubo vazio, que simboliza a arte de não se fazer nada. Quando exposto durante os encontros, o cubo avisa, aos que passam pelo local, que aquela galera está ali para não fazer nada. E quem quiser, está convidado a participar.

Vale lembrar que sua prática é ideal para lugares a céu aberto, de preferência em parques. Mesmo assim, há os que fazem em escritório. O que não é de todo ruim, desde que desligue o monitor do computador. É necessário ainda abaixar a cabeça sobre a mesa ou, se deslocar para um lugar mais reservado.

E mais, o Nadismo não deve ser usado de forma que atrapalhe os afazeres diários e sim encarado como uma pequena pausa, que visa renovar as energias.

Mais informações através do http://www.clubedenadismo.com.br/

Por Tatiana Bruzzi

Publicado em Agosto de 2010

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