Sexo através dos tempos

Fazer sexo faz bem à saúde! Disso todo mundo já sabia, mas quando a prática vira prescrição de ministro da saúde, o ato sai da esfera privada e se transforma em causa pública. Foi o que aconteceu quando o Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, sugeriu pela TV que a população fizesse sexo cinco vezes por semana. Tal convocação deixou os habitantes dos trópicos cheios de idéias e questionamentos: além do prazer, praticar sexo é indicado para a hipertensão arterial e faz perder peso também? O tema virou assunto em crônicas de jornais, em roda de amigos e até piadas hilariantes criaram-se em torno da vida sexual de cada um. Então, se nos primórdios do mundo o sexo existia só para procriação, agora é uma questão de sobrevivência.

Desde Adão e Eva que a vida sexual é incentivada para preservar a espécie e manter os laços de família. Não por acaso, na Bíblia, o apóstolo Paulo adverte que “qualquer separação de corpos de um casal deve ser por pouco tempo e por consentimento mútuo – no caso específico de uma atividade espiritual – e que a ausência sexual prolongada pode favorecer a ação de Satanás”. Esta pode ser uma advertência para que casais não cometam deslizes fora do matrimônio e corrobora com os preceitos da união monogâmica, que é considerada a forma ideal de vida matrimonial, segundo os cristãos. O principal fundamento é encontrado na própria constituição do casal original: um homem e uma mulher. Segundo a Bíblia, Deus falou que o homem haveria de deixar os pais para se unir à sua mulher, para serem os dois uma só carne”.

Entretanto, antes de o Cristianismo propagar a monogamia no Ocidente, a poligamia foi amplamente praticada no mundo antigo por várias nações entre as quais Gregos, Romanos, Hindús, Babilônios, Persas, Israelitas, Árabes, Africanos. Nos relatos bíblicos do Antigo Testamento conta-se que “Lameque, bisneto de Adão, tomou para si duas esposas: o nome de uma era Ada, a outra se chamava Zilá". Abraão, Davi e Salomão também foram poligâmicos.

Vários motivos levavam os homens à poligamia: a diferença populacional entre homens e mulheres - menor número de homens -, vários contratos de casamento aumentava as riquezas; uma mulher normalmente gera um só filho, mas um homem pode multiplicar a prole ao casar-se com várias mulheres ao mesmo tempo e ter muitos filhos, garantindo assim a continuidade das gerações posteriores. Segundo uma lei babilônica, a mulher estéril, por exemplo, se fosse casada, era obrigada por lei a providenciar uma substituta para que o marido pudesse multiplicar a espécie.



A poligamia nos dias de hoje é adotada em muitas tribos e vilarejos de diversos países do continente africano. Em sociedades mais tradicionais da África a prática é comum. Um estudo realizado pela Organização de Saúde (OMS) afirma que, mais do que ser aceita, a poligamia é até mesmo incentivada entre os homens nesses lugares.

O Cristianismo foi, sem dúvida, grande incentivador da monogamia entre os povos que catequizou e culturas onde se firmou. Não é à toa que padres jesuítas tentavam “acalmar” os desejos dos indígenas com rezas e cânticos, na época do Brasil Colonial. Por certo, os rituais que as índias encenavam para provocar nos homens, nos machos, desejos sexuais incontroláveis devem ter chocado muito os religiosos. Segundo Gilberto Freyre, autor de Casa Grande e Senzala, “a grande presença índia no Brasil não foi a do macho, mas da fêmea. Esta foi uma presença decisiva. A mulher índia tomou-se de amores pelo português, talvez até por motivos fisiológicos”. E o português percebeu tão bem essa natureza da índia - e da negra depois -, que se uniu a elas e formou a família brasileira de hoje.

Diferentemente dos cristãos, que tinham como objetivo primeiro procriar pelo ato sexual, um filósofo indiano de tradição Carvaka e Lokyata, que viveu entre os séculos IV e VI antes de Cristo, escrevia um texto sobre o comportamento sexual humano e como usar todos os sentidos para alcançar o melhor desempenho no amor.

Kama Sutra é um antigo texto indiano escrito por Vatsyayana sobre o comportamento sexual humano. Ao contrário do que muitos pensam, o Kama Sutra não é um manual de sexo, nem um trabalho sagrado ou religioso. A finalidade de Vatsyayana era de estabelecer Kama, ou gozo dos sentidos entre os três objetivos da antiga vida hindu: Darma, Artha e Kamadeva. Darma (ou vida virtuosa), seria o maior objetivo, Artha, o acúmulo de riqueza e Kama é o menor dos três. De acordo com Vatsyayana, no jogo sexual, não há ordem para ocorrer um abraço, o beijo e as pressões ou arranhões com as unhas ou dedos, pancadas e a emissão dos vários sons, mas que todas essas coisas devem ser feitas, em qualquer momento, pois o amor não se incomoda com o tempo ou ordem.

Portanto, depois que o ministro da saúde aconselhou à população que pratique mais sexo, talvez casais em crise matrimonial fiquem motivados a buscar sensações novas que melhorem relacionamentos ruins, ou desgastados. Entretanto, todo cuidado é pouco: correm um risco de piorar as coisas se não ponderarem a respeito das fantasias que vão adotar. A prática do ménage, como a do swing, por exemplo, oferece aos iniciantes um mundo novo de sensações e também um certo risco, que pode ser físico ou emocional. No plano físico, os riscos dizem respeito às doenças sexualmente transmissíveis, No emocional, podem surgir reações imprevisíveis e traumáticas diante da experiência. Se sexo faz bem à saúde, não podemos complicá-la com excessos O importante é encontrar o equilíbrio e a felicidade.

Por Maria Oliveira

Publicado em Maio de 2010

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Abaixo o pega, estica e puxa

A indústria cinematográfica parece ter descoberto de vez os benefícios em produtos 3D. É cada vez mais comum o lançamento de filmes em três dimensões, o que acaba por levar uma multidão aos cinemas. A prova mais recente disso foi o filme Alice no País das Maravilhas, que já assume a primeira posição em salas do mundo todo. Inclusive aqui no Brasil.

Mas o que ninguém poderia imaginar é o fato de atores e atrizes estarem com as carreiras ameaçadas por conta desse novo método. Isso, claro, se optaram por não envelhecer com saúde e dignidade.

Moda, cinema, TV, para se lançar numa carreira onde a imagem é mais do que um cartão de visita, é preciso tomar certos cuidados. Boa alimentação, exercícios periódicos e hábitos saudáveis, são necessários para cultivar uma boa aparência. O problema é quando isso só não basta, devido ao fator gravidade.

É aí que entra as intervenções cirúrgicas. Ou seja, a famosa plástica. Primeiro o jeito era entrar na “faca”, se quisesse chegar aos 40 com carinha de 20. E nos intervá-los, cremes para um lado, dietas para o outro, sutiã com enchimento, espartilho, cinta...

Nos anos modernos para casos menores a faca deu lugar à seringa. Entramos na era do botox, utilizado para levantar a sobrancelha, aumentar os lábios ou valorizar as maçãs do rosto. Já seio e bumbum, silicone neles.

Recentemente uma declaração vinda dos produtores de Hollywood pegou muita gente do meio artístico iternacional de surpresa. “Abaixo as intervenções estéticas, a ordem é envelhecer naturalmente”. O motivo? Nada de nobre, pode ter certeza. Na era dos filmes 3D, o aspecto de atrizes com excesso de retoques fica artificial e destoa muito em relação ao resto do elenco.

Na Fox Broadcasting as produções já começaram a privilegiar atrizes britânicas e australianas, já que elas não possuem o hábito de mudar a aparência a medida que envelhecem.

Em recente entrevista ao New York Times, a produtora de elenco Marcia Shulman disse que as atrizes americanas estão ficando cada vez mais parecidas com strippers e travestis. Poucas são as que não utilizam de preenchimentos, cabelos alisados, seios siliconados ou bronzeamento artificial.

Os efeitos da não plastica


Uma pesquisa realizada recentemente apontou que o público cansou de ver mulheres artificiais. E quando a produção é de época, essas características chegam a ser gritantes. Por conta disso a Disney dispensou atrizes que tem os seios turbinados, para o filme Piratas do Caribe 4.


Não é apenas no cinema 3D que a imagem de quem se submeteu a intervenções cirúrgicas fica estranha. A TV digital também não favorece quem fez botox ou qualquer outro preenchimento. 

Algumas atrizes mais velhas aprenderam que certos procedimentos estéticos podem prejudicá-las na carreira. Lisa Kudrow, a eterna Phoebs do seriado Friends, afirmou em entrevista que nunca fez plástica e pretende permanecer assim.


Enquanto isso, há quem não se importe com o que possa acontecer, seja no campo profissional ou da saúde. Um bom exemplo disso é Heidi Montag, que se submeteu a 10 plásticas em um único dia.


Heidi Montag
 
Se não bastasse esses tipos de cirurgias, está na moda mexer nos dentes. Isso se torna um problema a partir do momento que se tenha feito preenchimento labial. Os dentes ficam pequenos e aí, há quem decida aumentá-los de tamanho.

Ou ainda o ato de fazer clareamento. O que poderia ser um procedimento simples, onde busca-se atingir a tonalidade natural de cada pessoa, vira um pesadelo a partir do momento que o cliente cisma em ter dentes tão brancos quanto os de uma criança que ainda possui dentes de leite.

Por fim, o ator e atriz que acredita poder fazer plástica a vontade sem ser desmascarado, saiba que está enganado. Há como descobrir quem já se submeteu a uma cirurgia estética através do site http://www.awfulplasticsurgery.com/  

Pelo visto envelhecer com elegância ainda pode ser um bom negócio.

Fonte:  O Globo

Por Tatiana Bruzzi

Pubicado em Maio de 2010

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Esquizofrenia

Há como conviver com ela?


A esquizofrenia virou o assunto da moda depois que o ator Bruno Gagliasso, um galã, interpretou um pobre rapaz rico esquizofrênico na novela Caminho das índias, e sua interpretação, bem como a de todos que o cercavam na vida fictícia, alertou para os males que são acarretados quando as pessoas simplesmente se recusam a ver, ou mesmo entender, o que é lidar com esta que se tornou uma das doenças mais diagnosticadas entre os males de origem psiquiátrica, perdendo apenas para o psicótico e o depressivo.

Particularmente, por ter parentes de consanguinidade direta de ambos os lados da família com o diagnóstico da esquizofrenia, e por acompanhar meus familiares que, não sabendo como reagir a um dos casos - um tio, irmão de minha mãe, passou 40 anos interno da Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá, RJ, pois na década de 60 tentou matar um dos irmãos por julgar que este o perseguia nas ruas e o vigiava - simplesmente se conformou em ver o parente definhar e cada vez se afastar da realidade, dado ao tratamento pouco criterioso e cauteloso em instituições de saúde mental.

Apesar de não possuir (ainda) a informação precisa de como surge este mal, as evidências indicam cada vez mais que a esquizofrenia é um severo transtorno do funcionamento cerebral.

A Dra Nancy Andreasen afirma que "As atuais evidências relativas às causas da esquizofrenia são um mosaico: a única coisa clara é a constituição multifatorial da esquizofrenia. Isso inclui mudanças na química cerebral, fatores genéticos e mesmo alterações estruturais. A origem viral e traumas encefálicos não estão descartados. A esquizofrenia é provavelmente um grupo de doenças relacionadas, algumas causadas por um fator, outras, por outros fatores" - Depoimento extraído do www.psicosite.com.br/tra/psi/esquizofrenia.htm.

O que sabemos, na prática e na realidade, é que o esquizofrênico se isola duas vezes do mundo em que vive. Na primeira, quando se auto - isola por temer perseguições, não entender o mundo que o cerca, sofrer delírios que o levam à um comportamento violento e por sofrer ao ver coisas e pessoas imaginárias.

Na segunda vez a família, os amigos, os colegas de trabalho – se ele já está no mercado de trabalho, pois a esquizofrenia inicia na juventude e geralmente é diagnosticada precocemente, o que leva a um afastamento total de quase tudo – e todos aqueles que não veem, sentem com os olhos e nem com o aguçado sentido dos doentes, é que acabam por se afastar e isolá-lo do convívio social, ao invés de tentar inseri-lo e/ou insistir em um tratamento.




Aliás, o tratamento não é totalmente obrigatório. Há uma ética médica que afirma só poder ministrá-lo a quem o deseja, seja medicamentoso ou com auxílio de psicólogos e equipes multifuncionais (que soa compostas, na maioria, por especialistas interessados em apresentar a arte, a música, entre outras atividades, como forma de adaptação ao paciente). Ou seja, famílias de esquizofrênicos, de posse de um diagnóstico, mas sem saber com exatidão como proceder, raramente tratam os seus membros que, ou morrem bem cedo em decorrência de suicídio, de excesso de medicações controladas (o chamado “sossega-leão), entre outros fatores de descuido, ou simplesmente o tratam como aquele parente doente e difícil, que vive isolado, trancado, e sedado pelo resto da vida (caso de minha família).


Um dos filmes mais bem referendados de Hollywood em 2001 já havia, inclusive, abordado a ótica esquizofrênica - Russel Crowe em Uma Mente Brilhante (foto ao lado) -. Nessa época o mundo conheceu o matemático John Nash, brilhante ganhador de um Nobel de Economia em meados da década de 70, que mostrou aos espectadores mundiais as agruras de ser diagnosticado com uma doença que você sinceramente não acredita nem sabe exatamente que existe.

A esquizofrenia não é doença incapacitante ou que exclua para sempre os indivíduos do mundo. Ambas as referências citadas do meio artístico logo acima querem justamente provar isto. Com tratamento adequado, acompanhamento correto, e, principalmente, muita, mas muita perseverança de todos os que cercam o paciente esquizofrênico, este torna-se perfeitamente incluído na sociedade, capaz de trabalhar, constituir família e levar sua vida adiante.

É óbvio que, falando desta forma, aparenta ser muito tranqüilo o convívio com o esquizofrênico. Não é. É desgastante, triste e desolador. Na maior parte do tempo, é angustiante você ver aquela pessoa querida tão envolvida em paranoias e intrincadas histórias de mundos paralelos... mas não é motivo para que se excluam tais pessoas de nossas vidas.


Bruce Willis e Brad Pitt no filme Os 12 Macacos

Até porque elas se tornam extremamente dependentes de alguém ou alguéns que as salvem delas próprias. Os delírios, em sua maioria, são auditivos e/ou visuais, oscilações de humor são extremamente violentas (ora o indivíduo está catatônico, ora agitado a ponto de poder ter um infarto).

Os sintomas cognitivos são: falta de atenção, falta de habilidades de memória e incapacidade de planejar ou organizar ações. E se você perceber que alguém próximo á você anda muito ausente, ou dado a delírios, irritadiço sem motivos, ajude-o e sugira uma visita a um médico especializado. A esquizofrenia só mata se nós matarmos socialmente antes nossos parentes ou amigos.

Por Fernanda Barbosa
 
Publicado em Maio de 2010

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Pin Up

A primeira sex symbol da história


Numa época em que o nu feminino era considerado tabu, surgiram nos Estados Unidos as pin-ups. E até hoje àquelas modelos de seios fartos, pernas grossas e cinturinha de pilão mexem com o imaginário masculino.

No auge do teatro de revista, lá pelo final do século 19, muitas dançarinas foram transformadas em estrelas após posarem para revistas, anúncios, cartões e maços de cigarros, dominando a imaginação dos homens.

Mas foi o artista plástico peruano Alberto Vargas (1896-1982) quem praticamente criou o conceito pop das pin-ups. Desde sua chegada a Nova York, em 1916, ele ficou fascinado pela beleza e estilo das garotas americanas e passou a retratá-las.

Por por volta da década de 40 elas ganharam força, quando a revista Esquire publicou um calendário com as garotas criadas por Vargas - Varga Girls -, que viraram um sucesso imediato ao ocupar portas de armários e paredes dos quartos de milhares dos seus admiradores. Muitos deles jovens soldados ou ainda atletas e adolescentes curiosos.

As imagens podiam ser recortadas de revistas, jornais, cartões postais e cromo-litografias. Daí o nome de Pin Up, “a garota de papel” que é pendurada por meio de alfinetes (to pin-up) há mais de um século.

Muitas delas eram fotografias de atrizes e celebridades consideradas sex symbols. Um exemplo é Betty Grable, que se firmou como a primeira mais popular quando um de seus posters tornou-se onipresente nos armários de soldados norte-americanos.

Aliás, durante a Segunda Guerra Mundial as pin ups eram carinhosamente chamadas de “a arma secreta” devido ao fato de servirem como calmante para os ansiosos pracinhas nas frentes de batalha.

Nessa época mostrar as pernas era considerada uma atitude subversiva, enquanto que fotografias de mulheres nuas poderiam indicar atentado ao pudor. Visando evitar problemas e ao mesmo tempo “resolver outro”, o jeito encontrado para satisfazer a solidão dos soldados foi a criação de modelos que reproduzissem o padrão de beleza feminina considerado ideal, feitos a lápis e tinta.

Após uma temporada bem-sucedida na Esquire, Vargas - que teve como modelos Marilyn Monroe e Ava Gardner - tornou-se o principal ilustrador da revista Playboy, que desde o seu lançamento em 1953 foi uma das maiores divulgadoras das pin-ups.



Vale lembra que outro termo utilizado para definir “foto pin up” é a expressão “cheesecake”, usada na frase “better than cheesecake” (“um verdadeiro pitéu”) para definir uma bela mulher.


Oops, deixei cair minha calcinha!


Destinadas à exibição informal, as pin-ups constituem-se num tipo leve de erotismo, sendo que seu conceito clássico é ser sexy sem ser sexy. Deu para entender? É mais ou menos assim: ter certa inocência e ingenuidade. Estar vestida, mas em alguma posição ou situação que revele, sem querer e de forma sensual, partes do seu corpo.



Com a ascensão da cultura pop e do american way of life nos anos seguintes ao final da Segunda Guerra, a beleza e o estilo das pin-ups criadas por Vargas ganharam novas versões em diferentes estéticas e culturas. O cinema americano e europeu foi uma das manifestações artísticas que as incorporou ao seu universo.

Em Hollywood, destacaram-se atrizes como Marilyn Monroe e Jayne Mansfield, enquanto que na Europa surgia Sophia Loren e Brigitte Bardot. Em todas elas o padrão das pin-ups popularizadas pelas ilustrações de Vargas permaneceram. Mulheres bonitas com seios volumosos, cinturas finas, quadris bem delineados, pernas torneadas e ar sensual.

Nos anos 50 surgia Bettie Page, garota que se tornaria um ícone das pin-ups e da cultura pop. Aos 27 anos ela entrou para a galeria das garotas mais sensuais, graças às aparições na Playboy, calendários, cartas de baralho, outdoors e vários outros produtos, em situações provocantes.

Com o surgimento da Pop Arte nos anos 60 a fusão de pin-ups com a nova estética foi imediata, já que inspiravam os artistas a transformar o vulgar em refinado. A imagem de Marilyn Monroe foi imortalizada em quadros de Andy Warhol e dois dos principais artistas do gênero passaram a utilizar as pin-ups em suas obras, Roy Lichtenstein e Mel Ramos.


A partir da década de 70, com uma maior liberalização dos costumes e avanços da indústria pornográfica, as pin-ups perderam um pouco seu espaço. Mas mantiveram-se no imaginário da cultura pop. E o que começou como ilustrações para reproduzir a beleza estética e o poder de atração feminina, se transformou em personagens de carne e osso. Chegando a meados dos anos 80, graças a uma retomada da estética “pin-ups”, a ser marcado por elmentos futuristas e fetichistas.

Até hoje o universo das pin ups são reeditados no cinema, em artigos femininos e editoriais de moda. Atualmente a loja de departamento Casa & Vídeo entrou na onda pin up e passou a utilizar imagens baseadas nelas para ilustrar seus produtos. 

Agora uma curisidade. O que muitos não sabem é que há homens, equivalentes masculinos de modelos e atores atraentes, que podem ser considerados pin ups. Um exemplo é o ator Brad Pitt. Nesse caso o termo utilizado é “beefcake” (“bofe”, em gíria brasileira).


Criadores de pin-ups


- Alberto Vargas (1896-1982): nascido no Peru, Vargas chegou a Nova York em 1916 e seus primeiros trabalhos foram cartazes para as peças teatrais na Broadway, nos quais já mostrou seu talento em retratar as belas atrizes. Desde os anos 20 criou várias ilustrações exóticas de nudez feminina, mas foi somente nos anos 40 ao trabalhar para a revista masculina Esquire que suas pin-ups girls tornaram-se famosas e populares. Nos anos 60 e 70, ele foi o principal ilustrador da Playboy e criou ilustrações de pin-ups que viraram verdadeiras obras primas.

- George Petty (1894-1975): sua fama vem da série de pin-ups que desenhou para a Esquire de 1933 até 1956, que ficou conhecida como “The Petty Girl”. Suas garotas ficaram mais famosas ainda ao serem reproduzidas nos aviões de combate usados pela Força Aérea norte-americana na Segunda Guerra Mundial, incluindo o “Memphis Belle”, um B-17 conhecido como “fortaleza voadora”.

- Gil Elvgren (1914-1980): muitos minimizam seu valor por o considerarem um artista muito comercial, mas é justamente pela intensa criação de pin-ups para campanhas publicitárias de produtos da Coca-Cola e da General Electric, entre outras marcas, que Gil Elvgren tornou-se um dos mais importantes criadores de pin-ups no século 20. Além do seu trabalho para publicidade, ele contribuiu com ilustrações para importantes revistas americanas, como a Cosmopolitan.

Por Tatiana Bruzzi

Publicado em Maio de 2010

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Mãos feitas para o inverno

Dizem que mulher adora reparar em outra mulher, seja para olhar a roupa, cabelo ou um acessório qualquer. Verdade ou não, se tem algo que eu reparo é a unha. Isso, independete de ser homem ou mulher. Admiro uma unha limpa, bem feita e de preferência sem ser ruída. E pelo visto, eu não sou a única.

Se encontrar um grupo de mulheres reunidas, pode ter certeza que a ida ao salão estará entre os assuntos mais conversados. Novas escovas que chegam ao mercado, assim como tonalidades para o cabelo e as unhas.

E foi pensando nas unhas das mulheres que o mercado de cosméticos resolveu investir. Para atrair clientela, desde o verão passado os esmaltes estão com um estoque renovado. Capaz de atrair de jovens às “senhorinhas”.

O vermelho divide seu espaço com o laranja, ou coral. O rosa tem de todos os tipos, do o pink até chegar ao maravilha, sem deixar o baby de lado. E se não bastassem as cores quentes, surgiram também versões em verde, azul, roxo e preto. Além das fluorescentes.

O verão acabou! Estamos no meio do outono, rumo ao inverno. E se você acha que essa onda passou, está enganada. Foi-se o tempo em que algumas cores eram proibidas para as mulheres, ou serviam como indicativos de status sociais. A ordem agora é ousar, firmando sempre a sua personalidade.

É importante que a mulher esteja sempre com a mão bem feita, mas segundo especialistas o esmalte pode levantar ou acabar com o visual de alguém. Por isso a dica é usar um tom que valorize e combine com seu visual. E nessa hora prevalece o bom senso.



As cores da moda



O inverno ainda não chegou, mas as prateleiras das lojas de cosméticos já estão cheias de novidades quando o assunto é esmalte. Novas coleções de marcas já conhecidas, como Colorama e Risqué, surgem antes mesmo da estação mudar. E já fazem a cabeça da mulherada.

O destaque da Risqué é a coleção Joias Misticas, que aposta na tendência dos esmaltes sem brilho. Vermelho terroso Pedra Granada, roxo aberto Topásio Púrpura e o azul Lápis Lázuli. Para completar, o clássico Citrino Nude e os tons mais quentes Diamante Roxo e Turmalina.

A Impala lançou a coleção Muito Luxo, baseada na sofisticação e elegância que a estação fria pede. São 12 cores inspiradas no surrealismo dos anos 20 - como nude, azul marinho e o vermelho - em tons mais sofisticado e chiques, que traduzem luxo e glamour.

O Santo Luxo é um verde militar, tema que esteve presente em desfiles das semanas de moda. A coleção conta também com Café Café, Chocolamore, Café Creme e o Nude Clássico.

Já as cores vibrantes estão presentes nos tons neon Saia Justa e Maria Flor, além de Boneca de Luxo, Royal, Paparazzi e L´Amore.


A Big Universo lançou quatro novas cores em tons fechados para a estação. A coleção conta com Oberon, Eclipse e Uranor. Além do Pandora, inspirado na nova cor da Chanel Particulière. Outra novidade é o Kit Copa do Mundo, em tons fluors. As it girls vão adorar!

Seguindo a linha internacional Chanel Particulière, a Colorama lançou o marrom Camurça. A empresa também aposta no verde petróleo Carbono. A coleção Urban traz ainda o nude Cashmere, o verde claro Absinto e o cinza Arranha Céu. Além do vinho Cosmopolitan e o roxo claro Mauve Urban.




A apresentadora Ana Hickmann também está com uma nova coleção. Chamada Atitude, a linha é composta por nove cores. Os metálicos (Luxo), os tons de marrom (Abalou, Uau e Frisson), o rosa com gliter (Escândalo e Poderosa), o tradicional nude (Arrasou), o vermelho (Beijo na Boca) e o roxo (Tudo ou Nada).

Além dessa coleção, ela tem uma baseada nas noivas onde as cores claras prevalecem. Com o nome de Noivinhas, é dedicada às mulheres que sonham com a “hora do sim”. Lua de Mel, Bem Casada, Chuva de Arroz e Noivinhas têm tons puxados para o branco, salmão e rosa claro. Mas corra, pois a edição é limitada.

Por fim, mas não menos importante, Penélope Charmosa saiu da corrida maluca direto para às nossas unhas. A coleção traz o clássico rosa em várias versões, na edição lançada pela Risqué. São oito tons diferentes que vão dos claros Renda Charmosa, Momento Penélope e Penélope Charmosa, passando pelos vibrantes Atitude Pink, Pink Vigarista e Armadilha Rosa, até chegar aos roxos Charminho Lilás e Apuro Violeta.



E aí, estamos ou não bem servidas? Agora é só você escolher um favorito e ir curtir a estação mais fria do ano ao lado do seu amor, se tiver um. Caso esteja à procura, capricha no visual e convida logo aquele “paquerinha” para uma noite de fondue. Duvido que ele vai resistir a uma unha bem feita e um bom vinho.


Por Tatiana Bruzzi
 
Publicado em maio de 2010

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