Uma ano de recordações





2012 já está quase no fim. Mas, ao invés de acreditarmos ser o último ano de nossas vidas, já que muitos creem no fim do mundo, nós do Espetaculosas preferimos lembrar deste ano como sendo importante para algumas personalidades e também sua obras. Vamos recordar!




Carlos Drummon de Andrade


Para começar,  no último dia de outubro, comemoramos o centenário de Carlos Drummond de Andrade. Este ano, faz 25 anos de sua morte e, por isso, o poeta foi o grande homenageado na Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP), que aconteceu em Julho. Além disso, a Companhia das Letras relança sua obra com novo projeto gráfico, concepção editorial e versão simultânea para e-book. 


Elis Regina


No dia 19 janeiro foi aniversário da morte de Elis Regina (30 anos) e os fãs ganharam um presente. A Universal Music lançou o box Elis nos Anos 60, que reúne os 12 álbuns que a cantora gravou nessa década. A coletânea inclui um CD com gravações inéditas, como a música “Comigo É Assim”, composta por João Bittencourt e José Menezes, que não entrou no álbum Elis Como & Porque, de 1969.



O Diário de um Mago


Há 25 anos, Paulo Coelho lançava o best seller O Diário de um Mago, na qual narra suas experiências peregrinando pelo Caminho de Santiago de Compostela, total de 700 quilômetros, que durou três meses. Em comemoração a data, a Sextante lançou uma edição especial.  De acordo com o Guinness Book, Paulo Coelho já vendeu 146 milhões de livros no mundo inteiro. Deste total, quase 8 milhões são só de O Diário de um Mago

Rolling Stones


Em 25 de maio de 1962, os amigos de infância Mick Jagger e Keith Richards começaram a escrever a história de uma das bandas mais famosas de Rock: The Rolling Stones. 50 anos depois, até hoje eles se encontram em atividade, enchendo estádios com uma verdadeira multidão de fãs. Deve rolar um CD e DVD comemorativo. 



Nelson Rodrigues

A nudez castigada de Nelson Rodrigues foi relembrada durante todo o ano através de desfiles, filme, livros, espetáculos e exposição. Se estivesse vivo, o dramaturga pornográfico faria 100 anos em agosto.  

A festa começou no carnaval, já que ele foi tema do samba enredo da escola de samba carioca Unidos do Viradouro. Enquanto isso, a Fundação Nacional de Artes (Funarte) abriu inscrições para a montagem de 17 peças do dramaturgo, encenados em salas da Funarte no Rio e em São Paulo. 

No cinema, Moacyr Góes produziu uma nova versão de Bonitinha Mas Ordinária, com Leandra Leal e João Miguel nos papéis principais. Já a Nova Fronteira, que detém o catálogo do autor, prometeu relançar alguns de seus títulos, com novo projeto gráfico.

Jorge Amado

Também em agosto, comemorou-se o centenário de Jorge Amado. A data foi relembrada através do relançamento de diversas obras do autor baiano, como  Navegação de Cabotagem, edição ilustrada; Mar Morto, edição de bolso; e Os Velhos Marinheiros, edição em capa dura, pela Companhia das Letras.  

Além disso, no carnaval a escola de samba Imperatriz Leopoldinense mostrou a trajetória de Jorge Amado através do samba “Jorge, Amado Jorge”, do carnavalesco Max Lopes. Na TV, a Globo lançou o remake de Gabriela, tendo Juliana Paes no papel da personagem título. Já o Museu de Arte da Bahia recebeu a exposição “Jorge, Amado e Universal”.

Clarisse Lispector


Os 35 anos de morte da escritora brasileira, com descendência ucraniana, Clarisse Lispector, comemorados em dezembro deste ano, será relembrado através do lançamento de Clarice Lispector – Jornais, pela editora Rocco, que já colocou à disposição a série de três volumes Clarice na Cabeceira, que reúne contos, crônicas e romances assinados por ela. Vamos aguardar! 




Cássia Eller


Se viva, dia 10 de dezembro Cássia Eller faria 50 anos. Em comemoração a data,  a Universal pretende lançar o DVD Luz do Solo, gravado no antigo ATL Hall (atual Citibank Hall), no Rio de Janeiro, em 2001. Seguindo o estilo voz e violão, a cantora revisitou clássicos dos The Beatles - “Eleanor Rigby”; Caetano Veloso - “Diamante Verdadeiro” e Joni Mitchell - “Cherokee Louise”. Além disso, há a previsão do lançamento do documentário Cássia Eller, de Paulo Henrique Fontenelle, que traz imagens raras e depoimentos inéditos. 

Por Tatiana Bruzzi 

Publicado em Novembro de 2012

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O homem e a tal da pílula


Neste século XXI os estereótipos da masculinidade estão com os dias contados, frente às mudanças dos papéis sociais de cada gênero no âmbito familiar e público. A partir daí, o machismo ficou obsoleto e o homem passou a dividir tarefas domésticas, agora que a mulher também passou à provedora e chefe da casa.  E, como se não bastasse, em breve ele poderá assumir o controle da prole, caso a pílula anticoncepcional masculina seja aprovada.

 A mudança do papel feminino, ocorrida a partir da década de 1960, repercutiu diretamente no comportamento do homem. Este precisou se despir de sua “superioridade” de macho - que muitas vezes chegava ao extremo uso da violência - para se render aos novos tempos. Embora essa conquista ainda esteja em processo, a mulher que fique atenta para outra novidade: a versão masculina da pílula anticoncepcional está sendo testada em cobaias por pesquisadores norte-americanos.

O método desenvolvido por Martin Matzuk, da Faculdade Baylor de Medicina, no Texas, e James Bradner, da Universidade Harvard, consiste em injetar a substância identificada por JQ1. Esta droga atua em uma proteína importante para o desdobramento do DNA das células de Sertoli, que proporcionam suporte estrutural e metabólico para as células durante a espermatogênese. Esse processo aplicado faz travar essa metamorfose, impedindo que os genes certos sejam ativados. O resultado da pesquisa indicou uma redução drástica do número de espermatozoides dos bichos.




Segundo o cientista Matzuk, o único efeito colateral da droga, observado nos roedores, foi a diminuição do tamanho dos testículos, que vai de 15% a 50% nos bichos. Adianta, porém, que não há efeitos no pênis ou no desejo sexual.

Para o médico urologista Luiz Carlos Gonçalves de Oliveira, ainda é prematuro afirmar que o método seja seguro se aplicado no homem. “Cada vez que o homem ejacula, ele elimina 200 a 500 milhões de espermatozoides  No ato sexual, estes são lançados no interior da fêmea para que um espermatozoide possa fecundar o óvulo naquele momento. A diferença entre o anticoncepcional da mulher é que a substância tem o efeito de inibir um óvulo a cada mês e, no homem, o remédio teria que eliminar milhões de espermatozoides”, explica.

Quanto ao uso do anticoncepcional feminino, e a quantidade de óvulos eliminados do organismo pelo efeito do remédio, o ginecologista da UFRJ Mário de Barros Filho tranquiliza: “É um erro de o senso comum pensar que o anticoncepcional gera uma perda de óvulos. A mulher já nasce com todos os óvulos que vai utilizar durante toda a vida, e a cada mês a menstruação é o sinal de que um óvulo eclodiu e não foi fecundado", analisa. 

A versão masculina da pílula divide opiniões entre as mulheres, que se consideram mais disciplinadas do que os homens na hora de aplicar métodos contraceptivos. Mas admitem que seria muito bem-vinda a droga, pois tiraria delas mais essa responsabilidade de arcar com uma gravidez indesejada, que pode causar grandes transtornos, principalmente na adolescência, quando não se está preparado física e psicologicamente para gerar um bebê.

Todo esse esforço da ciência, em desenvolver uma pílula masculina, é reflexo das conquistas alcançadas pelas mulheres ao longo de suas lutas por igualdade, respeito e oportunidade. Como óvulos que eclodem quando não são fecundados, assim não vingariam as ideias que não favorecessem a convivência pacífica e harmoniosa entre dois seres que existem porque se completam. 

Por Maria Oliveira 

Publicado em Novembro de 2012

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