Moda Flúor, hit das quatro estações

Quem chegou a duvidar que os anos 80 estavam de volta, agora não há mais como negar tal afirmação. O que começou como uma releitura da década mais cafona da história, tomou força e promete se estender por pelo menos mais um ano.

Destaque do verão 2010, a moda flúor invadiu não só as passarelas como também as quatro estações do ano. Chegou tímida no verão, foi marcando território no outono, curiosamente arrasou no inverno – período em que a tendência são cores mais sóbrias – e mal a primavera deu o ar de sua graça, vitrines e editoriais de moda continuam destacando peças em tons fluorescentes.

Após longos e tenebrosos períodos de hibernação, a moda flúor reapareceu em roupas, sapatos, acessórios, esmaltes e maquiagens. Verde, vermelho, pink, roxo, amarelo, azul e tantas outras tonalidades diferentes, desde cítricas até super neon.

Sem se preocupar em ser muito discreta, o colorido dessa moda dá um ar moderno ao look de qualquer pessoa. Desde que você não exagere na combinação.




Para não erra no visual, o ideal é combinar peças flúor com tons fechados, como os tradicionais preto, branco e nude. Além disso, essas cores ficam um arraso quando em estampas e detalhes das roupas.

Montando seu look

Na hora de montar seu look flúor nessa primavera, o ideal é investir em peças leves como vestidos e saias. Sempre em tons vibrantes, essas roupas ficam ótima quando combinadas à sapatos e sandálias de salto em cores neutras.


O rosa pink está em alta, principalmente em tons acesos. Combina com acessórios dourados e dá um ar “patricinha”, se usado com decote ou tomara-que-caia. Já o azul é a cor dita curinga. Dá pra usá-la tanto de dia, quanto à noite. E tem um fator importante, combina com diversas cores e tonalidades.

Enquanto isso o laranja fluorescente proporciona um ar sofisticado, quando usado em longos. Já os curtos, ficam ótimos com botinas. Para dar um toque mais simples ao visual, a dica é usar a cor apenas no busto ou barra da saia. E mais, durante o dia você ainda pode investir em regatas laranjas menos vibrantes, combinadas a um jeans boyfriend ou calça skinny rasgada.



Os acessórios também são muito importantes para complementar seu visual. A roupa até pode ser simples, mas enriquece quando bem combinada a um acessório flúor como pulseira, colar, anéis e relógio. Nessa hora, use e abuse de cores neutras, tons pasteis, jeans e o pretinho básico. Peças que proporcionam um ótimo constraste.



No quesito sapato, a sandália Melissa ainda é a percussora do estilo. Sempre muito colorida e alegre, é a cara da primavera. Agora há no mercado atual outros modelos de sandálias, trabalhadas em estilo cobra, tiras, madeira e ankle boot. Todas em tons flúor, claro.



As bolsas surgem em maxi-bolsa, carteira e hand purse. De alça grande, ficam ótimas na composição de um look romântico. Já as de palha saíram das praias para o asfalto. E agora além da cor crua, há também os modelos coloridos. A ordem é usá-la sem medo ou culpa, mesmo que durante a noite.

Make

Complementando o visual flúor, além de roupas, sapatos, bolsas e acessórios, a moda chegou também às unhas e maquiagem. Verde-água e vermelho alaranjado são apenas algumas das cores adotadas por famosos e anônimos.




Agora a maquiagem é mesmo o grande nome da estação. Olhos riscados de azul ou verde, sombras roxa, amarela, laranja e vermelha, são apenas algumas das novidades que prometem agitar a temporada.

E então, alguma dúvida de que a moda flúor chegou para ficar? O que as passarela previam, as grifes apostaram e as celebridades adotaram. À nós só resta renovar o guarda-roupa e arrasar, por no mínimo mais uma estação. 

Ah, antes que você tenha medo de errar, saiba que qualquer mulher pode aderir a moda flúor. Desde que as cores das peças combinem com seu tom de pele.

Quem tem a pele clara, pode apostar todas as suas fixas nas cores pink, magenta e azul royal. Já as morenas, o ideal é optar por tons cítricos. Amarelo, laranja e verde são ideais para valorizar esse tipo de pele.


Por Tatiana Bruzzi

Publicado em Setembro de 2010

Read More

Dor que não cabe no peito

Amor e ódio afetam profundamente nossa saúde. Situações de extrema angústia, como perda amorosa e discussões acaloradas, causam estresse e produzem no organismo reações semelhantes ao aparecimento de uma doença.

Como a doença não existe em forma concreta, nosso corpo tenta reagir e enfraquece, abrindo brechas para contrair sintomas até então desconhecidos. Recomenda-se muito cuidado nessa hora, pois o problema pode atingir o coração.

O coração é um órgão vital, cuja função é bombear o sangue aos tecidos. Simples assim? Cientificamente o conceito está correto. Entretanto, quando o assunto é amor, desejo, paixão, ódio e todo tipo de sentimento que ultrapasse os limites da razão, o coração tem sentido simbólico daquilo que não pode ser controlado nem pelo intelecto nem pela vontade: nossas emoções.

Na literatura científica, já estão falando de um tipo de síndrome que aparece associada a situações de estresse físico ou emocional e que podem desencadear o início de um infarto agudo do miocárdio: dor menos intensa no peito, alterações no eletrocardiograma e nas enzimas cardíacas.

Nesse caso, as artérias coronárias apresentam-se sempre normais, sem obstruções, mediante o resultado do ecocardiograma e cinecoronariografia. Tal doença recebeu o nome metafórico de Síndrome do Coração Partido e surgiu no Japão, no início da década de 1990, com este nome porque suas imagens, quando realizado o cateterismo cardíaco, assemelham-se às armadilhas usadas pelos pescadores locais para apanhar polvos.



 
Entretanto, este quadro não é específico às decepções amorosas. Perder algum parente ou amigo querido em acidente, ou depois de passar muito tempo doente no leito hospitalar, receber a notícia de diagnóstico médico de uma doença fatal, perdas financeiras vultosas, situações de violência como assalto a mão armada, discussões acaloradas e até mesmo a emoção de uma festa surpresa podem desencadear um aumento significativo na frequência cardíaca e demanda metabólica cardíaca.

Segundo o médico residente em Cirurgia Geral, Guilherme Oliveira, além da adrenalina, o hormônio cortisol também é liberado em situação de alto estresse físico e mental, podendo acelerar o processo de formação de placas ateromatosas arteriais, dentre as quais, as artérias coronárias envolvidas na irrigação do músculo cardíaco.

Pesquisadores da Síndrome do Coração Partido descobriram que o transtorno atinge principalmente mulheres com idades acima de 65 anos, e raramente abaixo dos 50, com histórico de forte estresse físico ou emocional ou que tenham se submetido a uma cirurgia não cardíaca.

O caso de uma mulher de mais de 70 anos, que perdeu o filho com doença neurológica incurável, pode servir para ilustrar o sintoma da doença. De acordo com relato de parentes próximos, um ano após a morte do filho, esta senhora ficou muito deprimida, mas tentava levar uma vida aparentemente normal quando seu coração começou a fibrilar.

Para esclarecer o quadro, a paciente foi submetida a todos os exames cardiovasculares de rotina, inclusive cateterismo. Nada foi encontrado nos exames que justificasse a arritmia cardíaca.




Na ficção, a metáfora do coração partido é interpretada como o final de uma relação amorosa e chama atenção por ser passível de acontecer a qualquer pessoa na vida real. No cinema, Brooke Shields é estrela de Amor sem fim, uma história avassaladora de dois adolescentes que, consumidos pelo amor, levam seus desejos ao extremo. Ao ponto de um dos jovens ir parar no manicômio.




Na minissérie A casa das sete mulheres, Rosário (Mariana Ximenes) não se conforma com a morte de Estevão (Thiago Fragoso) e sua dor lhe tira a vontade de viver. A morte foi o caminho que encontrou para juntar o seu coração partido ao do amado que estava lá, do outro lado da vida.



Em Passione, Totó (Tony Ramos) é um homem maduro, porém mesmo sabendo que Clara (Mariana Ximenes) é uma vilã e não merece seu amor, ainda assim sofre profundamente ao romper seu casamento com a mulher.



Assim, para qualquer motivo que faça doer o coração os médicos recomendam distinguir a Síndrome do Coração Partido de um ataque cardíaco. Para que assim, as pessoas vitimizadas possam ser tratadas adequadamente e saibam que seus corações estão saudáveis, em vez de serem informadas de que padecem de uma doença coronária, e tomarem remédios para o coração por toda a vida.

Por Maria Oliveira

Publicado em Setembro de 2010

Read More
 

©2009Espetaculosas | by TNB