Ignorar ou ser ignorado?

Outro dia conversando com uma amiga, ela me disse que estava insatisfeita com o rumo que sua vida tomou. Por conta das atribulações diárias, havia se distanciado dos amigos. E no decorrer desse tempo, muitas coisas aconteceram na vida desses mesmo amigos e ela infelizmente não estava lá para presenciar.

Curiosamente essa conversa aconteceu num período em que muitas coisas tem passado pela minha cabeça, uma delas esse distancimento entre as pessoas. Alguns dizem que faz parte da vida. Outros que nem dá para se culpar, ou culpar alguém, é normal quando tomamos caminhos diferentes.

Entendo que nada é para sempre. Que a vida toma rumos, proporções, que às vezes não temos controle. Mas, independente do que possa acontecer, não dá para explicar as mudanças comportamentais em pessoas que até “ontem” eram tão próximas.

Pouco antes eu havia passado por duas situações que, mais do que triste, me deixaram decepcionada. Ambas envolvendo um desses sites de relacionamentos, em que temos uma lista quilométrica de contatos que, nem sempre entram em contato com você.

Até aí tudo bem. Mesmo achando estranho, tento aceitar a ideia de que esse tipo de site é para você estar lá quando alguém te procurar. E vice versa. Pelo menos foi isso que uma outra amiga minha me disse, e eu relevei.

Então como explicar, quado você manda recados e a pessoa simplesmente te ignora? E mais, não adianta dizer que não tem conectado, já que o próprio site te entrega quando você cai na besteira de trocar a foto do perfil, entrar em uma nova comunidade ou simplesmente comentar algo dito por um amigo em comum.

É esse tipo de atitude que faço força, mas não consigo entender. A mesma pessoa que tem o trabalho de conectar, ler as mensagens e apagá-las, não pode se dar “ao luxo” de responder?

Isso doi. Não apenas quando você só queria dar um oi, como também naquele pedido de socorro que nem sempre vem explícito, mas na maioria das vezes contém o mesmo peso.

Façamos um teste... Para tal atitude, qual seria a resposta:

Opção a: Falta de tempo.

Opção b: O tempo que mudou seu jeito de ser.

Opção c: Sempre foi assim, mas só agora deu para perceber.

Para o caso da última resposta, teria sentido a velha frase “a gente nunca conhece as pessoas direito?” Se me tirar como exemplo, não teria tanta certeza assim. O tempo passou, mas continuo a mesma. Tá bom, só que mais amadurecida.

Ainda sou libriana, tenho loucura pela cor vermelha, café, cinema, Johnny Depp e jornalismo (nem sempre necessáriamente nessa ordem), amo àqueles que um dia se fizeram presentes em minha vida, independente da época, e sempre estou pronta para ouvir, ou ajudar, quem precisa. Basta chamar.

As palavras dessa minha amiga, quase que pedindo desculpas pelo seu comportamento apontado por ela como egoísta, me emocionaram. Logo ela, que ao se explicar tomou uma das atitudes mais altruístas. São pessoas assim que ainda nos fazem acreditar no próximo e até, que o mundo ainda tem jeito.

Bjs e até a próxima,

Josie!

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