Tudo acaba na quarta-feira de cinzas?

Pronto, chegou o carnaval. E como diria Os Tribalistas, “Não sou de ninguém. Eu sou de todo mundo e todo mundo me quer bem”. Essa é a época do ano em que uma grande maioria quer mais é cair na farra e só parar para pensar no que fez, na quarta-feira de cinzas. E vamos combinar que para fazer jus a essa temática, só mesmo estando solteiro.

É por isso também que no período que antecede o carnaval, muitos são os casais que terminam seus relacionamentos. Tá certo que alguns voltam logo em seguida. Mas e os que se programam para “beijar muito” e não se amarrar a ninguém, só que no meio do caminho o cupido prega-lhes uma peça e pronto. Quando se deram conta, estão apaixonados.

Agora eu pergunto: namoro de carnaval acaba mesmo quando os tambores se silenciam? Há quem pise na avenida com os olhos apontados para o amor. E muitos conseguem encontrar alguém com quem a convivência vá além da folia.

Por outro lado, ainda existe uma leva de foliões descrentes dessa possibilidade. E a culpa nem são deles, e sim da imagem que se criou sobre a festa mais pagã da história. A de que carnaval é a época certa de se “atirar para todos os lados”. E se cair na rede, é peixe.

Atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu. Por isso, nunca sabemos o que realmente se esconde por baixo de uma máscara. Moral da história, nem todo Don Juan é Johnny Depp. Em compensação, o carrasco pode não ser tão cruel quanto aparenta.



Para desvendar esse mistério só mesmo arriscando. O amor é assim, surge quando menos se espera e na maioria das vezes sem bater ou pedir licença. E você, ao invés de ficar questionando se o namoro de carnaval pode sobreviver aos quatro dias de folia. Relaxa!

Viva essa experiência, que pode ser muito boa. Independente do seu tempo de validade. Sem nunca se esquecer que, quando uma escola entra na avenida tudo pode acontecer. Inclusive, ela voltar no desfile das campeãs.


Por Tatiana Bruzzi

Publicado em Março de 2011

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Lugar de coreto é na praça

Em cada cidade ou bairro existe uma praça, espaço central aberto onde o povo elegeu como local de suas concentrações. Para lá se desloca a multidão quando convocada a participar de manifestações religiosas, políticas ou de lazer. Passar pela praça significa participar da vida urbana. No Carnaval, em particular, lugares públicos retomam diferentes formas de convivência.

Nos festejos de Momo, o reduto das crianças e aposentados sai da rotina para receber foliões e blocos de rua. Com isso lucra o comércio local, que se organiza e banca a decoração das ruas e do coreto. Não é à toa que, desde 1972, a Riotur promove o Concurso de Coretos de Bairros com o intuito de incentivar a população a brincar o carnaval em seu próprio bairro.

Com a revitalização do carnaval de rua, espaços livres de construção resgatam o papel urbanístico e social para o qual foram concebidos. Desse modo, o exercício da cidadania se faz necessário, uma vez que o comportamento do usuário tem que estar de acordo com as normas estabelecidas para o bem-estar comum.



Normas que obrigam a Prefeitura do Rio a instalar banheiros químicos nas ruas, e cobram do folião uma conduta adequada e civilizada para usá-los. Por conta disso, propagandas foram lançadas na mídia com a finalidade de ridicularizar os mijões e conscientizá-los de que a prática é crime contra o patrimônio público e atentado ao pudor.

Tarefa difícil por ser uma festa popular, em que pessoas de diferentes origens e papéis sociais se aglomeram e dançam conforme a música. E não existe música mais contagiante do que as marchinhas e sambas de enredo. Os componentes das bandas acreditam nisso. Do coreto, eles incrementam as batidas do tambor e aumentam o som dos metais para fazer o povo pular sem parar.



Assim, o lugar da praça fica reservado ao congraçamento dos cidadãos em dias especiais. Símbolo e ponto nevrálgico de encontros para diversos fins. Que esses fins sejam em prol da liberdade de manifestar direitos, desejos e alegria de forma pacífica e educada. Para o povo basta um coreto. Quem gosta de palanque é o político.

Por Maria Oliveira

Publicado em Março de 2011

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O carnaval do bate-bola

A fantasia predispõe o folião a brincar o carnaval com mais liberdade. Por trás de uma máscara preserva-se a identidade e afasta-se o medo de transgredir. O medo, entretanto, fica do lado de fora, na cara de quem vê um mascarado na rua. Correr de um clóvis é uma experiência pela qual já passou todo suburbano que se preza.

Clóvis ou bate-bola é o nome de uma fantasia carnavalesca característica dos subúrbios cariocas, principalmente os das Zonas Norte e Oeste. O nome é uma derivação da palavra “clown”, que significa palhaço em alemão.

A fantasia se assemelha muito com a roupa de palhaço porque é bem colorida e farta em babados, cujo efeito belíssimo se mostra na coreografia do grupo. Além de uma sombrinha, trazem na mão uma bexiga de boi ou de plástico para fazer barulho, fora chocalhos e apitos que aterrorizam a criançada e marmanjos também.



Muito comuns, principalmente nos subúrbios de Marechal Hermes e Bento Ribeiro, os blocos de bate-bolas são temidos porque se aproveitam do carnaval para resolver antigas rixas entre gangues do lugar.

Por conta disso, há sempre confronto e violência quando grupos rivais se encontram. A provocação vai desde a sofisticação da indumentária e apetrechos de mão, até a composição de hinos de funk cantados em carros de som.

Felizmente, o espírito carnavalesco está superando o da violência gratuita entre os blocos. De tanta repressão policial, os competidores voltaram a pensar mais na brincadeira em si.



Prova disso é que cada vez mais imprimem rigor técnico na confecção das fantasias, modernizam o tema, mas não abandonam a máscara diabólica que ironiza o público com uma chupeta na boca.

O nível de aprimoramento da fantasia de clóvis chegou a tal ponto, que costureiras especializadas cobram em média mais de mil reais por cada uma. É um mercado que cresce vertiginosamente graças à volta do Carnaval de rua, e à mobilização de blocos em torno de uma estética própria.



Estética que estimula o desejo de expressar uma relação entre o real e o imaginário. É pela fantasia que podemos ser tudo por um dia, mesmo que, na quarta-feira de cinzas, a bola do clóvis murche, a máscara caia e o palhaço perca a graça.

Isto é carnaval!

Por Maria Oliveira

Publicado em Março de 2011

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Caia na Gandaia com a roupa certa


Com o carnaval se aproximando, quem é adepto da folia começa a planejar seu roteiro para cair na gandaia durante os quatro dias de festa. Mas tão importante quanto decidir seu itinerário, é preocupar-se com o que vestir. Garantindo looks bonitos, leves e o que é melhor, que lhes deem movimento e permitam que seu corpo respire.

O primeiro passo a ser dado é adequar peças ao tipo de evento que você pretende ir. Na dúvida, opte por short jeans e regatas em tecidos leves, como algodão. Ou ainda, bermuda e camiseta de malha.



O short jeans sempre foi indispensável ao Carnaval, pois alivia o calor e deixa nós, mulheres, bem mais a vontade na hora de seguir atrás do trio elétrico. Já as bermudas de malha, assim como em academias, nos dão movimento.



Mas se você curte mesmo uma mini saia, não precisa abir mão dela. A dica é usá-la sempre com um shortinho por baixo, que pode ser de lycra ou elanca. Evitando futuros “incidentes” e mantendo a compostura.

O macaquinho, um dos hits desse verão, também é perfeito para pular carnaval. Além de confortável, quando cheio de bolsos se tornam muito práticos. Ao invés de mochilinha nas costas, coloca-se nos bolsos dinheiro, documentos, chaves, celular e até um batonzinho.



Já os de malha leve, tipo tomara que caia, são ideias para quem pretende curtir bailes de carnaval em clubes e casas noturnas. Combinado com um bom salto, dá um ar moderninho e sexy a foliã.


Falando em salto alto, lembre-se de usá-los apenas em bailes fechados e de preferencia, à noite. Na rua, use e abuse de tênis tipo keds ou sapatilhas em tecido, tipo moleka. Dessa forma, evita-se tombos. Afinal, você não quer terminar o carnaval com o pé engessado.



Chinelos e rasteirinhas também podem, mas de preferência na praia ou lugares que não estejam superlotados. Assim, você não corre o risco de sofrer e/ou se machucar com pisões desagradáveis.

Definida a roupa, é chegada a hora de escolher os acessórios. Colares coloridos, flores ou arranjos de penas no cabelo, são peças simples, baratas e sempre garantem um visual alegre.




A maquiagem também pode ser um pouco mais forte e com brilhos. Uma ótima dica é o uso de estrelinhas adesivas, que podem ser colados no rosto, pescoço e ombros.



É isso! Agora é só escolher o visual que melhor combina com você, montar seu look e curtir bastante o carnaval. Sem deixar de lado a alimentação e a hidratação. O Espetaculosas alerta: beba sempre muita água.

 
Por Tatiana Bruzzi

Publicado em Março de 2011

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