Uma menina danadinha

De vestido vermelho e cabelos cacheados, essa menina marcou a minha, a sua e, com certeza, a infância de muita gente. Esperta demais para sua idade, que estima-se ser entre 08 e 10, e muito teimosa, Luluzinha (ou Little Lulu) sempre se mete em confusão. Tudo o que Lulu mais almeja é saber o que acontece dentro das paredes secretas do "Cube dos Meninos", comandado por seu amigo Bolinha. 

Criada em 1935 por Marjorie Henderson Buell, sua primeira aparição foi em uma charge que mostrava a menina em frente a um casal de noivos jogando cascas de banana no corredor da igreja, durante a cerimônia de casamento. 

Suas aventuras eram publicadas no jornal The Saturday Evening Post, onde ficou até 1945. Durante esses dez anos, alguns livros contendo brincadeiras e passatempos com Lulu e Bolinha chegaram a ser publicados.

Neste mesmo ano, a Dell Comics colocou no mercado editorial revista em quadrinhos, com roteiro e desenhos assinados por John Stanley. E após algum tempo, Irving Tripp assumiu a parte artística, deixando Stanley responsável apenas pelos roteiros. 


No início, os traços dados por Marge foram mantidos. Com o tempo, deram um visual mais simples e dócil para a personagem. Mas como a Luluzinha teve diversos desenhistas, nota-se quatro traços diferentes. 
Por volta da década de 70 os direitos de publicação das personagens foram vendidos para a Western Publishing Company. Sendo assim, a revista foi editada nos Estados Unidos até 1984.  
Além de Bolinha, Lulu divide suas aventuras com Aninha (sua melhor amiga), Alvinho (com quem dá uma de babysister), Plínio (o riquinho da história), Glória  (a menina esnobe), Juca e Zeca (estes últimos, integrantes do "Clube dos Meninos" ao lado de Bolinha).  

76 anos de muitas peripécias

- Nos gibis da Lulu, a menina sempre divide suas aventuras com seu diário. 

- Algumas séries de desenhos animados com a personagem e sua turma chegaram a ser produzidas e veiculadas. A primeira foi gravada entre 1943 e 1948 pela Paramount Pictures.



- Novos episódios foram produzidos no Japão pela Nippon Animation, entre 1976 e 1977, no formato Anime. O sucesso chegou a países da Europa e América Latina. 

- Nos anos 70, o canal americano ABC exibiu uma série especial com as personagens.

- No Brasil, a turma da Lulu chegou pela revista O Cruzeiro, em 1955. Já na TV, na década de 80 através das emissoras Globo, Record e SBT.



- A última série de desenhos foi produzida de 1995 a 1997. Com o nome de The Little Lulu Show, foi exibida nos Estados Unidos pelo canal HBO Family.




- Há dois anos a versão teen em quadrinhos da Lulu e sua turma foi lançada, mas perdeu a graça e a inocência. 



Fonte: Wikipédia 

Por Tatiana Bruzzi

Publicado em Agosto de 2011

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Ele/Ela

No filme Victor ou Victoria, Julie Andrews arrasa quando aparece tanto de vestido, quanto de terno. Saindo das telonas para o mundo da moda, muitas mulheres ficam um arraso quando vestidas com roupas masculinas.

A primeira pessoa a perceber que peças consideradas exclusivas para os homens caíam muito bem em corpos femininos foi a estilista francesa Coco Chanel, lá na década de 20, quando introduziu o estilo andrógino ao nosso guarda-roupa.

Com o passar dos tempos, a moda masculina virou tendência através de itens como os famosos sapatos oxford (super em alta este ano), peças de alfaiataria, suspensórios, chapéu panamá, coturnos e outros modelos "boyfriends".



Apesar de saídos dos armários masculinos, quando bem usados em nada prejudica a feminilidade da mulher. Pensando nisso, o Espetaculosas separou algumas dicas para você adaptar essas peças ao seu look. Confira!




Use a abuse dos modelos masculinos

- Ao optar por um terno de alfaiataria ou de black tie, use com um belo e feminino salto alto.

- Inove o visual misturando peças leves com outras pesadas, como sapato oxford + vestido leve.   

- Quer usar uma camisa masculina? Dê uma garimpada no armário de seu namorado ou irmão, pegue uma camisa bem transada e use com saia ou short. Se for sair a noite, opte por uma calça skinny ou um outro modelo, desde que bem justinha. 

- Garotas de atitude podem abusar de um look todo masculino. Mas para não perder a feminilidade, brinque com acessórios, penteados ou na maquiagem. 

- Já as mais tímidas, comece usando pequenas peças masculinas como gravatas,chapéus ou suspensório. Fica uma graça! 



É isso! Siga nossas dicas, coloque para fora o "macho" que existe dentro de você e arrase. Tenho certeza que você não vai se arrepender. 

Por Tatiana Bruzzi

Publicado em Agosto de 2011

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Vamos vadiar?

As mulheres estão  nas ruas tirando a maior “onda” nesta primeira década do século XXI. Se no passado o movimento era pelo direito político de votar, depois veio o de liberação sexual, neste a mulherada luta para corrigir as falhas das primeiras conquistas. A igualdade de gênero, por exemplo, não ficou bem definida. Por isso, agora, o mote é pela liberdade de se vestirem como gostam sem que sejam vistas como vadias.  

Segundo acadêmicos,  a história do movimento feminista se divide em três "ondas". A primeira onda se refere principalmente ao sufrágio feminino, movimentos do século XIX e início do XX, preocupados principalmente com o direito da mulher ao voto. A segunda onda se refere às ideias e ações associadas com os movimentos de liberação feminina iniciados na década de 1960, que lutavam pela igualdade legal e social para as mulheres. A terceira onda seria uma reação aos erros da segunda, iniciada na década de 1990.


Praia de Copacabana - RJ


Hoje, a luta das mulheres está centrada no direito à sua autonomia e à integridade de seu corpo. Por conta disso, há quem defenda o aborto e métodos contraceptivos desde que cercados por cuidados hospitalares de qualidade. Mas a ideia de “o privado é político, nosso corpo nos pertence” vai além de causas subjetivas. Elas querem mais  proteção, lutam pelo fim da pedofilia, da violência doméstica, assédio sexual e estupro. E foi nesse contexto que surgiu a "Marcha das Vadias", (SlutWalk, em inglês).

O movimento teve início no Canadá, em abril deste ano, depois que ocorreram diversos casos de abuso sexual em mulheres na Universidade de Toronto. O estopim da marcha foi a observação do policial Michael Sanguinetti  para que as mulheres evitassem se vestirem como putas, evitando serem vítimas de estupro.O primeiro protesto levou 3000 pessoas às ruas de Toronto. No Brasil, a marcha também chama atenção para o número de estupros ocorridos no país. Por ano, cerca de 15 mil mulheres são estupradas.


Av. Paulista - SP


As mulheres, durante a marcha, usam roupas provocantes como: blusinhas transparentes, lingerie ou apenas o sutiã,  minissaias, salto alto e muita maquiagem. De acordo com a antropóloga Julia Zamboni, essa é a  forma pela qual elas protestam contra a cultura machista ao serem chamadas de vadias. “Homens dizem que a gente é vadia quando dizemos 'sim' para eles e também quando dizemos 'não'. A gente é vadia porque a gente é livre”, sentenciou.

A primeira Marcha das Vadias no Brasil ocorreu em São Paulo, no dia 4 de junho de 2011. As redes sociais, como o Facebook, ajudaram muito na divulgação do evento dentro e fora do país. Mais de 6000 pessoas confirmaram presença na passeata. No entanto, parece que as brasileiras ainda sofrem com o medo de serem ridicularizadas: somente cerca de 300 pessoas compareceram, de acordo com a contagem da Polícia Militar. Outros estados seguiram a ideia como Recife,  Brasília e Rio de Janeiro.


Recife

 
Diferentemente das paulistas, as cariocas são descontraídas pela própria natureza. Assim, ajudadas pelo calor da Cidade Maravilhosa, as manifestantes percorreram a orla de Copacabana do jeito que a marcha sugere: pouca roupa. De acordo com o site Último Segundo, o evento reuniu cerca de 1.500 pessoas no dia 2 de julho deste ano. 

As integrantes do movimento levaram cartazes com palavras de ordem como o direito ao atendimento gratuito no Sistema Único de Saúde (SUS) para vítimas de violência sexual, melhorias nas Delegacias Especiais de Atendimento às Mulheres (DEAMs) e a qualificação das delegacias não especializadas para atender vítimas de violência sexual e doméstica, com capacitação de agentes da segurança pública sobre diversidade sexual. 

A mais recente Marcha das Vadias de que se tem notícia é a da Costa Rica. Lá as mulheres se manifestaram contra as declarações feitas pelo bispo Francisco Ulloa, que no meio da celebração católica mais importante do país, em homenagem à Virgem de Los Angeles, afirmou que as mulheres devem vestir com "recato" e "pudor". Depois dessa, possivelmente outras “ondas” feministas virão e arrastarão, pelas ruas do mundo inteiro, quem estiver disposta a lutar por seus direitos.

Por Maria Oliveira

Publicado em agosto de 2011

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