Juju em...

Sou a miss imperfeita, muito prazer...

Oi gente, td bem? Quanto tempo, né? Acreditem ou não, já estava morrendo de saudades. O problema é que, como a maioria dos mortais, ando sofrendo de um mal difícil de lidar. O tempo! Ou melhor, a falta dele. Por isso não tenho aparecido com a freqüência que me agrada. Mas, prometo dar um basta nessa situação e voltar a ter meus encontros semanais com vocês.

Bem, pensando justamente nesse problema que atinge 11 entre 10 pessoas (será?), e pedindo licença a minha colega Martha Medeiros, vou utilizar em minha coluna, um texto dela que retrata bem o que nós (mulheres) tentamos fazer, driblando o tempo, ou a falta dele. Ok?!

Bjs e até a próxima,

Juju.

P.S. Ah, depois me escrevam dizendo o que acharam. E mais, se quiser ter suas histórias publicadas aqui, ou alguma mensagem, poesia, receita... É só mandar!


SOU A MISS IMPERFEITA, MUITO PRAZER

por Martha Medeiros

 



PORTANTO, SOU OCUPADA, MAS POR MAIS DISCIPLINADA QUE EU SEJA, APRENDI DUAS COISINHAS QUE OPERAM MILAGRES. PRIMEIRO: A DIZER NÃO. SEGUNDO: A NÃO SENTIR UM PINGO DE CULPA POR DIZER NÃO. CULPA POR NADA, ALIÁS.

CULPA ZERO.



QUANDO VOCÊ NASCEU, NENHUM PROFETA ENTROU NA MATERNIDADE E LHE APONTOU O DEDO DIZENDO QUE VOCÊ SERIA MODELO!

SEU PAI E SUA MÃE, ACREDITE, NÃO TIVERAM ESSA EXPECTATIVA: TUDO O QUE DESEJARAM É QUE VOCÊ NÃO CHORASSE MUITO E MAMASSE DIREITINHO.



VOCÊ É HUMILDEMENTE, UMA MULHER.



E, SE NÃO APRENDER A DELEGAR, A PRIORIZAR E A SE DIVERTIR, BYE-BYE VIDA INTERESSANTE. PORQUE VIDA INTERESSANTE NÃO É TER A AGENDA LOTADA, NÃO É TOPAR QUALQUER PROJETO POR DINHEIRO, NÃO É ATENDER A TODOS...

É TER TEMPO. TEMPO PARA FAZER NADA. TEMPO PARA FAZER TUDO. TEMPO PARA DANÇAR SOZINHA NA SALA.



TEMPO PARA SUMIR DOIS DIAS COM SEU AMOR.

TEMPO PARA UMA MASSAGEM. TEMPO PARA VER A NOVELA.

PARA PROCURAR UM ABAJUR NOVO PARA SEU QUARTO.

TEMPO PARA VOLTAR A ESTUDAR.

PARA ENGRAVIDAR.

TEMPO, PRINCIPALMENTE, PARA DESCOBRIR QUE VOCÊ PODE SER PROFISSIONAL SEM DEIXAR DE EXISTIR. EXISTIR, A QUE SERÁ QUE SE DESTINA? DESTINA-SE A TER O TEMPO A FAVOR, E NÃO CONTRA.


PORTANTO, NÃO QUERIA SAIR POR AI BATENDO RECORDS...

PENSE NISSO!
UMA IMPERFEITA QUE FAZ TUDO O QUE PRECISA FAZER, COMO BOA PROFISSIONAL, MÃE E MULHER QUE TAMBÉM SOU: TRABALHO TODOS OS DIAS, GANHO MINHA GRANA, VOU AO SUPERMERCADO, DECIDO O CARDÁPIO, LEVO E TRAGO FILHOS DO COLÉGIO, ALMOÇO COM ELES, ESTUDO COM ELES, TELEFONO PARA MINHA MÃE TODAS AS NOITES, PROCURO AS AMIGAS, VIAJO, VOU AO CINEMA, PAGO MINHAS CONTAS, VOU AO DENTISTA, MAMOGRAFIA, CAMINHO MEIA HORA DIARIAMENTE, FAÇO REUNIÕES LIGADOS À MINHA PROFISSÃO E AINDA FAÇO ESCOVA TODA SEMANA - E AS UNHAS! E, ENTRE UMA COISA E OUTRA, LEIO LIVROS.

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Com a cabeça nas eleições

No mês do Hallowen, a festa dos mortos-vivos políticos!

E chegaram as eleições, novamente! Aquele período fabuloso onde você escuta, vê e comprova que o poder faz bem, obrigado, e que também faz milagres! Quer um exemplo? Candidatos à prefeitura do Rio de Janeiro prometem obras, feitos e acordos que na maioria das vezes sequer diz respeito à jurisdição municipal. Um deles, de quem não vou citar nome para não fazer apologia ao crime, promete inclusive cuidar de toda a violência que assola ao Estado do Rio já que “ninguém faz nada”. E o que ainda me deixa cismada é saber que, se eles se lançam a disparates prometendo aumentos salariais (esta promessa é de praxe) é porque ainda há quem realmente acredite neles. E em Coelhinho da Páscoa também.

Política é uma arte, já que na antiga Grécia era preciso o dom da retórica (arte de falar e convencer) e também a habilidade para se apresentar em público, nas praças públicas expondo idéias. Agora eles pagam para que ouçamos suas promessas e ideais de grandeza. Quer coisa mais promíscua que candidato? Ele entra no PSTU, depois de alguns meses “o partido não cumpre mais seus ideais políticos” (eu queria muito saber o que um deles quis dizer com isto, porque até agora não entendi) e ele resolve se filiar no PDT, fica mais uns anos, se elege para qualquer cargo ou entra para algum governo em posição de confiança (ou seja, indicado), aí resolve que o partido não atende mais as necessidades da base(!) e muda pro PMDB, para descobrir “que o partido o atraiu, mas o traiu” e finalmente termina candidato novamente em um DEM qualquer. Simples, né? A seqüência acima não foi concretizada por nenhum candidato (eu acho), mas que eles são danadinhos e vivem trocando de fidelidade partidária, mais do que trocaram de namorada da infância, ahn, isso sim.

Pior do que o troca-troca, nestas eleições, são outros dois fatos. Um diz respeito àquela propagandazinha que afirma: “são quatro anos, é muito tempo...” e pede consciência na hora de votar. Se as pessoas tivessem consciência de fato, não iam sair de casa no dia 05. Este jingle arruína qualquer manhã de trabalho iniciada as cinco da matina, tamanha é a cretinice da proposta e tamanho é o mau-gosto da musiquinha. O Brasil precisava rever urgente sua política partidária e seu grau de comprometimento social, pois as pessoas querem ser políticos de carreira (com algumas raras exceções que primam pela seriedade e alto embasamento ideológico) como agora virou costume ouvir um monte de jovens dizer que “quer ser polícia”- e, sem medo de ser polêmica, acredito que eles afirmam isto já que a polícia militar infelizmente está com sua imagem atrelada a muitos maus funcionários que “ganham a vida” com suborno, propinas e perigosas ligações com a ilegalidade – ou seja, sinônimo de “se dar bem”. Aliás, a propósito, tem uma grande parcela que fez os dois, virou polícia E político. Álvaro Lins ta aí que não me deixa mentir, assim como tantos outros.

O outro ressalta o uso da imagem presidencial. Esta é curiosa... Recentemente li no jornal assim: “Lula critica quem usa sua imagem de maneira hipócrita”. E ele na década de 80, que odiava Sarney e outros com todas as suas forças e hoje toma café das cinco e têm até ministros ex-desafetos como amigos de infância pernambucana? Isso é o quê, amizade? Se não for hipocrisia, favor avisar ao Aurélio, ele não definiu bem a palavra. TODOS, eu escrevi TODOS os políticos querem tirar uma lasquinha do suposto fenômeno de popularidade Lula “10 anos em 8” ou Lula “Pré-sal, pós-sol, prá frente”, e incrível é ver que uma boa parte deles é adversário partidário.

Você não sabe onde quero chegar com esta prosa, não? Simples: O governo fez tantos acordos, entregou tantos ministérios em troca de votos e aprovações disto e daquilo que eu acredito que só a Heloísa Helena que não gosta mais do Lulinha “pré-fabricado”. Chata, boba e feia, ela.

Ahn, lógico. Acima eu disse “suposto fenômeno”. Deixa-me explicar... Tipo assim: alguém já te perguntou o que achas do governo Lula? Ou para um parente, ou vizinho? Pois é... Para mim também não. Deve ser porque eu, que sou jornalista não praticante, não leio jornal. Eles contam muita mentirinha... Mas, mesmo assim, a política continua sendo aquela festa que convidou “geral” (sic) para a noitada mas você continua votando e sentindo aquela sensação de ressaca e de que fez algo de ruim quando estava bêbado, do qual não se lembra e nem sabe se gostaria de lembrar.

Por Fernanda Barbosa

Publicado em Setembro de 2008

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Temporada de flores e de filmes

Prevendo a extinção dos jardins no espaço urbano, assim Cecília Meireles começa o conto “Primavera”: “A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la”. Ao ler este trecho, me veio à idéia associá-lo ao destino dos poucos cinemas de rua que exibirão os filmes selecionados para o Festival de Cinema do Rio, entre 25 de setembro e 9 de outubro. Assim como os jardins estão perdendo seus canteiros para dar passagem ao tráfego cada vez mais intenso nas cidades, os cinemas de rua fecham para atender a outros paradigmas econômicos...

O calendário do Festival do Rio está totalmente inserido na estação do reflorescimento. Uma ironia para os cinéfilos que choram pelo Paissandu, Caruso, Jóia, Metro-Tijuca, Imperator, Guaracy, Baronesa e tantos outros cinemas que deixaram um vazio cultural enorme, principalmente nos bairros da Zona Norte e subúrbios do Rio.

O Cinema era o principal local de entretenimento dos bairros e a rua o prolongamento desse lugar de encontro, aonde se desenvolve relações entre os próprios usuários e o espaço. Ninguém saía do filme pensando em comprar uma roupa exposta na vitrine do Shopping, mas discutiam-se a fotografia, o desempenho do diretor, o melhor ator, ou seguíamos a caminho de casa com beijos e carícias iniciadas no escurinho da sala. Suntuosos, as construções hierarquizavam todas as demais, como índice que norteia, situa e contextualiza os outros recantos da cidade. Como exemplo, temos a Cinelândia, no Centro, que outrora fazia jus ao nome.

Na Cinelândia fica o Odeon BR, um dos poucos remanescentes fora de shopping. Sobrevive de patrocinador, que arca com a manutenção do prédio e sustenta os eventos. Com capacidade para 600 pessoas, o Odeon é o palco principal do Festival do Rio e da Maratona Odeon, sessão de filmes que acontece pela madrugada da primeira sexta-feira de cada mês. Além disso, o espaço se diferencia por exibir clássicos do cinema e filmes raros, e ainda abriga debates mediados por cineclubes. Um dos principais é o Cachaça Cinema Clube.

Na contramão do destino dos cinemas de rua, a sede do Banco do Brasil, que até a década de 1960 era considerado o edifício emblemático do mundo financeiro nacional, no final da década de 1980 foi transformado em Centro Cultural (CCBB). E nessa transação, o povo carioca lucrou com mais um espaço cultural voltado para multimídias e fórum de debates. Desse modo, o prédio que outrora era ligado às finanças e aos negócios, abre suas portas para a democratização do audiovisual, dando oportunidade para novos realizadores mostrarem sua visão de mundo. É o que prometem os alunos do curso de audiovisual da Central única das Favelas (CUFA).

Em sua segunda edição, o CineCufa mostra até o dia 21 de setembro, no CCBB, filmes totalmente produzidos, roteirizados e editados por seus alunos do curso de audiovisual da Cufa. O primeiro filme exibido foi “Ponto final”, gravado na Cidade de Deus. Segundo uma das curadoras do festival, a rapper Nega Gizza, “a proposta é mostrar a atuação da periferia não só como personagem à frente das câmeras, mas também como protagonista por trás delas”.

A abertura do Festival do Rio terá “Última Parada”, de Bruno Barreto, e encerrará com “Um homem bom”, de Vicente Amorim, que promete trazer ao Brasil seu protagonista, o ator americano Viggo Mortensen. Além desses, estão garantidos para a Première Brasil os filmes: “A erva do rato”, de Júlio Bressane; “Romance de geração”, de David França Mendes; “Romance”, de Guel Arraes; “ Pachamama”, de Eryk Rocha; “ A Guerra dos Rocha “, de Jorge Furtado; “ Todo mundo tem problemas sexuais”, de Domingos Oliveira; e o “ Homem que engarrafava nuvens”, de Lírio Fonseca.

Diante dessa maratona, concluímos que a Primavera não só vai trazer mais colorido à cidade, mas também vai aguçar nossos sentidos em direção às telas dos cinemas - de rua ou não. Assim, com o mesmo entusiasmo debruçamos sobre a janela para olharmos um jardim florido, esperamos ver no Festival o que de melhor está sendo feito no Brasil.

Por Maria Oliveira
 
Publicado em Setembro de 2008

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Entrevista - Luiz Carlos Oliveira Jr

Cineasta 

Luiz Carlos Oliveira Jr é um jovem cineasta, crítico e editor da revista online Contracampo. Conhecido no meio por seus textos bem elaborados, sustentados por alto conhecimento sobre a Sétima Arte, o cineasta recebe sempre convites para escrever ensaios para livros, catálogos de festivais e ministrar oficinas de crítica. Participou, por diversas vezes, de debates sobre filmes nacionais exibidos no programa Cadernos de Cinema, da TVE Brasil. Em fevereiro deste ano, foi selecionado para o Trainee Project for Young Film Critics do Festival de Rotterdam. Como diretor, Luiz Carlos já conta com dois curtas-metragens em sua cinematografia: Grumari, ainda em finalização, filmado no santuário ecológico do Rio de Janeiro, e O dia em que não matei Bertrand, baseado no conto homônimo do escritor Sergio Sant’Anna. Este último curta foi exibido no Festival Internacional de Curtas-metragens de São Paulo, em agosto deste ano.

Espetaculosas: Segundo os organizadores, o Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo exibiu 381 filmes de 54 países em sua 19ª edição, que aconteceu de 21 a 29 de agosto em diversas salas da capital paulista, além de itinerâncias que acontecem no Rio de Janeiro, Recife, Jundiaí e São Carlos (SP) trazendo filmes premiados em Cannes, Clermont-Ferrand, Berlim e Veneza. Entre esse volume de filmes estava o seu curta-metragem O dia em que não matei Bertrand. Como diretor estreante, o que significou para você ver seu filme sendo exibido em salas totalmente lotadas?

Luiz Carlos: Ainda não sei bem o que significou. O que sei é que as duas sessões do festival a que compareci foram agradáveis ao extremo. É difícil ter a dimensão de uma estréia, você fica meses pensando em como vai ser a primeira exibição de um filme seu e quando acontece é algo singelo, você depois vai beber cerveja com os amigos, conversam sobre o filme. E prefiro assim, sem pompa, sem tom épico. É só um filme, afinal de contas. A sala estava cheia nas duas ocasiões, mas teria sido igualmente especial para mim caso houvesse pouca gente para ver o filme. Como Manoel de Oliveira sabiamente disse: um filme só fica pronto quando conhece seu primeiro espectador. E isso precisa ser encarado literalmente: basta 1 (um) espectador para o filme acontecer como obra. Que a sala esteja lotada e o evento em que o filme passa esteja sendo abordado pela mídia é interessante, aumenta a probabilidade de surgir um espectador que, diante daquele filme, vai realmente ser cativado. Mas o número de pessoas, em si, não é o principal. No Brasil, hoje mais que nunca, insiste-se nessa tecla do público, mas só se fala em termos de número, estatística, bilheteria. Quando no fundo o cinema não é como a TV: você não precisa de pontos de audiência. Se houver um único espectador na sala, a obra terá acontecido enquanto obra da mesma forma, ninguém irá tirá-la do ar. Mas aí já começa outra história, que fugiria da pergunta e daria laudas e laudas de divagações!

ES: Curta Kinoforum - Festival de Curtas de SP- anunciou resultados de sua 19ª edição, e o filme O dia em que não matei Bertran foi selecionado para o evento do Cachaça Cinema Clube, em um programa especial no Cine Odeon BR. Como você recebeu essa notícia?

LC: Isso significa que poderei ver o filme na minha cidade, em uma sala que tem enorme importância para mim. Ou seja, significa muito. Lá no Odeon organizávamos, nós da Contracampo em parceria com o Grupo Estação, um cineclube semanal. Vi alguns dos meus filmes prediletos naquela sala, a exemplo de Aos Nossos Amores do Maurice Pialat ou Juventude Transviada do Nicholas Ray. E tantos outros. Portanto o lado afetivo vai pesar bastante nessa sessão (até porque amigos e parentes estarão lá).

ES: Na seleção do Festival de São Paulo destacaram-se filmes ligados à temática “Política Viva”. Seu filme leva para o telão um conto produzido em 1973, época em que os intelectuais mais criativos driblavam a censura em prosa e verso. Ele mostra esse tempo ditatorial através do relacionamento entre um chefe arrogante e seu humilde funcionário que, oprimido por esse tratamento hostil do patrão, planeja matá-lo. Como foi a experiência de dirigir um filme cujo tema tão delicado fosse colocado em questão?

LC: Na verdade, nunca pensamos nesse filme como sendo político. E tampouco fizemos o link entre o ambiente opressor do escritório onde ele trabalha com a situação política da ditadura. Pode ser uma especulação interessante, mas de fato não esteve na gênese do projeto. Até porque a produção não se passa em 1973. Tem lá um anacronismo na cenografia, mas não é uma ambientação de época. Houve um momento em que pensamos transpor o escritório do Bertrand para o ambiente corporativo contemporâneo. Mas logo percebemos que a potência cênica do filme se desperdiçaria num ambiente envidraçado e clean. Precisávamos daquelas paredes escuras, aqueles objetos encarquilhados, aquele clima de uma firma que, embora não esteja propriamente parada no tempo (é informatizada etc e tal), remete a uma atmosfera démodé. Caso tivéssemos feito o filme numa empresa de visual moderno e grande, talvez chegássemos mais perto de um clima de ditadura. Vejo mais opressão e controle nessas megacorporações, onde você sequer conhece o rosto de quem manda, do que naquele ambiente apertado, claustrofóbico, onde o protagonista não só conhece o rosto do patrão como tem acesso à sua sala e pode enfrentá-lo. O lado derrisório do personagem está um pouco aí: ele quer matar alguém que lhe é indiferente. E embora seu ódio seja pré-justificado (caso tomemos o patrão como o signo de uma estrutura opressora, e não como pessoa de carne e osso), por outro lado é impossível justificar pelas ações dramáticas em si (matar aquele homem? Por quê? É só mais um patrão entre milhões de outros).

ES: Quais foram suas maiores dificuldades para dirigir seu filme, em termos técnicos e logísticos?

LC: O filme impôs poucas dificuldades, felizmente, do ponto de vista logístico. Uma vez encontradas as locações, das quais a mais complicada era o prédio da Central do Brasil, tudo transcorreu de forma tranqüila. No último dia de filmagem, tivemos problemas com um gerador e a jornada de filmagem acabou se prolongando abusivamente. Ficamos quase 24 horas direto no set. No final, estavam todos exaustos – mas isso curiosamente contribuiu para o resultado do filme. Se você observa a primeira seqüência (que foi a última a ser filmada), o ator está fisicamente consumido, e isso combina à perfeição com sua personagem insone, ansioso, paranóico, delirante. O set de filmagem é um complexo conjunto de forças, e muitas vezes esse tipo de situação “adversa” pode se reverter a favor da produção e contribuir para a energia e a força que a obra, uma vez exibida na tela, apresenta ao espectador sob a forma de evidência física, percepção, estética. As maiores dificuldades que tivemos foram de ordem criativa, ou seja, a “boa” dificuldade, aquela que é instigante e nos obriga a pensar e repensar as cenas. Lembro que a seqüência do estacionamento só foi decupada minutos antes da filmagem. Tudo isso tem sua contribuição no processo.



ES: O cinema brasileiro anda com seus 6,9% de taxa de ocupação no mercado, uma fatia muito pequena em relação aos filmes estrangeiros. Essa estatística desanima os novos diretores?

LC: Não. Desanimar por conta de números seria colocar a carroça na frente dos bois. A relação entre o cinema brasileiro e seu público é completamente esquizofrênica e impossível de se explicar através de porcentagem. Os novos diretores devem simplesmente fazer seus filmes, mas fazê-los com o máximo possível de entrega, honestidade, paixão, reflexão. Toda obra de arte que preenche esses pré-requisitos encontra seu espectador. Nem que seja apenas um. E, como eu disse lá em cima, se for um espectador que reenvia ao filme essa paixão, essa honestidade, essa reflexão e tudo mais, já terá valido a pena.

Por Maria Oliveira

Publicado em Setembro de 2008

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Rio das Flores

Conheça a cidade que leva no nome a principal personagem da primavera

Quando se pensa em primavera lembramos logo das flores e todo seu perfume, que harmoniza o ambiente. Que tal então conhecer uma cidade que tem no nome a peça fundamental da estação. Estou falando de Rio das Flores, que fica bem pertinho da gente.

A atual sede do município nasceu em torno da fazenda Cachoeira do Bom Sucesso, depois denominada Santa Thereza. Esta fazenda era parada obrigatória para os viajantes que transitavam entre a Vila de Valença e Porto das Flores, na divisa com a Província de Minas, e para quem vinha de Paty de Ubá (atual Andrade Pinto).

Fica no estado do Rio de janiero, a uma altitude de 525 metros. De acordo com o IBGE , em 2007 a cidade possuia 8.192 habitantes e contava com uma área de 477,662 km², distribuídos nos didtritos de Rio das Flores, Manuel Duarte, Taboas e Abarracamento.

A região foi colonizada a partir do ciclo do café e enriqueceu graças às lavouras cafeeiras. Devido à Lei áurea e à crise econômica do primeiro ciclo cafeicultor, entrou em declínio, sofrendo acentuado êxodo e gradual câmbio do foco produtor para o setor pastoril. Em 1929 a vila foi elevada à condição de cidade e em 1944 passou a se chamar cidade de Rio das Flores. A nova denominação é em razão de percorrer em seu território o rio de mesmo nome, atribuído pela presença nativa de lírios-do-brejo em suas margens.

Hoje, Rio das Flores é um município de economia essencialmente voltada para as atividades agrícolas e/ou pecuárias, e possui um rebanho bovino em torno de 21 mil cabeças. O turismo vem sendo apontado como uma grande alternativa econômica para o futuro do município. É o café e sua história, que vem embasar essa nova atividade e atrair turistas para a cidade. Há visitas guiadas às fazendas do Ciclo do Café. Artesanato, igrejas e museus estão no roteiro, que inclui deliciosa comida regional.

Além disso, tranqüilidade, tradição e natureza são conceitos que parecem se fundir no município de Rio das Flores, um recanto privilegiado em plena região do Vale do Paraíba. A cidade é limpa, florida, possui um clima agradável e sem poluição. Não tem favelas ou mendigos nas ruas. Quase todos os moradores se conhecem e demonstram, de forma clara, a hospitalidade que encanta visitantes de todos os lugares.

Passeios e agenda de eventos:

Circuito Paraízo - O Visconde do Rio Preto fundou a Fazenda do Paraízo, que ficou conhecida como a “Rainha das Fazendas”, uma verdadeira cidade. Tudo lá está em seu estado original.

Roteiro Caminho dos Barões - Roteiro que oferece o verdadeiro Turismo de Experiência, onde o participante é levado a vivenciar a história e a cultura e não apenas a contemplá-la. Atrativos variados proporcionam o permanente interesse.

1 Dia de História e Cultura - Trazer o jovem estudante para o local onde a história aconteceu é uma experiência marcante. Não é uma aula de história, mas uma vivência enriquecida com outros ingredientes da cultura e da natureza.

Setembro:

Exposição Agropecuária de Rio das Flores e Especializada do Cavalo Manga Larga Marchador

Data: 8, 9,10 e 11

Descrição: feira de agronegócios, barracas típicas, apresentação e provas de animais, stand comerciais e grandes shows.

Outubro:

Evento: Festa de Santa Tereza D´Ávila

Local: Praça da Matriz

Data de Referência: 15 de outubro

Data marcada: não há ainda

Descrição: Festa centenária com leilão de prendas e de bezerros, barraquinhas, procissão e shows.

Novembro:

Evento: Festa Afro Cultural

Local: Diversos

Data de referência: 20 de novembro

Data marcada: não há ainda

Descrição: Festa da cultura e tradições dos escravos, missa afro, exposições, danças e músicas da cultura negra.

Dezembro:

Comemorações natalinas

Localização:

•Rio de Janeiro - 164 km

• São Paulo - 424 km

Acessos:

• A principal via de acesso à sede municipal é a RJ-145, que vem de Valença, a sudoeste, e conecta com a RJ-151, ao norte, que segue para Paraíba do Sul a leste e, em trecho sem asfalto, para Parapeúna, distrito de Valença a oeste. A RJ-135, em leito natural, permite conectar com a BR-393 em Vassouras, ao sul.

Limites:

• Norte: Estado de Minas Gerais Sul: Vassouras

• Leste: Valença

• Oeste: Paraíba do Sul

Por Tatiana Bruzzi

Publicado em Setembro de 2008

Fontes: Sites - Wikipédia

Prefeitura de Rio das Flores

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PrImavera : A estação das flores

Presente em algumas canções, a primavera é a estação do ano freqüentemente relacionada ao reflorestamento, tanto da flora quanto da fauna. Com início no dia 23 de setembro, a estação faz com que as flores desabrochem, deixando os nossos dias mais coloridos e perfumados.

Quem nunca retornou para casa, depois de um dia tenso de trabalho, e sentiu pelo caminho um refrescante aroma de margarida? Ou ainda, quem não se deparou, depois daquela reunião de deixar qualquer um irritado, com uma bela roseira na casa do vizinho? E só de visualizar essas duas situações, já dá para desestressar, não é mesmo?

As flores são tão lindas, tão especiais, que inspiram muitos pais na hora de batizar seus filhos: Rosa, Margarida, Magnólia, Camélia, Flor, Yasmim ...

Então, que tal se preparar para curtir bem essa estação que termina no dia 21 de dezembro?

Se você brincava de adedanha e não saía do zero quando o assunto era flor, nós trouxemos algumas sugestões para, quem sabe, reviver esse passa-tempo e ainda sair na frente. Vamos conferir?

Algumas espécies que florescem na primavera:

Nome vulgar Nome cietífico

Agapanto (Agapanthus africanus)

Alpínia (Alpinia purpurata)

Boca-de-leão (Antirrhinum majus)

Calcolária ou sapatinho-de-vênus (Calceolaria herbeohybrida)

Dama-da-noite (Cestrum nocturnum)

Centáurea ou escovinha (Centaurea cyanus)

Lágrima-de-Cristo (Clerodendron thomsonae)

Clívia (Clivia miniata)

Estefânia (Cobaea scandens)

Orquídea Dendróbio (Dendrobium densiflorum)

Dedaleira (Digitalis purpurea)

Lírio-do-amazonas (Eucharis grandiflora)

Frésia (Freesia híbrida)

Gardênia ou jasmim-do-cabo (Gardenia jasminoides)

Gérbera (Gerbera jamesonii)

Hortênsia (Hydrangea macrophylla)

Orquídea Laelia (Laelia purpurata)

Magnólia branca (Magnolia grandiflora)

Você sabia que...

Cores e aromas fazem a diferença em ambientes? As combinações harmoniosas acontecem, por meio da mistura de tons de um pigmento, ou da combinação de plantas, em que as cores se aproximem umas das outras no gráfico das cores.

Cores primárias vermelho, azul, amarelo

Cores secundárias verde, laranja e violeta

Cores quentes amarelo , vermelho e laranja

Cores frias azul, violeta e verde

As cores quentes lembram o sol; já as cores frias provocam a sensação de sossego. Nas composições paisagísticas, pode-se e deve-se aproveitar destes recursos naturais, provocando sensações de calor e frescor.
Cores e flores Sensações

Violeta (tumbérgia, violeta, petúnia, prímula) Relacionada com a intuição e a espiritualidade, própria para locais de meditação

Verde (hera, avenca) Cor protetora, terapêutica, inspira sentimentos de paz e harmonia. É a cor do equilíbrio, não agita nem relaxa demais.

Laranja (azaléia, tagete, lírio, gérbera) Cor quente, radiante, dá energia, estimula o otimismo, a generosidade. Influencia a atividade física e intelectual

Amarelo (margarida, amor-perfeito, gérbera, lírio, junquilho) Ligado à criatividade, estimula o raciocínio e a comunicação. Relacionada sempre com o sol, representa a força.

Azul (agapanto, hortênsia, lobélia) Cor da paz, indicada para meditação, relacionada com confiança.

Vermelho (rosa, hibisco, kalanchoe, antúrio) Cor do fogo, altamente energizante. Produz nos jardins um efeito fantástico, impossível de não ser admirado. Símbolo de força e vitalidade.

Outras cores

Cores e flores Sensações

Branco (azaléia, rosa, hibisco, copo-de-leite, lírio-da-paz) Dá origem a todas as cores. Cor da pureza, relacionada também com a espiritualidade.

Rosa (rosa, azaléia, hibisco, ciclame, prímula) Relacionada com as emoções, cor do amor espiritual. Estimula relações afetivas.
Arbustos e Herbáceas

Nome científico Nome vulgar

Abelia grandiflora abélia, abélia-da-china

Bambusa multiplex bambu-folha-de-samambaia, bambu-de-pesca, bambu-anão

Buxo sempervirens buxo, buxinho

Hibiscus rosa sinensis rosa-da-china, hibisco, mimo-de-vênus

Hidrangea macrophylla hortênsia

Plumbago capensis bela-emília, plumbago, jasmim azul

Bougainvillea glabra primavera, três-marias

Ardisia crenata cafezinho, ardísia

Fuchsia mantilla brinco-de-princesa

Thumbergia grandiflora tumbérgia

Saintpaulia ionantha violeta

Petunia hybrida petunia

Primula obconica prímula

Primula vulgaris prímula

Rhododrendon simsii azaléia

Tagetes patula tagetes ou cravo-de-defunto

Hemerocallis flava lírio

Gerbera jamesonii gérbera

Viola tricolor amor-perfeito

Lobelia erinus lobélia

Chrysanthemum frutescens margarida

Agapanthus africanus agapanto

Zantedeschia aethropica copo-de-leite

Kalanchöe blossfeldiana kalanchoe

Cyclamen persicum ciclame

Anthurium andraeanum antúrio

Spathiphyllum wallisii lírio-da-paz

Adiantum raddianum avenca

Trepadeiras

Nome científico Nome vulgar

Allamanda cathartica alamanda amarela, alamanda

Antigonon leptopus amor-agarradinho, cipó-mel, rosália, viuvinha, mimo-do-céu

Stigmaphyllon ciliatum trepadeira-amarela, estigmafilo

Ipomoea horsfalliae ipoméia-rubra, trepadeira cardeal

Pyrostegia venusta flor-de-são-joão, cipó-de são joão

Cissus rhombifolia cipó-uva

Monstera deliciosa banana-do-mato, costela-de-adão

Ficus pumila herinha, unha-de-gato, falsa-hera

Hoya carnosa flor-de-cera, cerinha

Hedera helix hera, hera inglesa

Jasminum nitidum jasmim-asa-de-anjo, jasmim-estrela

Sandapsus aureus jibóia, jibóia-verde

Aquáticas

Nome científico Nome Vulgar

Limnocharis flava mureré

Nymphaea alba lírio d'água

Victoria regia vitoria-régia, rainha-dos-lagos



Por Roberta Marassi

Publicado em Setembro de 2008

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Vem dançar comigo!

É fato. Depois que as emissoras de televisão abriram espaço para apresentar competições de dança de salão onde a dupla era formada por um bailarino profissional e um iniciante, não há quem não tenha ficado com vontade de dar umas rodopiadas pelo salão. Seja pelo bel-prazer de requebrar os quadris numa salsa, ou de exalar sensualidade num tango, é a mais pura verdade que uma onda de Ballroom Dancing, invadiu as academias e vai ser sucesso no verão!

E essa invasão traz benefícios para todo mundo. Por exemplo, para aqueles que precisam fazer uma atividade aeróbica, para perder alguns quilinhos, mas não curte ginástica ou atividades convencionais como Step e Jump, a dança pode ser uma ótima opção. Imagine só quantas calorias você pode perder durante uma rotina animada e acelerada de Quickstep!

Para aqueles que acham a musculação monótona e chata, imagine a possibilidade de trabalhar a força enquanto guia, levanta, gira, pula, desliza ou faz outro passo divertidíssimo com o parceiro(a) em uma rotina de merengue ou forró!

E as vantagens não param por aí. A dança de salão trabalha também o equilíbrio, a flexibilidade, postura e mais importante, ela melhora o astral do aluno, promovendo a interação do grupo, fazendo novos amigos, relaxando, quebrando barreiras como a timidez ou a vergonha, por fim, se divertindo horrores!

Mas você deve estar pensando; e se eu não tenho par?! Não tem problema nenhum! Não deixe de assistir uma aula, vai que lá você descobre o par perfeito para te acompanhar na pista?

Pra você inspirar seus passos!

Muito antes da Dança dos Famosos no programa do Faustão, a BBC de Londres já havia produzido o Come Dancing, um programa com formato parecido que ficou no ar de 1949 a 1998. Este talvez tenha sido um dos programas mais longos já produzido em alguma emissora. Em seguida em 2004 a BBC voltou a produzir um programa similar chamado Strictly Come Dancing e em 2005 o Dancing with the Stars, produzido pela americana ABC, ficou mundialmente conhecido e já está em sua sétima tempora. Este programa foi a base para cópias no mundo todo, inclusive no Brasil. Você acha episódios dessas séries no You tube.

Mas se você preferir a telona, você pode selecionar desde os filmes antigos com valsas e seqüências de sapateado magníficas de Fred Astaire e Gene Kelly, ou alugar os moderninhos com Jennifer Lopez ou Antonio Bandeiras. Minha dica: assista Dança Comigo? e Vem dançar. Mas se for comer pipoca, é melhor você dançar enquanto assiste!

Por Carolina Andrade
 
Publicado em Setembro de 2008 

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Michael Jackson

 Black Or White

Em agosto o astro da música pop Michael Jackson completou 50 anos. O cantor criou sua fama através de performances maravilhosas, que incluíam figurinos extravagantes, coreografias surpreendentes, boa música e muita tecnologia.

Michael Joseph Jackson nasceu em Gray, no Estado americano de Indiana. Seu pai, Joseph Jackson, foi guitarrista e operário. Ao todo teve sete filhos, sendo cinco meninos e duas meninas.

Percebendo os dotes dos filhos para a música, criou em 62 o Jackson Five. Formado pelos cinco irmãos Jackie, Jermaine, Tito, Marlon e Michael. Na ocasião, com apenas cinco anos e um ótimo timbre de voz, o caçula era o líder da banda.

O Jackson Five fez sucesso em shows de casas do interior dos Estados Unidos e, em 68, com a fama se espalhando, foram descobertos. Assinaram contrato com a gravadora Motown Records, se mudaram para a Califórnia e juntos chegaram a emplacar quatro singles na parada americana - I Want You Back, ABC, The Love You Save e I'll Be There.

Desde pequeno Michael Jackson mostrou habilidade artística, tanto para o canto quanto para a dança. Percebendo isso, o velho Joseph passou a explorá-lo, treinando o pequeno garoto. Tendo que ensaiar exaustivamente, já que seu pai não aceitava erros, o jovem chegou a dizer que sofreu abusos durante a infância. Muitas vezes a punição para deslizes cometidos vinha através da violência. Mas, com Michael cantando divinamente acompanhado de seus agudos poderosos, era certo que não permaneceria muito tempo ali.



A carreira solo veio em 71, com o single Bem. Quem não se lembra do ratinho no filme? Era a primeira de muitas canções que elevariam sua carreira O menino cresceu e em 77 aproveitou o sucesso musical para se arriscar nas telas de cinema. Estrelou o musical The Wiz, com Diana Ross, por quem se apaixonou. Começava ali uma maratona de cirurgias plásticas para torná-lo, cada vez mais, parecido com a diva. Foi nessa mesma época que conheceu Quincy Jones, que produziria seu primeiro álbum.

“Off The Wall”, seu primeiro álbum solo, foi produzido em 1979 e gerou quatro canções número um, chegando a vender 11 milhões de cópias. Mas foi o ano de 82 que marcou de vez a entrada de Michael na indústria pop. Na ocasião o cantor fez dueto com Paul MacCartney e lançou “Thriller”. Este álbum produziu sete singles de sucesso, incluindo a música de mesmo nome, vendeu mais de 51 milhões de cópias em todo o mundo e até hoje, 25 anos após seu lançamento, continua no topo.




Em 1983, no aniversário de 25 anos da Motown, Michael criou a dança "moonwalk". No ano seguinte, firmou um recorde de oito Grammys pelo seu trabalho no álbum “Thriller”, que ainda lhe rendeu sete American Music Award por se manter 37 semanas na primeira posição dos discos mais vendidos nos Estados Unidos e, inacreditáveis dois anos tocando nas rádios sem parar.

Nesse mesmo ano, surgiram boatos de que ele dormia com um chimpanzé ou dentro de uma câmara de oxigênio, e insinuações de que fazia cirurgias plásticas para se tornar branco, devido a pele cada vez mais clara e o nariz afilado.

Já em 85, escreveu junto com Lionel Ritchie “We are the World”. O sucesso ficou marcado pela campanha em prol da África, que contou com a presença de diversos cantores famosos como Cindy Lauper e Bruce Springsteen.



Em 1988, Michael lançou o álbum “Bad” e começou sua primeira turnê mundial. O disco vendeu 25 milhões de cópias. Também nesse ano, escreveu sua primeira autobiografia - Moonwalk, revelando segredos da sua infância. O livro apresenta cenas do cotidiano do cantor, inclusive o investimento do pai em instrumentos musicais e as surras que ele e os irmãos levavam quando não seguiam suas instruções. Já no final dos anos 1980, foi eleito o "Artista da Década".

Entrou na década de 90 cada vez mais branco. Respondendo aos rumores sobre a cor de sua pele, lançou em 91 pela Sony Music o álbum “Dangerous”, de onde saiu a música Black or White. E em 92, chamou a apresentadora de TV Ophrah Winfrey em seu rancho de Neverland para explicar que na verdade sofria de vitiligo, doença que clareia a pele.

O astro pop casou-se em 94 com Lisa Marie Presley, filha de Elvis Presley. O relacionamento durou apenas 19 meses. Já em 1995 lançou "HIStory", seu quinto álbum solo. Durante a turnê de dois anos se casou pela segunda vez, agora com Debbie Rowe, em 14 de novembro de 1996. Rowe era enfermeira do astro quando ele fez tratamento para sua doença de pele. Juntos, tiveram dois filhos: Prince Michael Joseph Jackson Jr. e Paris Michael Katherine Jackson. O cantor ainda teve Prince Michael II, com outra mulher. Os três são criados somente pelo pai.



Em 1997 lançou o álbum remixado “Blood on the Dance Floor”, com cinco canções novas para o filme Ghosts. Em setembro de 2001, celebrou o 30º aniversário da carreira solo com dois shows em Nova York, ao lado de artistas como Whitney Houston, Usher, Destiny's Child e Shaggy. Em compensação, o disco “Invencible” (2001) e a coletânea “The Essential Michael Jackson”, últimos trabalhos inéditos do popstar, tiveram vendas pouco expressivas.

Esse ano, em comemoração aos 25 anos de “Thriller”, uma edição de ouro do álbum original foi relançada. Já pelos 50 anos do cantor, Michael promoveu a produção interativa de uma nova coletânea. Os países participantes irão escolher as músicas que farão parte do disco. Aqui no Brasil, a promoção foi lançada pelo canal Multishow.

Michael Jackson revolucionou a indústria fonográfica com o lançamento de clipes que contavam histórias, e pequenas produções cinematográficas que surgiram junto ao início da MTV, nos Estados Unidos. Além disso, seu jeito de dançar e o próprio ritmo influenciaram gerações.

Fazendo jus as palavras de Raul Seixas, Michael sempre foi apontado como uma metamorfose ambulante. Seja graças às inúmeras plásticas pelas quais já passou em sua vida, ou ainda o excesso de excentricidade e esquisitices. E hoje, após ter se tornado uma massinha de modelar, a impressão que dá é a de que, no fundo do baú, ainda tem muita coisa a se revelar.

Fontes: G1, Abril, Wikipédia

Site Oficial Michael Jackson - http://www.michaeljackson.com/news

Lado B

Paralelo a sua carreira meteórica, Michael Jackson acabou tendo sua vida envolvida em escândalos e polêmicas. Mudanças na face, cor da pele, e o medo de adoecer (o que lhe fez muitas vezes ser visto usando máscaras cirúrgicas, indicadas para transplantados) são apenas algumas das mais comentadas. Além disso, a idéia de ser uma eterna criança o ajudou a projetar a imagem de alguém frustrado, que teve a infância interrompida e, talvez, a inocência roubada.




Um documentário exibido pelo canal Sony, quando o cantor estava com 44 anos, revelou fatos marcantes de sua vida. Na época o cantor já sofria decadência profissional e de imagem, devido aos supostos escândalos sexuais envolvendo crianças.

No documentário Living with Michael Jackson, o astro pop é um sujeito completamente fora da realidade. Ele se compara a Peter Pan, personagem que não queria crescer. Em seu rancho californiano, conhecido como Neverland (Terra do Nunca), o cantor se diverte com crianças no parque de diversões e no zoológico que mantém no local, brinca de kart e exibe a árvore em que costuma subir para compor.

Durante uma sessão de compras, em Las Vegas, o cantor gasta 6 milhões de dólares em uma loja de mobílias. Aponta tudo aquilo que deseja levar, sem jamais conferir preços nem mesmo examinar as peças.

Michael dá um depoimento sobre as violências cometidas por seu pai, na época em que empresariava o grupo Jackson Five. Segundo o cantor, ele lhe dava surras com o fio do ferro de passar roupa, toda vez que ele se mostrava desatento nos ensaios da banda.

Outro trauma citado pelo cantor foi o de presenciar o irmão, durante as turnês, fazendo sexo com garotas no mesmo quarto em que dormia. Ele também narra seu traumático início na vida sexual com a namorada Tatum O'Neal (filha do ator Ryan O'Neal). "Eu não estava pronto para as coisas que ela queria. Lembro que deitei na cama e, quando ela veio por cima, cobri o rosto com as mãos", diz o astro.

Na hora de falar sobre suas cirurgias plásticas, desconversa. Segundo ele, as mudanças em seu rosto foram naturais, decorrentes do crescimento e da idade. Já sobre o tom de pele, argumenta: "Quantos brancos ficam o dia todo sob o sol para parecer negros? O comércio de bronzeadores é um negócio multimilionário e ninguém denuncia isso".

Michael Jackson afirma que fez uma plástica no nariz, para respirar melhor e alcançar notas mais altas. Mas, se for verdadeira a revelação da revista Vanity Fair, de que ele já não ostenta seu nariz e sim uma prótese, a explicação estaria mais uma vez ligada a trauma de infância. Seu pai zombava de seu nariz, dizendo: "Esse narigão não veio da minha família". Segundo a revista, pessoas que viram o cantor sem a prótese atestam que ele fica com o aspecto de uma múmia egípcia.

O mais perturbador na personalidade de Michael Jackson é a estranha relação que mantém com as crianças. Começando pelos filhos Prince Michael I, Paris e Prince Michael II. Os dois mais velhos vivem longe da mãe desde o nascimento. No documentário, o astro conta que quando Paris nasceu, ele agarrou a menina tão logo o cordão umbilical foi cortado e a levou para casa, ainda envolvida na placenta. Além disso, submete os filhos a dietas rigorosas e não os deixa aparecer, em público, sem máscaras.

No ano passado, durante uma viagem a Berlim, Michael deu uma entrevista em que parecia estar fora de si, chacoalhando a criança em seus braços, enquanto lhe dava mamadeira. No programa, o cantor revela que o garoto foi gerado por uma mãe de aluguel, e ele nem chegou a conhecer. Quando indagado sobre ter tido três filhos branquíssimos, tenta explicar com a seguinte frase: "Você precisa saber que os negros são chamados de pessoas de cor porque têm várias cores".

Em 1993 o cantor enfrentou processo por assédio a um menor e só se livrou da queixa, e de ir para a cadeia, depois de pagar indenização no valor de 25 milhões de dólares. De acordo com a revista Vanity Fair uma antiga empregada também teve um cala-boca milionário depois de flagrá-lo espremido, junto com seu filho, dentro de um saco de dormir. Ela também o viu nu, mais de uma vez, na presença de garotos.

No documentário o astro dá entrevista ao lado de Gavin, um garoto de 12 anos que ele acolheu porque sofria de câncer. De mãos dadas com Jackson, e rosto encostado em seu ombro, o menino conta que já dormiu no quarto do cantor. Michael sorri e esclarece que, enquanto o garoto ocupou sua cama, ele dormiu no chão. Quando Bashir (jornalista responsável pelas entrevistas) questiona se ele acha normal um homem de 44 anos dividir o quarto com crianças, o artista responde: "Quando você fala em cama, logo pensa em sexo. Mas não tem nada a ver. Eu cubro as crianças, ponho uma música e leio uma história para elas. Tomamos leite quente e comemos biscoitos. É encantador. O mundo inteiro devia fazer isso".

Por Tatiana Bruzzi
 
Publicado em Setembro de 2008

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O poder das flores

Moda primavera-verão o que te lembra? Tecidos leves, coloridos, florais e conforto, não é mesmo? Sendo o nosso país tropical e com muitas praias, esses aspectos da moda para essa temporada são inevitáveis, mas ela não para por aí. A variação fica por conta da inspiração do momento, com suas modelagens, tecidos, beneficiamentos e acessórios.

Os anos 70 continuam sendo os responsáveis pelos looks do momento. Eles fizeram parte do nosso inverno, com o uso das batas e pantalonas. Mas como estamos na estação que valoriza e evidencia o corpo feminino, a moda faz uma releitura dos vestidos soltinhos e compridos, dos mega acessórios e da descontração no vestuário. Shortinhos e minissaias também são bem vindos.
Parte por parte fica assim

Modelagem das peças: soltas, confortáveis, amplas e justas alternadas, além de belos decotes. Quando for usar uma peça curta, escolha uma solta para dar volume ou a acompanhe de uma bata larguinha. Aparecem algumas franjas, mas tenha moderação ao usá-las.

Cores: todas. Misture a gosto. Desde um visual monocromático ao visual arco-íris.

Estampas: São sim os florais que estão em alta e a moda e mixar estampas diferentes numa mesma peça. Mas cuidado ao compor um look com mais de uma peça estampada. Já para as mais sofisticadas, a linha de estampas inspirada nos tradicionais marinheiros também fará sucesso.

Calçados: Nos pés, dando continuidade ao que foi usado no inverno, sandálias com muitas tiras. Para o verão abuse das coloridas e rasteiras, principalmente durante o dia.

Acessórios: Opte por usar um mega colar típico dos setentistas, com muitas voltas, ou um pingente exagerado. Um belo par de brincos grandes também é bem vindo, ou um brinco grande solitário, para não pesar no visual.

O acessório indispensável é a pulseira. Muitas, aliás! Vale misturar cores, tamanho, formas, a qualquer hora e ocasião. É a vez das pulseiras! Outro que também voltou foi o botton. Sempre irreverentes, destacam uma regata simples ou um coletinho jeans. E, para coroar a produção, os cabelos devem estar bem naturais, de preferência sem muitas mexas. O penteado são os rabos de cavalo e as tranças caseiras, e eles ficam bem com as faixas de tecidos ou artesanais, arcos ou presilhas, compondo uma idéia de simplicidade na cabeça.

Por Roseane Marassi
 
Publicado em Setembro de 2008

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Juju em...

Olimpíadas de Beijing



Oi gente, tudo bem com vocês? Nossa, o mês de agosto é marcado pelas Olimpíadas de Pequim e eu, assim como muitos pelo mundo afora, não poderia estar em outro clima. Não sei quanto a vocês, mas eu adoro eventos esportivos. Principalmente Olimpíadas, onde todos os povos se unem em prol de uma só batalha. A busca pela perfeição em sua modalidade esportiva.

União! Essa sim é uma palavra bonita. Durante a cerimônia que marcou o início dos jogos, o ex-jogador de Basquete Oscar Shmidt citou algo que achei lindo. Ele apontou a Vila Olímpica como a cidade perfeita. Aquela em que não há raça, cor e muito menos posição social. Local onde o que reina é a igualdade entre os povos. Queria eu poder morar nessa cidade.

Mas, voltamos a Pequim. Ou melhor, Beijing. Que nome engraçado!!! Como esse é o tema da minha coluna, resolvi deixar um pouco meu blá blá blá de lado e falar sobre o maior evento esportivo da história. Vamos lá?

Os XXIX Jogos Olímpicos tiveram início às 20 horas na China (9 da amanhã no Brasil) do dia 08 de agosto de 2008. Vista pela televisão por aproximadamente 4 bilhões de pessoas no mundo todo, a cerimônia de abertura mostrou vários aspectos da história e cultura chinesa.

Durou cerca de 4 horas e foi marcada por um espetáculo de cor e tecnologia. Ao todo, serão realizados 302 eventos esportivos, sendo 165 provas masculinas, 127 femininas e 10 mistas. Grande parte das modalidades ocorrerá na cidade de Pequim, com algumas disputadas em Hong Kong, Sha Tin e Qingdao. Já a cerimônia de encerramento ocorrerá no dia 24 do mesmo mês.

Uma curiosidade: para os chineses o número oito representa sorte. Não foi a toa que muitos casais planejaram o nascimento de seus filhos para esse dia, que coincidiria também com a data de início das competições. E mais, alguns até levaram o nome de um dos cinco mascotes das Olimpíadas - Beibei, Jingjing, Huanhuan, Yingying e Nini. Loucura!!!

Tocha Olímpica

A Tocha Olímpica é feita em alumínio e pesa 985 gramas. Sua altura é de 72 cm. O propano é o combustível do fogo da tocha. Já o designe é baseado nos conceitos de "Olimpíada verde, high-tech e do povo". Ela foi acesa na Grécia (cidade de Olímpia) em 24/03 e percorreu diversos países do mundo até chegar a Pequim, no dia da cerimônia de abertura.

Medalhas Olímpicas

Nas Olimpíadas de Pequim as medalhas que já foram confeccionadas com peso de 150 gramas têm características ligadas à cultura chinesa. Além dos metais tradicionais (ouro, prata e bronze) foram produzidas com detalhas em jade (pedra comum na China).

A medalha de ouro apresenta um circulo de jade branco na parte de trás. A de prata, o detalhe será em jade verde claro e a de bronze, verde escuro. Na parte de trás das medalhas há o símbolo das Olimpíadas de Pequim, a inscrição "Beijing 2008" e o símbolo olímpico com os cinco arcos entrelaçados. Na parte da frente há um desenho do espírito olímpico e a fita é vermelha, cor predominante na bandeira da china.

Legal Né?! Agora é só curtir as competições e torcer para que nossos atletas brilhem na terra da beleza e tecnologia.

Bjs,
Juju!

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China de...

sangue, suor e lágrimas, literalmente



A maioria da população brasileira assistiu deslumbrada à abertura dos Jogos olímpicos que estão se passando na milenar China e sequer imagina a grandiosidade de sua História. A República Popular da China situa-se na parte leste da Ásia. A China, terceiro maior país do mundo, depois da União Soviética e do Canadá, é limitada ao norte pela Mongólia e pela União Soviética, e uma população superior a 1.300.000.000 de habitantes. Foi da China que saiu para o mundo o papel, a impressão, a pólvora, e grande beleza nas artes poéticas, na pintura, teatro e cerâmica.

Depois, sua grandeza caiu, e por muitos anos sofreu pobreza, revoluções e guerras. Ainda sofre com uma ditadura mascarada de progresso, mas a impressão, ao ver a população calada e sofrida na televisão, é a de que nós é que somos atrasados, brutalizados e aculturados. Eles sofrem, sofrem, sofrem, mas prezam suas raízes, contam suas histórias e são receptivos como ninguém.

Mas, um dado triste nos alerta quanto ao desenvolvimento incomum (além do ar muito mais poluído, claro) e nos preocupa já que cientes somos de que certos tipos de brutalidades não são exclusividade nossa. E quando ouvimos falar da exploração infantil nas frentes de trabalho chinês a sensação é de que nunca saímos do século XVIII.

Jornadas de trabalho extensas, condições insalubres, salários indignos... E foi assim que a maioria dos países europeus saiu-se muito bem depois da proclamada Revolução Industrial, e lá se vão 4 séculos. É sabido também que a maioria dos países asiáticos ainda vivia no medievalismo, com traços marcantes de uma economia ruralizada e tradições culturais arraigadas, que traziam uma aura de mistério aos povos “ocidentais”, como são chamados os países dos continentes europeus e americanos.

Só não se esperava que ao entrar no século XX, ainda em desvantagem numérica pelos termos de um mundo capitalista e ávido por vantagens econômicas, o referido mundo oriental fosse buscar inspiração nas sombrias marcas de evolução dos europeus. Ao Japão e outros países asiáticos já foram atribuídos, por especialistas, outros motivos que lhes creditaram êxito financeiro. Mas, a China parece um país comum da Europa industrializada de muitos séculos atrás e, apesar de correr contra o tempo para compensar as perdas que acreditou ter tido no mundo altamente digital e competitivo desde a queda do Muro de Berlim e o fim do Socialismo e ter se tornado um gigante em termos de ciência e tecnologia, seus métodos para tanto ainda se parecem com cenas de filmes como Daens - um grito de justiça.

Crianças trabalhando em ambientes com poucas normas de segurança seguidas à risca, horas extenuantes de trabalho, salários vergonhosos, fora a falta de amparo para acidentes de trabalho e a famosa lei da mordaça.

A notória censura é questionável em certos aspectos, afinal, quem nunca questionou a excessiva libertinagem que a internet proporciona ao mundo moderno que levante a mão. Quem nunca se pegou reclamando de como a imprensa anda tão preocupada em mascarar certos fatos da sociedade e da política também se pronuncie.

O fato é que a censura excessiva dos chineses, que é duramente criticada por mais da metade do mundo e é alvo de sincera preocupação com o regime simbolicamente democrático, é preocupante quando se trata de encobrir os letais efeitos de uma prática humilhante para alcançar os índices extraordinários exibidos atualmente pela China no cenário mundial: a exploração e os crimes contra seus próprios cidadãos em nome de um progresso que ele (os empregados) jamais aproveitarão, já que uma boa parte, em péssimas condições de saúde, sem tratamento adequado e amordaçadas pela censura acabam ou falecendo, o que para o governo é satisfatório para que a “seleção natural” aconteça e não torne o país cada vez mais inabitável, ou simplesmente tornando-se permanentemente inválidas e, em sendo improdutivas, inúteis para o governo.

Isto sem contar a poluição... Ahn! Bem, isto. A China não pode ser agora apontada como responsável maior pelo dano ambiental, até porque temos que, ao menos, ter coerência e conhecimento histórico: muito antes dos chineses, americanos, russos e países coadjuvantes de ambos já testavam em nosso outrora puro ambiente armas nucleares e tecnologias químicas, bem como armas bacteriológicas em um mundo que se chamou de “o mundo da Guerra Fria”. Portanto, a despeito da imensa contribuição chinesa para poluir o ar que minhas pobres gatinhas respiram (me sinto a Cora Ronái do subúrbio!) eles não foram, exatamente, os primeiros colocados nesta questão.

Por Fernanda Barbosa

Publicado em Agosto de 2008

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A medicina que veio da China

A China é um país muito conhecido pelo uso da medicina alternativa. É comum o uso de ervas, chás medicinais e alimentação exótica como algumas técnicas que proporcionam o tão almejado equilíbrio entre o corpo e a mente.

Segundo a China antiga, o corpo humano possui o poder de se autocurar. Há 5000 anos os médicos chineses acreditam que a saúde não era só a ausência de doenças, como também o equilíbrio harmônico de todos os órgãos internos, glândulas e sistemas orgânicos.

Eles acreditavam que a saúde poderia ser alcançada e mantida em parte por meio de ervas medicinais. Este sistema de atenção ao paciente evoluiu e tem sido aperfeiçoado através dos séculos. Hoje, são conhecidos como Medicina Tradicional Chinesa (M.T.C.)

A Medicina Tradicional Chinesa é uma forma de tratamento originária da China e foi desenvolvida ao longo de milhares de anos, com prática e acompanhada da elaboração de teorias racionais relacionadas ao organismo e seu processo de adoecimento. Ela adota princípios do Taoísmo, que é um sistema filosófico chinês baseado na interação entre o ser humano e o meio ambiente.

Diferentemente da Medicina Ocidental atual, a Medicina Tradicional Chinesa procura concentrar-se em trazer os sistemas orgânicos internos de volta à harmonia, fortalecendo os mecanismos de defesa naturais do paciente e permitindo que o corpo cure a si próprio. As fórmulas específicas usadas são extremamente eficientes, com poucos efeitos colaterais e não são tóxicos.

O avanço da MTC se deu por volta de 1974, quando o Dr. Hsu fundou o Brion Research Institute - primeiro centro privado de Taiwan, inteiramente destinado ao estudo e progresso da medicina.

Atualmente, seu projeto é conduzido por Charleson e Daniel, seus filhos. Durante o verão de 1991, os irmãos inauguraram uma nova indústria em Irvine, Califórnia. Esta fábrica segue os critérios do P.B.I. (Prática de Boa Industrialização) dos Estados Unidos.

Com aproximadamente 50 anos de experiência industrial e introdução de novas tecnologias, os Laboratórios Sun Ten têm assegurado seu lugar de produtor dos mais puros concentrados de Extratos Herbáceos Chineses do Mundo.
Medicina Tradicional Chinesa

Os chineses acreditam que o universo mantém-se num constante estado de equilíbrio dinâmico entre pólos de natureza oposta cuja essência é chamada de yin e yang. Para a conquista e a manutenção da saúde, é fundamental um correto equilíbrio entre as forças yin e yang no interior do microcosmo representando pelo organismo humano.

Dentro da Medicina Tradicional Chinesa são utilizados os seguintes métodos:

• Acupuntura Sistêmica

• Acupuntura Auricular

• Eletro-Acupuntura

• Moxabustão

• Ventosaterapia.

Acupuntura Sistêmica

A palavra "acupuntura" origina-se do latim, sendo que acus significa "agulha" e punctura significa "puncionar". A acupuntura se refere, portanto, à inserção de agulhas através da pele nos tecidos subjacentes, em diferentes profundidades e em pontos estratégicos do corpo para produzir o efeito terapêutico desejado.

Acupuntura Auricular

A acupuntura auricular ou aurículo-acupuntura é um dos métodos de tratamento da acupuntura que se utiliza de pontos específicos localizados no pavilhão auricular. A estimulação desses pontos reflete diretamente no córtex cerebral, no sistema nervoso central e atua no equilíbrio dos canais de energia do corpo, restaurando e mantendo o fluxo energético no organismo.

Eletro-Acupuntura

A eletro-acupuntura é o método que utiliza a energia elétrica juntamente com a acupuntura através de aparelhos específicos que são conectados às agulhas. A eletro-acupuntura serve para potencializar o tratamento em casos específicos. Hoje ela é reconhecida como método terapêutico pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e tem sido utilizado como medida complementar para tratar numerosos tipos de dores como enxaquecas, cefaléias, portadores de problemas na coluna, artrite e tendinite.

Moxabustão

A palavra "moxa" em chinês é formada por dois ideogramas que significam "longo tempo" e "fogo", portanto seria algo como "longo tempo de aplicação de fogo". A moxabustão consiste no processo de cauterização de pequena quantidade de uma erva medicinal conhecida como Artemísia, colocada sobre certos pontos de acupuntura com produção de calor penetrante. Ela é utilizada geralmente como complementação da acupuntura.

Ventosaterapia

O uso da Ventosaterapia e da Sangria como métodos terapêuticos se perde na História. Técnica que, através de recipientes de vidro ou plástico, promove a sucção na pele e nos músculos superficiais. Esta sucção elimina as aderências entre a pele e a musculatura, ativando a circulação, descongestionando e desobstruindo assim o fluxo de energia nos meridianos.

Por Tatiana Bruzzi
 
Publicado em Agosto de 2008

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Tênis de mesa

O esporte mais tradicional da China


Todo mundo já sabe que desta vez o país sede das Olimpíadas é a China. A cidade de Pequim (Beijing) se preparou para receber cerca de 250 delegações, com atletas dos mais diversos esportes. Além disso, a dona da casa pretende bater os EUA (uma das maiores potências em atividades esportivas), alcançando o maior número de medalhas e garantindo assim a ocupação no lugar mais alto do pódio, ou melhor, do quadro de medalhas.

A potência esportiva chinesa se baseia em esportes com tradições por lá, como ginástica artística, badminton e saltos ornamentais. Mas, você sabe qual é o esporte mais tradicional da China? Quem respondeu Judô ou Karatê, está redondamente enganado. Lá, o esporte nacional (guo qiu) é o tênis de mesa. No mais popular conhecido como Ping – Pong.

Acompanhados por mesas de concreto e raquetes improvisadas, nos vilarejos mais pobres das escolas ao redor do país é o clic-clac das bolas de tênis de mesa que são ouvidos nos pátios.

Em 1953 a Federação Internacional de Tênis de Mesa foi uma das primeiras grandes organizações esportivas do mundo a admitir o país comunista. Na ocasião, Mao Tse-tung declarou que a China deveria provar sua força nacional através do esporte. Sendo assim, Pequim se voltou para o treinamento de jogadores de tênis de mesa.

Campanhas foram utilizadas para atingir a massa e o esporte, que não contava com muitos jogadores nas décadas anteriores, foi popularizado. Seis anos depois, Rong Guotuan conquistou o primeiro campeonato mundial e se tornou o primeiro herói nacional no esporte.



A história do Tênis de Mesa



O Tênis de Mesa surgiu na Inglaterra, lá pela segunda metade do século IX, e é considerando um dos esportes mais populares, não só na China como no mundo todo. O Brasil conheceu a modalidade somente na primeira década do século XX, trazido pelas mãos de turistas ingleses.

O esporte é praticado numa mesa que possui 2,74 metros de comprimento por 1,45 metro de largura. A altura da mesa deve ficar a 76 cm de distância do solo. No meio da mesa é fixada uma rede com 1,83 metro de comprimento e 15,25 cm de altura.

A partida tem início com o saque. A bola deve tocar uma vez em cada metade da mesa. Caso isso não ocorra, o jogador que efetuou o saque dá um ponto para o adversário. Isso também acontece quando o adversário manda a bola para fora da mesa (no lado oposto ao seu) ou quando ele não alcança a bola (desde que a bola tenha batido no lado de sua mesa).

Vence o jogador que conseguir ganhar 3 sets (nas partida de 5 sets) ou 4 (nas partidas de 7 sets). Cada set é composto por 11 pontos. Quando há empate em 10 pontos, vence quem colocar dois pontos de vantagem sobre o adversário. Os jogos de tênis de mesa podem ser disputados um contra um (individuais) ou dupla contra dupla.

Além da mesa e da rede, os outros equipamentos necessários para a prática deste esporte são a bola e as raquetes. A bola é feita de celulóide ou material plástico similar e deve ter 40 mm de diâmetro. Já a raquete é composta por 85% de madeira, não havendo limite para tamanho da mesma. Enquanto que a parte da raquete que bate na bola é coberta por borracha.

Eventos e competições internacionais são realizados pela ITTF (International Tennis Table Federation). Já os campeonatos e eventos brasileiros são organizados pela CBTM (Confederação Brasileira de Tênis de Mesa).
Curiosidades do esporte:

- O primeiro campeonato mundial de tênis de mesa ocorreu em 1927, na cidade de Londres (Inglaterra).

- O tênis de mesa tornou-se um esporte olímpico somente em 1988, nas Olimpíadas de Seul (Coréia do Sul).

- O jogador Hugo Hoyama é o destaque do tênis de mesa brasileiro na atualidade. Ele ganhou várias medalhas em campeonatos mundiais, pan-americanos (recordista brasileiro) e Jogos Olímpicos. Nas Olimpíadas de 2008 (quando promete se aposentar) é promessa de medalhas para o Brasil.

Por Tatiana Bruzzi

Publicado em Agosto de 2008

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