O papel do pai
Hoje estive com
duas amigas que não via há algum tempo e ambas me contaram que estão grávidas.
Felizes e sorridentes! As parabenizei, perguntei as coisas básicas que se
perguntam nessas horas, tempo, sexo do bebê, é para quando... E vim embora,
contente com as notícias.
No meio do caminho pra casa, analisando os fatos, lembrei de uma coisa. E o pai? Ou melhor, os pais. Já repararam que quase nunca os pais são lembrados nesse momento? O papo fica tão “mulherzinha” que até nos esquecemos da importância que eles tiveram e terão no acontecimento.
No meio do caminho pra casa, analisando os fatos, lembrei de uma coisa. E o pai? Ou melhor, os pais. Já repararam que quase nunca os pais são lembrados nesse momento? O papo fica tão “mulherzinha” que até nos esquecemos da importância que eles tiveram e terão no acontecimento.
Durante a gravidez
e logo após o nascimento dos rebentos os pais ficam meio deslocados. A mulher e
o bebê passam a ser o centro das atenções e eles, os pais, tadinhos... Ficam
ali, apenas como meros expectadores, alheios a todo enjoo e percalços da
gestação e amamentação.
Claro que existem
pais muito participativos e preocupados com toda essa mudança, mas pouco se
comenta dos sentimentos e expectativas deles, quando muito, apenas se fala na
preferência deles pelo sexo do bebê. Mas e as dúvidas? E agora? Serei um bom
pai? Saberei educar? Será que vou me sair bem? Acredito serem perguntas que
permeiem a cabeça de muitos homens diante de tamanha responsabilidade.
No século passado,
o papel do pai era o de provedor da família. Os cuidados com o bem estar,
alimentação e educação das crianças eram exclusivos da mãe. Eles se
relacionavam com seus filhos de forma bem diferente do que vemos hoje em dia. O papel do pai
autoritário, que ditava regras vem sendo abandonado a cada dia. Tudo isso deve
criar certo desconforto para aqueles que sonharam com a paternidade. Saber que
com a independência feminina, eles tomaram uma posição menos incisiva neste
processo. Mas não! Pai não é um acessório; pai não é descartável.
Lembro que quando
minha filha nasceu e eu a peguei no colo pela primeira vez, pensei alto: E
agora? Ela é minha; minha filha, minha responsabilidade. E ele, o pai, ao meu
lado, respondeu quase que sussurrando: Nossa, nossa responsabilidade...
Então, defendo os
pais ao direito de serem mais notados e cuidados diante deste momento, digamos,
feminino. Salve os pais! Provedores e extremamente importantes na concepção,
gestação e criação dos filhos. Mesmo que homem e mulher estejam separados, pai
e mãe nunca estarão, ou pelo menos, não deveriam estar na hora de cuidar e
educar suas crias.