Recordar é Viver

Uma amiga minha está apreensiva porque vai a um restaurante japonês pela primeira vez. Medo de não saber como se comportar, se vai gostar da comida e ainda, conseguir comer de palitinho. Essas coisas.

Falei para ela relaxar. Afinal, comer no japonês, italiano ou na carrocinha de cachorro quente da esquina, não tem que ser encarado como um bicho de sete cabeças. O importante e curtir o momento.

Essa história me fez recordar de uma do passado, que aconteceu quando eu estava na faculdade. Lembrei-me da minha primeira vez, no japonês. Era o mês do meu aniversário e na ocasião, outros dois amigos meus também faziam aniversário em datas próximas a minha.

Resolvemos sair nós três, para comemorarmos juntos. Fomos almoçar e decidimos que seria em um restaurante japonês, o Kotobuki. Chegando lá, meu amigo foi quem escolheu o cardápio e deu um intensivo de como agir.

Com toda a paciência do mundo, ele me explicou a diferença entre o sushi e o sashimi, além de me ajudar a segurar no palitinho e alertar sobre a tal raiz forte. É boa, mas não pode exagerar. Pois o próprio nome sugere o efeito que ela pode provocar em você. Rsrs.

Bom, eu encarei. Se estava na chuva, é para se molhar. E até que não me saí mal. Consegui usar o palitinho, saborear a comida e não fazer feio. Apesar de na primeira tentativa em que mergulhei o sushi no shoyo, o bichinho ter se desmantelado um pouco.

Por fim, entre mortos e feridos salvaram-se todos. Ou seja, tivemos um almoço de comemoração muito agradável. Ah, minha amiga até tentou. Mas deu para trás e ficou no bom e velho Mc. Donald’s.

Voltando de lá, fomos direto para o estágio. Lembro de chegarmos eufóricos, contando a experiência para nossa chefe. Ela riu, repreendeu minha amiga e depois me disse: “parabéns Josie. Temos que arriscar, nos abir para o novo. Se gostar, tudo bem. Se não, paciência. O importante é experimentar, sem medo de ser feliz.”

É, fui feliz naquele dia, naquela época. Lembro muito desse meu amigo. Pessoa paciente, mas com um toque de rabugisse. Não o vejo faz tempo e sinto sua falta. Mas, o bom é que ainda tenho comigo essa e tantas outras lembranças gostosas.

Bjs,

Josie!

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Lugar de criança é na escola?

A escola, ao tomar para si o objetivo de formar cidadãos capazes de atuar com competência e dignidade na sociedade, conquistou a confiança das famílias que, ao deixarem seus filhos neste lugar teoricamente seguro, acreditam que possam seguir tranquilamente suas rotinas. Entretanto, se antes a ideia era confinar a criança em tempo integral na escola para afastá-la da violência das ruas, hoje, o lugar dito seguro, está com os dias contados.

O caso do menino Wesley, de 11 anos, que foi morto por uma bala perdida durante uma aula de matemática, e câmeras instaladas em banheiros com o objetivo de flagrar o uso de drogas por alunos de um colégio de Campos, colocam no centro do debate a questão da segurança nas escolas, e a volta da vigilância nos espaços de circulação dos alunos.

Escolas particulares contratam inspetores disciplinadores que ajudam a garantir a ordem no colégio. Estes se encarregam das cadernetas, coordenam a entrada e saída dos alunos, vigiam banheiros e recreio. Se houver algum desvio, o discente é punido segundo as normas estabelecidas pelo regimento interno do estabelecimento de ensino. Tais inspetores acabam exercendo controle e poder sobre os alunos, o que os torna pessoas indesejáveis e temidas na escola. Ao contrário das particulares, a maioria das escolas públicas do Rio já dispensou os inspetores de turmas. As professoras lamentam porque ficou muito mais difícil controlar o recreio e demais espaços da escola. Os alunos estão mais rebeldes, reclamam os docentes.

Por outro lado (da escola) o Governo cria uma politica de segurança que, segundo o governador do Rio, Sérgio Cabral, tem uma ação clara de reconquistar territórios dominados por traficantes e milícianos. “Para que meninos como wesley não mais coloquem na redação o temor aos tiros”- completou o governador. Entretanto, admitir que a estratégia da PM foi errada, ao tirar a vida do menino, não ameniza a dor da família. Afinal, “ele estava no lugar certo, na escola“, como lembrou bem o padrasto de Wesley.

Se dentro das escolas os inspetores devem ser parceiros dos professosres e dos alunos, e não carrascos disciplinadores, nas ruas, os policiais deveriam dar a segurança que o cidadão precisa para circular em todos os espaços públicos. Mas isso demanda uma boa formação profissional e humanitária, além de uma remuneração digna à altura do risco que o trabalho exige. Mesmo assim, nada justifica uma ação desastrosa.

No confronto com os bandidos, nos arredores do Ciep onde o estudante foi morto, os tiros desferidos pelos policiais lembram a Guerra do Golfo. Nesta, mísseis autodirigidos lançados de surpresa, vindos do nada e desaparecendo imediatamente de vista, substituíram os avanços territoriais das tropas de infantaria e o esforço para expulsar o inimigo de seu território. Tal estratégia equivale a atingir e correr, mas não de resolver.

Resolver um problema exige estratégia e planejamento. Nem sempre o meio mais prático pode levar ao sucesso da ação. E foi pelo meio eletrônico, e não colocando inspetores, nem policiais, que o colégio de Campos tentou descobrir se os alunos usavam drogas. A direção escondeu câmeras nos banheiros, fato que deixou pais e criminalistas indignados pela violação de privacidade de seus filhos. Este episódio retoma o debate sobre as novas formas do poder tecnológico.

A partir da inovação tecnológica de vigilância, tal poder não mais se limita ao espaço, nem mesmo a pessoas. Com o advento das câmeras de segurança, conectadas a circuítos internos de TV, os detentores do poder ganharam autonomia com a vantagem de permanecerem no anonimato. Não importa mais onde está quem dá a ordem e quem vigia. Esta é a era pós-Panóptica.

O projeto do Panóptico, de Jeremy Bentham, como arquimetáfora do poder moderno, foi amplamente discutido por Michel Foucault. Em seu livro Vigiar e Punir, o autor explica que, no Panóptico, os internos ficavam presos ao lugar e impedidos de qualquer movimento, confinados entre muros grossos, densos e bem-guardados e fixados a suas camas, celas ou bancadas. Eles não podiam se mover porque estavam sob vigilância. Tinham que se ater aos lugares indicados sempre, porque não sabiam, e nem tinham como saber, onde estavam seus vigias que, livres, podiam se mover à vontade.

Por ser uma estratégia cara, o Panóptico traz algumas desvantagens. Além da necessidade de erguer fortalezas para os internos, existe a manutenção administrativa e a remuneração dos profissionais encarregados da vigilância. Sendo assim, o sistema de segurança eletrônico ficou ao alcance de qualquer instituição que se disponha colocar o cidadão em observação permanente. Por conta disso, mesmo não tendo ainda aderido ao sistema de câmeras, muitas escolas dispensaram inspetores de turmas por questões econômicas.

Economizar na Educação significa não ter compromisso com o social. A segurança de escolas, em áreas de risco de violência, deveria ser prioridade antes de qualquer sinal de confronto policial. Alunos suspeitos de usarem drogas precisam de profissionais que possam atuar como orientadores e psicólogos, e não de câmeras para vigiá-los. Enfim, se lugar de criança ainda é na escola, que esta seja cuidada por todos.

Por Maria Oliveira
 
Publicado em Julho de 2010

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“Stallone tinha razão”

ou “A Ciça também tem”


Ahn, o brasileiro. Este cidadão descolado, famélico, intelectual - funcional (o analfabeto funcional lê e escreve o básico, não interpreta nem abstrai, ou seja, sem imaginação e conhecimento. O intelectual funcional sabe o nome de alguns autores, sabe alguns títulos de filmes, ouviu falar em uma série de tendências e histórias, mas não sabe ao certo o que significam. Ah, isto não sabe!) e tão ofendido quando alguém fala verdades ao redor do mundo sobre nossa pátria! Saco isto, viu?

Um atorzinho ex-pornô, tosco, feio e sem o menor talento dramático, a não ser para fechar o olho ou arregalar ambos e torcer a boca do lado esquerdo para o direito... Quem ele pensa que é para chegar aqui, pagar qualquer bagatela para locar espaços, pessoas, material e serviços (pelos quais, inclusive, ainda não pagou), utilizar o mínimo de segurança em suas filmagens de ação (poxa, lá fora eles pagam seguro para as pessoas envolvidas em determinadas filmagens, aqui alguém recebeu seguro Bradesco?) e ainda debochar de nosso povo acolhedoramente ignorante e supostamente cabeça feita e bem antenado?

Sei não. Será que ele leu os noticiários das últimas 72 horas antes de falar tanta bobagem, insinuando que as pessoas aqui gostam de apanhar e ainda agradecem a pancada? A culpa é deste monte de jogador de futebol sem instrução. Eles ganham fama e dinheiro rápido demais, um dia ovo frito na marmita, outro dia salmão grelhado no motel... Não, a culpa também é deste monte de político sem curso superior, corruptos pobres e vendo muito dinheiro, que seria esperado?

Ou talvez a culpa seja deste monte de filhinho de papai milionário, pós-graduado, que nunca dá valor ao sacrifício do dia a dia, e saem correndo por aí em seus carrinhos de brinquedo que amassam pára-choque e arremessam gente longe. Não. Definitivamente, a culpa é desta gentinha que faz concurso público e, mesmo tendo salário fixo (coisa boa demais em um país de miseráveis) 13º, pagamento de férias, isto tudo e mais o que podem pegar de empréstimo consignado no contracheque, ainda acham de se corromperem ora para adiantar processo, ora para atrasá-los, ora para periciar alguém, ora para liberá-lo de perícia, ora para prendê-lo, ora não... droga!

É muita gente esquisita no meu país de pedófilos assumidos e traficantes engravatados! Não sei quem dá tanta razão ao tosco do Rambo. Que ódio me dá pensar que um ítalo-americano, que sequer chega aos pés dos atores também ítalo-americanos da saga The Godfather- O Poderoso Chefão, em se tratando de talento dramático, fez sarcasmo (!) (nem sei se ele sabe o que é isto, canastrão que é) com o meu país. Logo o meu, tão simpático, tão acolhedor, tão mistura de Manhattan com Faixa de Gaza e uma pitada de Soweto.

Meu país moderno. Que vai sediar a próxima Copa do Mundo e as Olimpíadas de 2016, mesmo que as minhas crianças cresçam e não saibam quem foram os gregos, os troianos, ou mesmo o que twitter signifique literalmente. Ou até mesmo o que um estado tão longe e tão inóspito como Brasília está fazendo no roteiro da Copa (Pai, quem invadiu aquele monte de mato lá longe e fez tanta casa de concreto, parecendo um grande Ciepão? Me diz, porque eles foram parar lá?).

Ele não tinha o direito de meter o dedo feio na minha cara sem-vergonha e dizer que eu sou parte de um povo acomodado, que ri de tudo e de todos, de uma gente que agradece ter inclusão digital, mas que não sabe interpretar um poema. De um povo que aplaude Justin Bieber mas nem conhece Lupicínio Rodrigues.

Saco, viu? Nunca mais vejo filme dele. Ou não.

P.S.: Porque a Ciça tem razão? Simples. Pois se o nosso país já provou que tem uma das justiças mais injustas e desleixadas do mundo, onde um processo e um inquérito demoram o bastante para que as cicatrizes dos que estão feridos e envolvidos no turbilhão nunca cure. A melhor saída é não querer nada. E nem me venham com a hipocrisia colonial de dizer “ah, mas é por isto que aqui nada dá certo” porque já cansei de ver meus olhos tristes observarem estarrecidos crimes e mais crimes, de todos os quilates, gabaritos e classe sociais, não sair do zero a zero mesmo que as partes envolvidas mobilizem lágrimas, milhões e muito, mas muito sofrimento... Então, deixem os vivos com suas dores, mas não cobrem mudanças aqui. Porque disto eu duvido.

Por Fernanda Barbosa

Publicado em Julho de 2010

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Vaidade que custa vidas

Pele macia e bronzeada, cabelo brilhoso, roupa perfumada. É claro que esses procedimentos de higiene provocam um bem estar danado a seus adeptos, mas em nada justifica o que as marcas de cosméticos fazem até obter um produto de sucesso.

Não é novidade para ninguém. Antes de um produto ser lançado, o mesmo é posto em fase de testes até alcançar o resultado desejado. E a principal preocupação é a certeza de que aquele shampoo, perfume ou detergente, seja nocivo à saúde.

Até aí, tudo bem. Ninguém quer consumir algo que seja prejudicial a si e muito menos à família. O problema é quando os testes, que permitem obter esta certeza, são feitos em cobaias. E como nenhum fabricante irá permitir que o próprio consumidor assuma esse papel, cabe àqueles que não possuem autonomia para aceitar, ou não, o desafio. Ou seja, os animais.

Quase todas as experiências científicas são realizadas em animais de laboratório, que acabam sendo vitimas de procedimentos testados nas áreas de estética, genética e farmacêutica, em descobertas de novos medicamentos e vacinas, além das escolas e universidades.

As empresas fabricantes de perfumes, cosméticos, cremes, sabonetes e materiais de limpeza costumam realizar experiências cruéis em animais, antes de lançarem seus produtos no mercado. As vítimas na grande maioria são os coelhos, por causa dos olhos grandes, e animais domésticos como cães e gatos.

A alegação dessas empresas para realização de tal barbárie é a de que buscam aferir a toxicidade dos produtos, garantindo efeitos que não sejam prejudiciais ao homem. Mas saiba que os testes constituem em procedimentos causadores de dor, sofrimento e lesões muitas vezes irreversíveis.

Os animais são obrigados a ingerir e inalar produtos químicos, arremessados contra paredes de concreto, têm suas gengivas deslocadas e arcada dentária extraída. Além disso, submetidos à radiação de armas químicas e biológicas. Têm pêlos arrancados e a pele removida, para aplicação de produtos. Há ainda casos de exposição a gases tóxicos, balas na cabeça e dissecação, enquanto vivos.

Há tempos testes em animais vem apresentando ineficácia, mesmo assim ainda há indústrias que não abrem mão dessa alternativa por ser um procedimento barato. Aqui no Brasil a lei enquadra como crime testes em animais, desde que existam alternativas.

A boa notícia é que essas alternativas estão surgindo. Muitas empresas, inclusive de outros países, aboliram os testes e passaram a investir em tecnologia. A FRAME - Fundação para substituição dos animais em pesquisa -, propõe a substituição do teste de Draize de irritação dos olhos pela técnica de captação de vermelho neutro, que atualmente está sendo testada pela Fundação Osvaldo Cruz, no Rio de Janeiro.

Já indústrias de alguns países desenvolvidos buscam alternativas para a fabricação de cosméticos livres de testes em animais, em todas as etapas da fabricação, que vão desde os ingredientes até o produto final.

Por fim, a ARCA Brasil iniciou um trabalho sobre o uso de animais para testes de cosméticos e pede a ajuda do consumidor na busca por alternativas. A campanha funciona da seguinete forma. O consumidor envia mensagens aos fabricantes de cosméticos mostrando seu ponto de vista e a empresa tenta negociar com as indústrias.

O contato deve ser feito através do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) dos produtos e conter as seguintes perguntas:

1- Se a empresa faz testes de seus produtos em animais.

2. Se os fornecedores de matéria-prima da empresa fazem testes em animais.

Envie uma cópia do seu e-mail para a ARCA Brasil. No caso do contato com a empresa for por telefone, peça um comprovante da resposta via e-mail.

Os testes mais comuns

Teste Draize de Irritação dos Olhos - Utilizado para medir a ação nociva dos ingredientes químicos encontrados em produtos de limpeza e cosméticos. São observadas as reações causadas na pela e olhos de animais. Os produtos são aplicados diretamente nos olhos dos animais conscientes. Durante o período de uma semana, os animais podem sofrer dor extrema, mutilação e cegueira. Para prevenir que os bichos arranhem os olhos, são imobilizados em suportes, de onde somente as suas cabeças se projetam. É comum que seus olhos sejam mantidos abertos permanentemente através de clips de metal que seguram suas pálpebras. No final do período, eles são mortos para averiguar os efeitos internos das substâncias experimentadas. Os coelhos são os animais mais utilizados nos testes Draize porque são baratos e fáceis de manusear. Seus olhos grandes facilitam a observação dos resultados.

Teste Draize de Irritação Dermal - Consiste em imobilizar o animal enquanto substâncias são aplicadas em peles raspadas e feridas. Uma fita adesiva é pressionada firmemente na pele do animal e arrancada violentamente. Repete-se esse processo, até que surjam camadas de carne viva. Substâncias são aplicadas à pele tosada do animal.

Teste LD 50 - Abreviatura do termo inglês Lethal Dose 50 Perercent (dose letal 50%). Criado em 1920, serve para medir a toxicidade de certos ingredientes. Cada teste LD 50 é conduzido por alguns dias e utiliza 200 ou mais animais. Durante esse período, os animais sofrem dores, convulsões, diarréia, supuração e sangramento nos olhos e boca. No fim, os que sobrevivem são sacrificados. Anualmente, cerca de 4 a 5 milhões de animais nos EUA são obrigados a inalar e ingerir (por tubo inserido na garganta) loções para o corpo, pasta dental, amaciantes de roupa e outras substâncias potencialmente tóxicas. Mesmo quando o LD 50 é usado para testar substâncias claramente seguras, é praxe buscar a concentração que forçará a metade dos animais à morte. Os animais são expostos a exorbitantes quantidades da substâncias proporcionalmente impossíveis de serem ingeridas acidentalmente por um ser humano. Por isso, um prognóstico seguro da dose letal para os humanos é impossível de ser detectado através dos animais.

Testes de toxidade alcoólica e tabaco - Animais são obrigados a inalar fumaça e se embriagar, para que depois sejam dissecados. Experimentos na área da psicologia

estudo comportamental, incluindo privação da proteção materna e privação social na inflição de dor - afastar os animais da convivência de outros animais -, para a observação do medo. No uso de estímulos aversivos, com choques elétricos, e na indução dos animais a estados psicológicos estressantes, como afastando os filhotes recém nascidos de sua mãe.

Experimentos armamentistas - Os animais são submetidos à radiação de armas químicas e biológicas, assim como a descargas de armas tradicionais. São expostos a gases e baleados na cabeça, para estudo da velocidade dos mísseis.

Pesquisas dentárias - Os animais são forçados a manter uma dieta nociva com açúcares, e hábitos alimentares errôneos para adquirirem cáries e terem gengivas descoladas e a arcada dentária removida.

Teste de colisão - Os animais são lançados contra paredes de concreto. Babuínos, fêmeas grávidas e outros animais são arrebentados e mortos nesta prática.

Dissecação - Animais são dissecados vivos nas universidades e outros centros de estudo.

Práticas médico-cirúrgicas - Milhões de animais são submetidos a cirurgias nas faculdades de medicina.

Marcas que ainda fazem testes em animais

Calvin Klein, Colgate, Palmolivre, Protex, Sorriso, Davidoff, Joop, Marc Jacob, Rimmel, Sally Hansen, New York Color, Close Up, Rexona, Seda, Axe, Dove, Schwarzkopf, Carefree, Clean & Clear, Neutrogena, OB, Sempre Livre, Sundown, Cacharel Perfumes, Garnier, Giorgio Armani, Helena Rubinstein, Kérastase, Kiehl´s, Lancôme, La Roche Posay, Matrix Essentials, Maybelline, Ralph Lauren Perfumes, Redken, Vichy, Listerine, Aussie, Herbal Essenses, Cover Girl, Oral B, Hugo Boss, Max Factor, Pantene, Veet.

Veja a lista completa das marcas que fazem, e as que não fazem, testes em animais no site http://www.pea.org.br/ 

Por Tatiana Bruzzi

Publicado em Julho de 2010

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“Que o nosso amor seja eterno

enquanto”... não acabe

Que tempos os nossos, hein? E pensar que me dá saudade da época do namoro escondido, eu mesma fui partidária de um, e pensar que dá saudade de achar que beijo de língua engravidava, que roçar no namorado dava filho, que decote mais ousado te deixava com ar de “fácil”. Fácil?

E quem disse que a vida desta meninada hoje em dia é fácil? Eles nascem à 1 da manhã, às 4 já estão namorando de beijo na boca, ao meio-dia já tiveram sexo (nem me convençam a usar qualquer outra expressão pois tem gente da minha geração que até hoje não sabe “fazer amor”... quer saber? Pelo que vi outro dia, quem “fazia amor” era o Jece Valadão, ahahahah)...

As 6 da tarde já estão parindo o segundo ou terceiro filho. E quando dá meia-noite já estão cansados, frustrados, envelhecidos e esgotados moral e fisicamente. Ou seja, em 24 horas vão de crianças inocentes a garanhões e mulheres altamente descoladas. E isto só causa problemas mais sérios.

Senão, vejam só: esta menina , a Elisa. Como ela, e antes dela, houve outras, menos famosas, mais famosas, com mais sorte, com menos sorte. A Cláudia Lessin, na década de 70, moça de boa família, deprimida, com amigos mais milionários ainda, encontrou um trágico fim para suas agruras existenciais aos 21 anos, estuprada, asfixiada e jogada com pedras enroladas ao corpo, em plena Av. Niemeyer.

Mônica Granuzzo, jogada de um apartamento quando foi para lá com 3 rapazes e não topou fazer nada. Teve a menina da zona sul que foi (só) ridicularizada por todos da escola e da rua, sendo gravada fazendo sexo com o namoradinho. A menina da Barra da Tijuca, que topou perder a virgindade em uma festinha. Mas se arrependeu, acabou currada por menores (!) de idade, mais novos que ela, e largada em um matagal, teve...teve...teve.... São muitas, enfim.

Toda a hora tem alguém achando que elas mudam, vão se resguardar, que eles vão ser decentes. Mas se toda esta intrincada teia de relações que desde a Antiguidade deixa vítimas e algozes em evidência, e nos faz perguntar sempre a mesma coisa, “por quê?”, não muda nunca, a velocidade com que agora as relações começam no amor e terminam no ódio profundo, é maior.

Talvez movida por muitos, muitos megas. 100 megas, 100 vergonha, 100 pudor ou 100 moral. A velocidade é rápida, a promiscuidade maior, entre homens e mulheres da nossa época. Ficou difícil saber quem são as vítimas? São as que oferecem o pescoço ao sacrifício da degola procurando facão? Ou são os cretinos que acreditam que elas ainda querem só um abraço e um carinho?

Os algozes por acaso serão os que perdem a cabeça, e tudo o mais, quando se sentem humilhados, trapaceados, traídos em seu princípio de macheza. Princípio este consolidado por uma sociedade machista e patriarcal, onde a mulher “gosta” de ser dona de casa para ter o emprego de “esposa de jogador”, “esposa de militar” ou “esposa de político” ? Ou os algozes são aquelas que rebolam até o chão, que não são do tipo “que se entrega na primeira, mas melhora na segunda, e o paraíso é na terceira”?


Tudo muito confuso. Desde os valores que cada um deve desempenhar na conquista romântica até no papel que cada um vai escolher, para representar numa relação de futuro. Os valores estão efêmeros, o conteúdo não existe, as relações são insinceras, os sentimentos fugazes e vulgares, o amor virou uma letra ruim de pagode onde tudo começa na “cama” e acaba na “lama”.

Ou seja, não existe mais “felizes para sempre” para a maioria. Existe “ felizes enquanto você- me- banque- e- me- deixe- viver-em-paz- do-jeito-que-quero-e-acho-que-mereço”. Não existe o “amor da minha vida” (embora seja muito fácil encontrar no Orkut da rapaziada uns 10 “amores da vida” deles em até 6 meses do ano), existe sim o “prazer da minha vida”.

Chato isso. Eu acho que muita coisa poderia ser evitada só com o amor mesmo. Aquele que é cego, surdo, mudo, paraplégico... e pobre.
Por Fernanda Barbosa

Publicado em Julho de 2010

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O Mundo Mágico de Harry Potter

acaba de chegar a Orlando


Britânicos invadem a terra do Tio Sam

O bruxinho mais famoso do cinema acaba de pousar com sua vassoura no Islands of Adventure. Harry Potter e sua turma agora têm um parque temático em Orlando, na Flórida, dedicado às suas aventuras mágicas.

A personagem surgiu aos 11 anos em Harry Potter e a Pedra Filosofal. Levou sua autora, a inglesa J.K.Rowling, a vender 400 milhões de livros e foi um sucesso de bilheteria, totalizando seis filmes até o momento. Hoje, aos 17 anos, com a aproximação da estreia do sétimo e último filme, se prepara para sair de cena mais amadurecido e habilidoso do que nunca.

Construído através de uma parceria entre o Universal e a Warner Bros, o “The Wizarding World of Harry Potter” – O Mundo Mágico de Harry Potter – teve um investimento de aproximadamente U$200 milhões, distribuídos em tecnologia até então inédita nos parques de Orlando.

Uma mistura de cinema e ação em 360 graus, é a sexta ilha temática do parque Islands of Adventure, no Universal Orlando Resort, e fica entre o “Jurassic Park” - Parque dos Dinossauros - e o “Lost Continent” - Continente Perdido-.

A escritora da série participou do processo de criação do parque, incluindo a escolha de seu nome. Assim como toda a equipe de direção de arte e cenografia dos filmes, que ajudaram na concepção e construção do complexo buscando transmitir mais veracidade aos visitantes.

Toda a trajetória do bruxo pode ser conferida numa área de 80 mil metros quadrados, dedicada ao personagem e sua turma, dentro do parque temático. Na versão turística, bruxos, duendes e outros seres encantados dão boas-vindas aos visitantes, em meio a casas com paredes de pedras escuras e telhados pontiagudos, cobertos de neve.

A aventura começa com a viagem no Expresso de Hogwarts, logo na entrada do parque, que leva os visitantes a um passeio pela aldeia de Hogsmeade. O percurso conduz até a escola frequentada por Potter e seus amigos.

Sua projeção dá a sensação de ter uns 215 metros de altura. Outro fator que impressiona, é o cuidado com que o ambiente foi idealizado. A reconstrução do cenário não permite que o público enxergue as outras dependências do parque temático, enquanto caminha pela Hogsmeade de Orlando.




Antes de entrar no castelo, o visitante passa na Olivaras. Segundo a tradição, assim como Potter em seu primeiro ano de escola, ele também é escolhido por uma varinha mágica.

Chegando ao castelo, você pode circular livremente entre as atrações do complexo. Dos corredores e escadas góticas, passando pela sala dos quadros que retratam importantes personagens da história da escola, inclusive seus quatro fundadores - Godric Gryffindor, Helga Hufflepuff, Rowena Ravenclaw e Salazar Slytherin.

A pedida é acompanhar um dos grandes destaques do empreendimento, a “Jornada Proibida”. Lá, os fãs dão um passeio pelos momentos mais emocionantes da vida do aprendiz de feiticeiro. Dá para ver o Chapéu Seletor, a Sala das Velas Flutuantes e até acompanhar as discussões dos professores mais antigos da escola de magia, em quadros pendurados nas paredes.

Harry Potter e seus amigos inseparáveis, Ron e Hermione, convidam o visitante a cabular uma aula chata de história da magia. Acomodando-se em um banco voador, a aventura começa através de uma partida de quadribol entre Sonserina e Grifinória. O vencedor leva de lembrança uma goles (bola usada no quadribol), também encontrada à venda na Devish and Banges.

O roteiro conta ainda com uma visita ao escritório do professor Dumbledore, onde o mestre se encontra em meio aos seus inúmeros livros, com direito às boas-vindas dadas por ele aos “trouxas”. A imagem, projetada com tecnologia de alta definição, produz um efeito quase real.




Passamos em seguida para a sala dos alunos em Grifinória e a aula de Defesa Contra as Artes Sombrias. É nesse momento que os fãs sobrevoam os jardins do castelo e se deparam com seres exóticos da trama, como o Rabo-Córneo Húngaro, a gigantesca Acromântula e os Dementores, além de escapar de um ataque de dragão e do salgueiro lutador. A brincadeira completa dura uma hora.

Do lado de fora, no Voo do Hipografo - montanha-russa para crianças - o visitante é guiado pelo gigante Hagrid e aprende a lidar com a criatura metade águia, metade cavalo, que ajuda Sirius Black, padrinho de Harry, a escapar da cadeia após ser condenado injustamente, no livro Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban.

Para os maiores a pedida é o Desafio do Dragão, montanha-russa de alta velocidade com trilhos que simulam as disputas do Torneio Tribruxo narradas em Harry Potter e o Cálice de Fogo, quarto livro da série.

Na hora de repor as energias, que tal passar na praça de alimentação? Lá nos deparamos com variadas opções de lanchonetes e restaurantes, que tem em seu menu às delícias da gastronomia britânica. No restaurante Three Broomsticks o cardápio é todo baseado em pratos e bebidas citados nos filmes.

Entre as bebidas servidas no pub Head Hog, suco de abóbora e cerveja amanteigada. Já na Honeydukes a grande atração é a variedade de doces, batizados com os nomes das personagens. Além dos sapos de chocolate e feijõezinhos de todos os sabores, jelly beans de sabores esquisitos e gostos duvidosos.




Quanto às compras, quem for ao parque pode aproveitar o Centro de Conveniência para escolher suas lembrancinhas. A loja Zonko, especializada em artigos de mágica, revela curiosidades como o bisbilhoscópio (sneakoscope), uma esfera que muda de cor - vai do azul ao vermelho - e gira freneticamente, alardeando a aproximação de alguém.

Na Dervish & Banges encontra-se equipamentos para os esportes praticados pelo jovem bruxo, como o quadribol. Enquanto que a Ollivanders é um espaço interativo, contando com diversas publicações dedicadas à série.

Prepara-se para a viagem

Brasileiros interessados em conhecer “O Mundo Mágico de Harry Potter”, saibam que a MC Brasil desenvolveu pacotes especiais para o passeio. Um roteiro de dez noites custa a partir de US$ 2.630, incluindo passagens aéreas, traslados, acomodação no All Star Resorts com café da manhã, assistência de embarque e desembarque, gorjetas para maleteiros em Orlando, kit de viagem, acompanhamento de guia, tesouraria para menores de idade, assistência 24 horas em português, jantar no Planet Hollywood e transporte para todas as atividades.

E ainda como brinde especial, os clientes terão direito a DVD da viagem e festa exclusiva no Suncoast USA. O pagamento pode ser parcelado em 25% de entrada e o restante, em dez prestações sem juros. Informações pelo tel.: (0xx19) 2129-0800.

Já pela SunCoastUSA a viagem de dez noites sai a partir US$ 2.994 e conta com passagens aéreas, traslados e hospedagem em apartamento quádruplo.

A empresa dispõe ainda de roteiros fly & drive em Orlando, com preços a partir de US$ 1.259 para o período de dez noites. O pagamento pode ser parcelado em até dez vezes sem juros. Informações pelo tel.: 5094-5400 ou site http://www.suncoastusa.com/

Fonte: Caderno de Turismo - O Globo  

Por Tatiana Bruzzi

Publicado em Julho de 2010



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Galochas para que te quero

Elas estão de volta e chegaram com força total. Estou falando das galochas, botas ideais para serem usadas nos dias de chuva. A galocha é uma bota feita em borracha, sem cadarço. Pode ser fabricada também com qualquer tipo de material impermeável.

Durantes décadas, era mais comum ser utilizada por pessoas que trabalham em roças, empresas e lugares onde precisem de proteção para os pés, ou contra acidentes, devido ao mal tempo e carga elétrica. Há ainda lugares em que são usadas para a limpeza de banheiros e cozinhas, já que são resistentes e evitam tombos.

Não faz muito tempo que esta peça fez parte do nosso guarda roupa. Lá pelo anos 80 era comum as mães obrigarem seus filhos a usarem as tais botinhas, na hora de irem para o colégio. Lembra?

Depois de um tempo adormecida, a nova onda das galochas chegou às passarelas no inverno de 2008 para nunca mais sair. Em 2009 continuaram arrasando nas ruas e passarelas, e viraram moda após serem vistas nos pés de modelos famosas.

Além de peça fundamental para o inverno, as galochas continuam sendo usadas por bombeiros, para compor o uniforme, e funcionários de empresas de limpeza. Nesse tipo de serviço ela garante a segurança, já que não machuca e evita quem usa sujar os pés com produtos que fazem mal a pele.



Mas hoje em dia elas não são apenas uma peça de uniforme e sim objeto fashion, cada vez mais badalado tanto lá fora, quanto aqui no Brasil. Acessório indispensável para a mulher inteligente e bela.

Está nos pés de artistas, modelos e pessoas comuns. E mais, além de ajudar na preservação da natureza, já que pode ser feita em material reciclável, faz um grande sucesso.



Além das ankle boots, over knees e as tradicionais botas folk ou cowboy - com franjas e fivelas, em camurça ou couro - o inverno 2010 é das galochas. E a maior prova de que elas cairam no gosto popular, são os modelos assinados por estilistas famosos, como Pucci, Burberry e Prada, que chegaram ao mercado.

Já em terras brasileiras, a Sete Léguas – fabricante das galochas usadas por crianças na década de 80 – em parceria com a Farm está reeditando seus modelos, com direito a estampas modernas e alegres.




Muito floral e xadrez para colorir a estação mais fria do ano. E na hora de usar, o conselho é abusar da criatividade. Minisaias, vestidinhos balonê, calça skinny ou legging são ideais para montar visuais descontraído ou elegante, de acordo com a ocasião.


Com que galocha eu vou


Que elas são lindas, charmosas e chegaram para ocupar um lugar ao sol, melhor na chuva, ninguém duvida. Assim como também nao são peças fáceis de achar e muito menos, com preços acessíveis para a grande maioria. Há galochas que chegam a custar R$200,00. Portanto se você quiser muito uma, sempre vale a pena dar uma boa garimpada.

Além dessa parceria entre a Sete Léguas e a Farm, a Melissa também lançou por aqui alguns modelos. Só que tradicionais, ou seja, de uma única cor. Já as coloridas, com estampas em xadrez, poa ou floridas são mais fáceis de serem encontradas em revendedoras, brechós, sites de outros estados ou países.

As galochas da marca norte - americana New Era estão disponíveis nas lojas Doc e Bayard (SP), Sportmix, Opus1 e Movement (RJ), Free Corner (Brasília), Ysto (Curitiba) e Authentic Avenue (Florianópolis).

A Nem Era também tem canais de contatos para tirar suas dúvidas, através do telefone (11) 3315-0910. Ou revendedores, no e-mail contato@newera.com.br  

Outra dica é o blog http://bonitagalocha.blogspot.com/  onde o internauta confere modelos vindos diretamente da China. Como são importadas, é opção de encontrar peças mais baratas do que as vistas nas vitrines daqui. 

Por fim, mas não menos importante, sempre vale a pena dar uma pesquisada nos Brechós espalhados pela sua cidade. Você pode se surpreender com o que vai achar pela frente.

Por Tatiana Bruzzi

Publicado em Julho de 2010









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