segunda-feira, 22 de março de 2010

Um caminho de pedras, viola e cachaça

Quando o turista chega a Paraty a primeira impressão que se tem é de que a cidade é um local como qualquer outro, com avenidas cheias de carros, bancos, lanchonetes, restaurantes e muitas lojinhas. Mas basta seguir essa mesma avenida, pois ela é praticamente a única existente, que o turista entende porque a cidade é tão visitada por brasileiros e estrangeiros. À sua frente ele se depara com um caminho de pedras “pés-de-moleque”, onde não é possível mais trafegar de carro. Apenas charretes e bicicletas são permitidas na área. Mas a melhor pedida é caminhar. Se me permite uma dica, esteja o calor que for, vá de tênis, pois às vezes fica difícil andar sobre a superfície incerta.

O Centro Histórico de Paraty está localizado no centro da cidade, à beira do Rio Caborê e banhado por um mar de águas calmas. Em certos períodos do ano, o mar invade as ruelas do Centro Histórico, provocando uma paisagem que, com certeza, você vai encontrar retratada por artistas de rua.



Esse é o grande barato de Paraty. Além da beleza das várias casinhas brancas com portas e janelas coloridas, adornadas com emblemas maçônicos, uma arquitetura fruto do período colonial dos séculos 17 e 18 totalmente preservadas. Os artistas invadiram a cidade e a cada esquina contemplamos música, teatro, artesanato feito por índios (de uma tribo que ainda vive nos arredores de Paraty), boa comida e boa cachaça. Com certeza há muito que fazer. Então sugiro que você passe mais de um dia na cidade e divida seu passeio em histórico, natural e cultural.
 


Paraty está localizada na Rodovia Rio Santos e é por meio dessa rodovia que chegamos às praias e cachoeiras de tirarem o fôlego. Algumas delas estão localizadas na Vila de Trindade, a meia hora de Paraty sentido Santos. Lá, você vai encontrar uma enorme extensão de área verde intocada, praias limpas e muito preservadas e alguns hippies que trocaram a vida urbana pelo convívio com a natureza.
 
Ao final do dia recomendo que você retorne ao Centro Histórico para curtir shows de música ao vivo, nos restaurantes, e um bom papo ao ar livre (a luz dos lampiões).

Semana Santa

- Imagens e peças sacras com mais de 300 anos de existência podem ser admiradas durante as comemorações da Semana Santa. Essas peças, que se encontram sob a tutela do IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, ficam guardadas todo o ano no cofre do Museu de Arte Sacra de Paraty, na igreja de Santa Rita. Elas poderão ser observadas nas Procissões do Encontro, no dia 18 e do Fogaréu no dia 20 março.

Mais informações:

- Como chegar: Rodovia Rio Santos, Km 289, entre Angra dos Reis-RJ e Ubatuba-SP.

Dica: Se curte agitação visite a cidade durante o Festival da Pinga, em agosto ou a Flip – Festa Literária Internacional de Paraty - que acontece em julho. A cidade fica lotada de gente bonita e interessante. Fonte: www.paraty.com.br

Por Carolina Andrade
 
Publicado em Março de 2008

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