terça-feira, 11 de maio de 2010

Abaixo o pega, estica e puxa

A indústria cinematográfica parece ter descoberto de vez os benefícios em produtos 3D. É cada vez mais comum o lançamento de filmes em três dimensões, o que acaba por levar uma multidão aos cinemas. A prova mais recente disso foi o filme Alice no País das Maravilhas, que já assume a primeira posição em salas do mundo todo. Inclusive aqui no Brasil.

Mas o que ninguém poderia imaginar é o fato de atores e atrizes estarem com as carreiras ameaçadas por conta desse novo método. Isso, claro, se optaram por não envelhecer com saúde e dignidade.

Moda, cinema, TV, para se lançar numa carreira onde a imagem é mais do que um cartão de visita, é preciso tomar certos cuidados. Boa alimentação, exercícios periódicos e hábitos saudáveis, são necessários para cultivar uma boa aparência. O problema é quando isso só não basta, devido ao fator gravidade.

É aí que entra as intervenções cirúrgicas. Ou seja, a famosa plástica. Primeiro o jeito era entrar na “faca”, se quisesse chegar aos 40 com carinha de 20. E nos intervá-los, cremes para um lado, dietas para o outro, sutiã com enchimento, espartilho, cinta...

Nos anos modernos para casos menores a faca deu lugar à seringa. Entramos na era do botox, utilizado para levantar a sobrancelha, aumentar os lábios ou valorizar as maçãs do rosto. Já seio e bumbum, silicone neles.

Recentemente uma declaração vinda dos produtores de Hollywood pegou muita gente do meio artístico iternacional de surpresa. “Abaixo as intervenções estéticas, a ordem é envelhecer naturalmente”. O motivo? Nada de nobre, pode ter certeza. Na era dos filmes 3D, o aspecto de atrizes com excesso de retoques fica artificial e destoa muito em relação ao resto do elenco.

Na Fox Broadcasting as produções já começaram a privilegiar atrizes britânicas e australianas, já que elas não possuem o hábito de mudar a aparência a medida que envelhecem.

Em recente entrevista ao New York Times, a produtora de elenco Marcia Shulman disse que as atrizes americanas estão ficando cada vez mais parecidas com strippers e travestis. Poucas são as que não utilizam de preenchimentos, cabelos alisados, seios siliconados ou bronzeamento artificial.

Os efeitos da não plastica


Uma pesquisa realizada recentemente apontou que o público cansou de ver mulheres artificiais. E quando a produção é de época, essas características chegam a ser gritantes. Por conta disso a Disney dispensou atrizes que tem os seios turbinados, para o filme Piratas do Caribe 4.


Não é apenas no cinema 3D que a imagem de quem se submeteu a intervenções cirúrgicas fica estranha. A TV digital também não favorece quem fez botox ou qualquer outro preenchimento. 

Algumas atrizes mais velhas aprenderam que certos procedimentos estéticos podem prejudicá-las na carreira. Lisa Kudrow, a eterna Phoebs do seriado Friends, afirmou em entrevista que nunca fez plástica e pretende permanecer assim.


Enquanto isso, há quem não se importe com o que possa acontecer, seja no campo profissional ou da saúde. Um bom exemplo disso é Heidi Montag, que se submeteu a 10 plásticas em um único dia.


Heidi Montag
 
Se não bastasse esses tipos de cirurgias, está na moda mexer nos dentes. Isso se torna um problema a partir do momento que se tenha feito preenchimento labial. Os dentes ficam pequenos e aí, há quem decida aumentá-los de tamanho.

Ou ainda o ato de fazer clareamento. O que poderia ser um procedimento simples, onde busca-se atingir a tonalidade natural de cada pessoa, vira um pesadelo a partir do momento que o cliente cisma em ter dentes tão brancos quanto os de uma criança que ainda possui dentes de leite.

Por fim, o ator e atriz que acredita poder fazer plástica a vontade sem ser desmascarado, saiba que está enganado. Há como descobrir quem já se submeteu a uma cirurgia estética através do site http://www.awfulplasticsurgery.com/  

Pelo visto envelhecer com elegância ainda pode ser um bom negócio.

Fonte:  O Globo

Por Tatiana Bruzzi

Pubicado em Maio de 2010

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