domingo, 16 de janeiro de 2011
Cidade Poesia
Pancas - Promissor destino para a prática do Voo livre
Entre montanhas rochosas, no noroeste do Espírito Santo, está Pancas, cidade conhecida como poesia. Considerada um berço da fauna e flora da Mata Atlântica, a Cidade Poesia foi emancipada em 13 de maio de 1943.
Localizada a 190 km de Vitória, e 53 km de Colatina, até 1918 seu território era habitado somente por nativos. Hoje, segundo dados do IBGE, tem uma população de 18.465 habitantes
Com a colonização do Norte de Espírito Santo, passou a ser colonizada por oriundos do Estado de Minas Gerais e imigrantes europeus. Ambos em busca de boas terras para iniciar atividades agrícolas.
A região também serviu de cenário para a exploração do garimpo, devido sua riqueza de subsolo. Pedras semipreciosas como topázio, crisoberilo e crisólita são encontradas na região, como também as duas maiores águas marinhas do mundo.
Sendo constituído pelos distritos de Vila Verde e Laginha, o Vale de Pancas faz parte da Região Turística Doce Pontões Capixaba e tem como base econômica a agricultura.
Terra da Pedra Agulha, da Pedra Camelo, dos Pontões Capixabas, do broute, do canto dos sábias e das orquídeas raras, é possuidora de uma beleza surpreendente, chegando a ser glorificada pelo saudoso paisagista Burle Marx.
Por ter um clima megatérmico, de verão quente, o lugar é ideal para curtir as férias nessa época do ano.
Cachoeiras, trilhas inexploradas, muita natureza e montanhas cênicas, são atrativos para os visitantes. Assim como a gastronomia típica, o artesanato e ainda traços da cultura alemã e pomerana. Além disso os aventureiros podem se deliciar com a prática de esportes radicais, muito presentes na cidade, como Vôo Livre, parapente e asa delta.
Explorando a Natureza
Pedra do Camelo - Montanha rochosa, localizada na Comunidade Palmital, a 3 km da cidade. Tombada como bem paisagístico natural, tem 720 metros de altitude e é marcada pela cadeia de cinco pedras, símbolo do município. O lugar é ideal para caminhadas ecológicas em trilhas pouco exploradas, escaladas e montanhismo.
Pedra Agulha – Também a 3 km do centro da cidade, com 500 metros de altura, está a Pedra Agulha. Tombada como bem paisagístico, tem um formato pontiagudo que caracteriza seu nome. Além de ser ideal para desafios, seu entorno proporciona ótimas caminhadas para contemplação da fauna e flora da mata Atlântica.
Pedra Leitão – Localizada a 4,5 km do Centro da cidade, para chegar a ela é necessário seguir até a comunidade Paranazinho. Seu maior atrativo são trilhas, prática de vôo livre, acampamento, escalada e contemplação da paisagem.
Pedra da Cara – Tem esse nome porque ao olhar para ela, vê-se o perfil de um rosto. Está localizada na comunidade São Pedro e possui aproximadamente 600 metros de altitude. É o destino ideal para praticar montanhismo, escalada e acampamento.
Pedra Gaveta – A 3,5 km do centro da cidade, também é muito utilzada para escalada, rapel e montanhismo.
Rampa de Vôo Livre Pedra da Colina – a 13 km do centro da cidade, possui 565m de altitude. Excelente para a prática de vôo livre e contemplação do “Mar de Morros”, além de uma magnífica vista da cidade. Recebe voadores de todo o mundo, como franceses, canadenses, alemães, suíços, norte-americanos e portugueses. Além de aventureiros praticantes de vôo livre, tanto para parapente, quanto para asa delta. É também o local que sedia a Etapa Capixaba de Vôo Livre.
Quem for à Pancas não pode deixar de conhecer a gruta do Índio, gruta da Michelle, Cachoeira do Bassani, Parque das Bromélias, a Unidade de conservação dos Pontões Capixabas e Cachoeira do Moraes, em Vila Verde.
Todos esses locais são rodeados por propriedades rurais, onde o visitante encontra hospitalidade, aprecia a paisagem, histórias e causos, assim como a degustação de produtos da agroindústria local.
A região é também um ótimo cenário para atividades de motocross, jipes, caminhadas ecológicas e apreciação do agroturismo.
A cultura de Pancas
A cidade é marcada por manifestações culturais durante todo o ano, como folia de reis, grupo de dança folclórica alemã de Lajinha, bumba-meu-boi, casamento tradicional Pomerano, tocadores de concertina, grupo de trombonistas de São Bento, corporação lira XIII de maio, artesanato local, grupo musical Trakalatas e gastronomia típica Pomerana, tendo destaque para o broute, a linguiça e a presença de descendentes que falam a Língua Pomerana.
Em Pancas há também festividades de comemoração pela sua emancipação, em 13 de maio, assim como campeonato de vôo livre, festival de concertina, campeonato de motocross, cavalgada, festas distritais, tapete de Corpus Christi, festa de Santa Luzia, festas juninas, festa do evangélico, feirinha cultural, festa da linguiça, seresta da fraternidade e a festa da reforma luterana.
O acesso pode ser feito pela BR 101 até João Neiva. Continuando na BR 259 até Colatina, seguindo pela ES 080 até Ângelo Frechianne, onde segue pela ES 341 até a cidade.
Por Tatiana Bruzzi
Publicado em Janeiro de 2011
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