quinta-feira, 16 de agosto de 2012
Olimpíadas 2012: balanço final
Os jogos londrinos terminaram e a
bandeira olímpica já está em solo brasileiro passando de mão em mão, contrariando as regras do
Comitê Olímpico Internacional (COI), que exige luvas para manuseá-la. De um
povo conhecido como pontual veio o estandarte e, agora, tremula na terra do samba,
carnaval e futebol, até 2016.
Na cerimônia de abertura, Londres
contou sua história desde o início até o século XVIII, baseada na peça “A
tempestade”, escrita por Shakespeare. Para Rio 2016, ainda é surpresa o que vai
rolar na festa. No entanto, já foi divulgada a música dos jogos, que tem como
autores Arlindo Cruz, Rogê e Arlindo Neto.
Na letra, os Deuses do Olimpo passeiam
pelos pontos turísticos da cidade e sambam até clarear. Diferentemente da
rainha Elizabeth II que, ao lado do Agente 007, embarcou em um helicóptero e
fez uma viagem fictícia em volta das “Ilhas de Maravilha”.
Outra celebridade empolgante das
Olimpídas de Londres foi Paul MacCartney que, ao cantar “Hey Jude”, levou ao
ápice o espírito da competição. No Brasil, não haverá problema em se escolher o
artista que representará bem o imaginário popular brasileiro, pois temos
talentos de sobra. Agora, estamos vazios de liderança política.
Entretanto, o que vai ficar mesmo
marcado na memória de quem participou das Olimpíadas 2012 é a lembrança da
música-tema “Carruagens de Fogo”. Esta, tocada sempre que os atletas recebiam
as medalhas, foi ouvida somente 17 vezes pelos brasileiros. Muito longe da
marca pretendida para 2016, que é a de se chegar entre os 10 maiores do quadro
de medalhas. Em Londres, amargamos o 22° lugar.
Para que as metas sejam
cumpridas, basta que os investimentos gerados para este fim sejam bem
empregados. Que tal começar pela educação, equipando melhor as escolas públicas
com quadras esportivas, nos moldes daquela em que a seleção brasileira de vôlei
masculino treinou em Londres? “Bem que no Brasil poderia ser assim...”, sonhou o técnico
Bernardinho ao saber que se tratava de uma escola pública e que todas de lá
eram desta forma.
Por Maria Oliveira
Publicado em Agosto de 2012
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