quarta-feira, 31 de março de 2010

“A lua e eeeu...”

Não. Esta matéria, leitores atentos e antiguinhos, não se trata de uma homenagem ao cantor Cassiano (alguém se lembra dele?) criador de um sucesso relativo na década de 70 e início de 80, cujo o tema entoava com muita melancolia: “mais um ano se passou, e nem sequer ouvi falar seu nome...” (tem gente de quem eu, particularmente, preferia não ouvir falar nunca mais... Mas eu não sou surda, graças ao Pai, né?).

Esta matéria é exatamente para comemorar (?) – “espetaculosaus” quae sera tamem - algo como Espetaculosas ainda que tardia! - a chegada do homem (norte-americano) na Lua. Pois é! Eles chegaram lá em 20 de julho de 1969. Não necessariamente nesta ordem. Ou não?

Se eu tenho algum (!!!) leitor assíduo e que por acaso acompanha minhas matérias pretensiosamente cínicas e genuinamente mordazes, percebeu que sou um Edmundo. Explico. Existe uma crônica de Cecília Meirelles – salve mentora!- intitulada “Edmundo, o céptico”, onde o personagem principal, desde criancinha travessa, era um céptico.

Para quem não é muito hábil com esta língua portuguesa manjada, reformada e coroinha, não confunda “céptico” com aquela coisa horrenda que acontece com gente sadia que entra de pé quebrado no Getúlio Vargas e sai na gaveta pro IML – septicemia, infecção generalizada. Os cépticos (prefiro a grafia tradicional, sou uma boêmia que respeita a velha guarda) são pessoas que querem “ver para crer”, os tradicionais e populares São Tomés da vida, que não acreditam em qualquer ladainha, em qualquer “manga com leite”, em qualquer “o FH e o Collor derrubaram o Brasil”- se o presidente de vocês lesse (?) isto diria “Respeite a história política do Collor!” tal qual fez com seu amigo de infância Sarney...

Enfim, os Edmundos não aceitam tudo muito facilmente. E já que me pediram para falar sobre esta data histórica (!!!), cocei a cabeça e descobri mais um tema onde impera o Edmundo, não a Fernanda escritora.

Vamos aos fatos. A História, que é ciência e lida com fatos (muito embora, depois de 14 anos de formada na área e de exercício pleno da cidadania histórica, eu saiba que fatos são meros detalhes a serem manipulados, ocultados, contorcidos, distorcidos, ou apresentados da maneira que convém) e os fatos contam que nesta data, posterior a uma missão lunar enviada em 1968, intitulada de missão APOLO VIII, Buzz Aldrin, Michael Collins e Neil Armstrong (o cara que pisou na bola que é a Lua, parece) na missão batizada APOLO 11 chegaram, enfim, em solo Lunar, feito que seu antecessor e antagonista (ahn, tinha a Guerra Fria, mas me recuso a explicar, pergunta pro Dr. Google), o russo Yuri Gagarin (este sim, um cara que eu tenho certeza de sua chegada bem perto da Lua, até porquê – História, fatos – é registrado que ele ejetou seu banco antes de sair da órbita lunar e reentrar na órbita terrestre, ou seja, preferia mil vezes viver no mundo da Lua, sacou?) tinha iniciado em 1961.

Pois bem. Se você, respeitado leitor meu, além de minha chefa, lê a cada mês estas prolixidades que escrevo, e já perguntou para o Dr. acima citado o que foi Guerra Fria, vai entender meu cepticismo .

Entre outras coisas, há a rivalidade norte-americana. De acordo com o que se constata na história recente dos EUA/USA (repararam? Até a sigla desfavorece, o país é narcisista e abUSAdo em inglês e em português...), os estadunidenses mentem. E muito. Não tanto seu povo, que acredita em muita coisa e ainda se alista para ir às guerras que o país impõe a terceiros, como quem vai às compras daquela preciosa bolsa Chanel, que está em liquidação e precisa ser comprada antes que a cafona da sua vizinha compre a última peça. Mas, todos aqueles que possuem investimentos no país ou estão em franca atividade na política mundial (por que, vamu combiná(sic), se você é político naquelas terras que são um país perto do Canadá a projeção da sua imagem é maior no planeta do que a daquela atriz globense, quando arruma um novo filho para criar e sustentar).

Então, uma mentirinha a mais, uma mentirinha a menos, dentro do contexto tenso da Guerra Fria – putz, ainda rolava a Guerra do Vietnã, onde aquele povinho baixa renda daquela terra cheia de bombas subterrâneas e armadilhas de bambu, “tava” aplicando a maior surra nos soldados paz & amor da terra do Tio Sam, que estavam armados até os dentes siso (mas que não indicavam o juízo daquela gente fardada) e este tipo de notícia não era exatamente aquela com que o governo americano contava para amedrontar o resto do mundo – era perfeitamente admissível para tornar as coisas mais seguras aos EUA, além de atrair parceiros e investidores de todas as partes do mundo interessados em dominar o espaço Lunar.

Ela é linda...

Eu, particularmente, sou uma criatura lunar, vivendo entre estranhos seres que apreciam sol, sal e frutos do mar com barba... Mas não sei não. David Bowie e diversos outros artistas cantaram a Lua de modos diversos (Bowie se destacou por ser o cara que escreveu a enigmática “Starman”, em homenagem aos homens que pisaram na Lua – aqui. A versão é “Astronauta de mármore”, do grupo gaúcho Nenhum de Nós. Aquele que foi uma espécie de Los Hermanos de sua época, já que ninguém aguentava mais sua “Camila-aaaa”, igual a... você - sabe - quem).

Eu não sou das que acreditam piamente que nunca se chegou à Lua, mas que houve uma data posterior àquela que foi divulgada para a história mundial, ahn, isto houve sim. Existe um site, como tantos outros, que expõe algumas incongruências nos fatos e fotos. Ah, você pode estar pensando, e você, Fernanda, tão crítica e espertinha acredita em tanta coisa que nestes sites demonstra ser apenas um movimento de resistência partidário-esquerdista-vernelhista-reacionário-espinhento- adolecencista de uns vários... Tá bom, mas lê aí, http://www.afraudedoseculo.com.br/, e procura outros similares que você vai se dar o que conhecemos como o “privilégio da dúvida”, ou, em termo jurídico preferido de uma ávida fã de séries como Law and Order, “dúvida razoável”. Não me peçam mais detalhes de inconstâncias, pois esta singela matéria já extrapolou mil palavras, para minha chefa editar será um sufoco daqueles...

Então, o que importa, para mim, é que sempre será “a lua e nós...”, e se é para celebrar alguma data ligada a ela... Celebremos!

Por Fernanda Barbosa
 
Publicado em Julho/Agosto de 2009

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