quarta-feira, 31 de março de 2010

E o sonho não acabou...

Falar dos anos 80 significa ouvir ecos deixados pelas duas décadas anteriores a esta, para entendermos o que de fato influenciou esse período cultural a que chamam híbrido O termo empregado sintetiza a mistura de conceitos trazidos por movimentos relacionados à música, à moda, ao cinema e às várias manifestações artísticas que caracterizaram essa década.

Nos Anos 60, o comportamento hippie e as artes psicodélicas dão o tom da juventude que, aos poucos, adere ao modo de ser soturno e agressivo do punk ou ao estilo colorido, descompromissado e hedonista na onda da discoteca e da música pop.

Já os anos 70 trouxeram, além da efervescência da discoteca, os filmes de catástrofe, os primeiros passos do hip-hop e a música eletrônica, o auge e a morte do rock progressivo e um vestuário que deu uma identidade toda particular para a época. Foram fatos, movimentos e estéticas que ajudaram a esquecer definitivamente as utopias da década de 60 e a lançar as bases do que seria a vida a partir dos anos 80.

Logo no começo da década de 80, novas tecnologias de comunicação e de entretenimento aproximaram culturas e mudaram estilos de vida e formas de fazer negócios.. Essas inovações tecnológicas, junto principalmente com a música, a moda e o cinema, ajudaram a cultura pop a se consolidar como um fenômeno global e dominante nesse período.

No setor de entretenimento, o filme De Volta Para o Futuro, a trilogia que tornou Michael J. Fox um astro, no papel do adolescente Marty McFly que viaja para o passado e para o futuro na tentativa de melhorar sua família, é uma coletânea de símbolos dos anos 80: da moda dos tênis Nike à onda do skate.

O visual do jovem mudou nessa década. Os cabelos encaracolados e longos, tão comuns nos anos anteriores, cedem lugar ao estilo mullet usados pelos cantores e músicos. O corpo ganha importância e a cultura das academias de ginásticas pegam carona no vigor de Madonna. O uso de peças de roupas esportivas entram na moda juntamente com as ombreiras e as sobreposições de peças, um dos subgêneros do pop-rock oitentista, são exemplos dessas características visuais que diferenciaram os anos 80.



No Brasil, a onda das trilhas sonoras das novelas enriqueceram indústrias fonográficas (como a Som Livre) lançando vinis, em cujas capas estampavam a foto do ator ou atriz principal da trama. Assim, qual adolescente não gostaria de ter em sua discoteca particular a jovem Cláudia Raia posando de corpo inteiro num minivestido vermelho ( novela Sassaricando), ou aquele homem completamente nu na capa de “Brega e Chique”?

Na carona das capas que vendiam discos vinha o “Xou da Xuxa” e “O Balão Mágico,” embalando a criançada da década de 80 com músicas que se transformaram em clássicos de festas da galera miúda. Quem não se lembra de “Amigos do Peito” cantada por Simony, Jairzinho e com participação especial de Fábio Júnior? Mas a rainha dos baixinhos arrasava com “ Ilariê”, fazendo pequenos e grandinhos sacudirem o corpo sem parar.

Nos anos 80 a moda se transformou em profissão lucrativa. Por conta disso, a televisão realizava o imaginário da época e revelava rostos e corpos bonitos em novelas que faziam a cabeça dos espectadores. A novela Top Model (1989), por exemplo, tinha na trilha sonora a música “Passarela Nova Era” que traduz bem o espírito dessa década que se encerra com a abertura política no Brasil.


Pesquisa de texto retirada do site: http://www.hsw.uol.com.br/

Por Maria Oliveira
 
Publicado em Abril de 2009

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